quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

O SUPREMO CHAMADO: CONHECER A DEUS É REGRA BÁSICA PARA TODO CRISTÃO

Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me conhecer diz o Senhor Deus (Jr. 9:23 e 24)

O Breve Catecismo de Westminster na quarta pergunta esta escrito: Quem é Deus e a resposta clara é: Deus é um espírito infinito, eterno e imutável em seu ser sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.

A Bíblia conclama o homem para ter um conhecimento supra intelectual de Deus aquilo que o Dr. Van Der Puy chama de Supremo Chamado. O chamado que esta acima de todos os chamados, o chamado para conhecer a Deus.

O conhecimento de Deus nao esta só embazado numa teologia refinado exclusivista, cuja a sua rede esta só os teólogos, os intelectuais etc. Muito pelo contrário, o profeta Jeremias sabedor que seu povo detinha a monopolizaçao do conhecimento divino, e que essa monopolizaçao estava recheada de orgulho e soberba, chama o povo para ter um conhecimento nao tradicional mais prático de Deus. Deus chama todos os homens para conhece-lo pois nao conhecer a Deus de maneira clara se transforma numa loucura humana.

Dr. Langston disse: O conhecimento que voce tem de Deus define a sua teologia e o escritor A.W. Tozer diz que um conhecimento de Deus é básico para a vida crista. Essa tese do profeta "Jeremias 9:23-24" de conhecer a Deus se cumpri na vida do apóstolo Paulo. Em "Filipenses 3:1-11" O apóstolo Sao Paulo tem um alvo claro "conhecer mais a Deus". Ele nao é orgulhoso dizendo: Já sei tudo mais ele prossegue em conhecer ao Senhor pois ele é fonte inesgotável.

Quando começamos a conhecer a Deus as coisas terrenas perdem o seu valor porque Deus é o supremo bem segundo o teólogo anglicano J. Packer o conhecimento de Deus tem duas facetas claras. Primeiro o conhecimento de Deus nos humilha por que Deus nao pode ser esquadrinhado, dissecado pela mente finita do homem.

O finito nao pode esquadrinhar o infinito nem o limitado pode definir o ilimitado. Neste sentido o homem se torna fragilizado na sua busca por Deus pois como dizem os reformadores o nosso Deus é absconditus (Deus oculto).

A mente humana por si só nao pode estudar o divino pois o divino neste sentido de revelaçao nao pode ser trazido pela mente humana. A mente humana e o coraçao encontram resposta satisfatória através da Doutrina da Revelaçao aonde o próprio Deus toma iniciativa de se revelar "Deus Revelatus" (revelaçao) e de se mostrar para a comunidade dos homens e essa revelaçao tem a sua excelencia em Cristo Jesus conforme diz a Bíblia e a história teológica da igreja.

Karl Barth teólogo de grande eloqüencia salienta que o homem só pode conhecer a Deus quando Deus se revela a ele. Louis Berkhof diz que a teologia seria totalmente impossível, sem uma auto revelaçao de Deus e Millard Erickson afirma que o estudo de Deus é o ponto central de tudo.

Se por uma lado o estudo de Deus nos humilha pela sua grandeza e profundidade por outro lado o conhecimento de Deus nos amplia. O fato de buscarmos a fonte da sabedoria que é Deus traz para nós uma amplitude de conhecimento.

O salmista exclamou na tua luz veremos a luz, logo o conhecimento de Deus jorra luz nas nossas trevas. O conhecimento de Deus injeta em nós sabedoria, temor, justiça, paz, salvaçao etc. O doutor Packer disse que nada é melhor para o desenvolvimento da mente do que a contemplaçao da divindade. Nós podemos ter bens, família, um bom emprego, bons amigos, se congregar numa igreja, ter uma conta bancaria, ter casa, carro, ter um bom ministério, ter sonhos etc.

Tudo isso é normal Deus nos concede segundo a sua graça. Todavia isso nao pode ser o principal na nossa vida, o principal na nossa vida é conhecer a Deus . O breve catecismo Westminster elaborado 1647 diz: Qual é o fim principal do homem? O fim principal do homem é glorificar a Deus, e gozá-lo para sempre.

Charles Spurgeon
o grande pregador ingles disse: "Voce quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Entao, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade de Deus; perca-se na sua imensidao, e sairá dele completamente refrescado e revigorado".

In omnibus glorifecetur Deus
" Seja Deus glorificado em todas as coisas"

Carlos Augusto Lopes
Pastor da Igreja ADI- Tubarão-Santa Catarina
Secretário Geral do Concílio das Assembléias de Deus no Brasil-CAD
e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira-Brasília-DF

Por que Devo Estudar Teologia. Uma Reflexão para os Simples e Puros de Coração.

"Viver de Teologia não é fácil, difícil é viver sem ela"

A Missão da igreja de tantas outras é glorificar a Deus e apresentar os temas centrais da doutrina cristã. Muitas pessoas dizem que não gostam de estudar teologia por que ela é muito técnica, seu vocabulário é difícil. Alguns dizem que estudar teologia é aumentar a cabeça e esqueletizar a alma. O erudito Sproul analisando a história ratifica que os maiores gênios teológicos foram homens de profunda espiritualidade. Ele cita Lutero, Calvino, Edwards, John Wesley etc. Para ele o intelecto e o coração fazem parte da verdadeira devoção a Deus.O teólogo A.W. Tozer diz que a verdade é um pássaro de duas “asas” e afirma que um conhecimento sério de Deus é a base para todo cristão.

Todos nós devemos mergulhar na Bíblia ( Jer. 9.23). Teologia nada mais é do que conhecer os pensamentos de Deus e sua vontade para os diversos temas da vida, igreja, sociedade e Deus. Todos nós quando abrimos nossa boca para falar de Deus estamos fazendo teologia, pois estamos falando de Deus. A grande questão é como estamos refletindo o Ser de Deus e sua obra. Karl Barth disse que somente Deus pode falar de Deus, os homens falam de Deus através da Revelação e isso é teologia.

Na idade média a grande tragédia que pairou sobre aquela geração foi justamente teológica ou doutrinária. As pessoas aceitavam tudo que a igreja dizia, por que elas desconheciam as doutrinas centrais da Bíblia. Isso trouxe um grande prejuízo para aquele período. Houve reações contra isso, como no caso dos monges e tantos outros movimentos que ao longo do caminho se distanciaram da igreja católica.

Com o advento da reforma Deus usou homens que usaram a Bíblia e a teologia para derrubar os conceitos errados da igreja. A Sola Eclésia, foi modificada para a Sola Scriptura. Foi a teologia que muitos condenam que livrou a igreja das algemas da tradição e da ignorância, pois o tribunal das decisões doutrinárias estão na Bíblia.

Estamos vivendo um ressurgimento em nossa geração quase igual ao da idade média. Muitos ensinos errados estão dentro das igrejas, práticas anti- bíblicas estão sendo feitas na igreja e a maioria do povo acha que isso é correto, mas a Bíblia aponta para outra direção. Precisamos de uma nova reforma bíblica na igreja e Deus conta comigo e com você para levarmos para essa geração o Evangelho Santo da Sua Palavra. Nós como cristãos temos um grande legado teológico deixado por Deus na Sua Santa Palavra e também pela a história da igreja.

O Teólogo Karl Barth afirmou:

“Não podemos permanecer na igreja sem assumir tanto a responsabilidade pela teologia do passado, quanto pela teologia do presente. Agostinho, Tomás de Aquino, Martinho Lutero ( Calvino- Tomaz de Kempes) etc. eles não estão mortos mas vivem. Eles ainda falam e exigem ser ouvidos como vozes vivas, tão certo quanto sabemos que , eles como nós, pertencemos a mesma igreja”.

A teologia ( Theos- Deus; Logia – Estudo), estuda o Ser de Deus e tudo que se relaciona com a Bíblia em forma Sistemática. O nome teologia não existe na Bíblia ela serve de um termo técnico para descrever os vários temas Bíblicos. Assim também os primeiros cristãos não chamavam a Bíblia de Bíblia, mas de “Escritura” isso aconteceu com Jesus Cristo (Mt.21.42;Mc.14.49; Jo.5.39) ; os seus discípulos fizeram o mesmo ( Lc.24.32; At.18.24; Rm. 15.4). O apóstolo Paulo também referiu-se a ela como “As Sagradas Escrituras” ( II Tm. 3. 15), como “Santa Escritura” ( Rm. 1.2) e como “As Palavras de Deus” ( Rm. 3.2). Jesus Cristo também chamou as Escrituras de ‘Lei de Moisés, Os Profetas e os Salmos’ ( Lc.24.44). O A.T. também é chamado de “Lei e os Profetas” ( Mt. 5.17;11.13;At.13.15). Já o profeta Daniel refere os escritos proféticos do A.T. como os livros ( Grego – ta bíblia – 9.2). Cremos como cristão que a Bíblia tanto o Antigo Testamento que contem 39 livros como o Novo Testamento que contém 27 livros são Palavras de Deus para o seu povo, transmitida fielmente por mais de 40 autores num período de 1.200 anos.

O estudo das escrituras que nós chamamos de doutrina ( ensino) ou de teologia, serve para nós conhecermos o que Deus pensa sobre vários assuntos. “ Doutrina ou teologia”, é o que a Bíblia como um todo nos ensina hoje acerca de algum tópico específico”. A teologia é necessária no sentido que devemos não somente viver uma fé contemplativa mais devemos dar resposta claras sobre a nossa fé para as pessoas que nos cercam como diz Pedro. Ela também serve para o nosso crescimento diante de Deus. J.I.Packer diz que o estudo de Deus nos “Humilha” e nos “Amplia”.

O teólogo Dr. Roger Olson diz que a teologia surge para nós respondermos com fé aquilo que nos cremos a respeito de Deus. Ele diz que a teologia nasceu à medida que os herdeiros dos apóstolos começaram a refletir sobre os ensinamentos de Jesus e começaram a ensinar em outras regiões do Império. As pessoas indagavam a fé deles e neste sentindo eles tinham que formular um credo bíblico coerente e não uma filosofia especulativa-ideológica. O Apóstolo João, foi o último apóstolo vivo naquele período inicial da história da igreja, com a sua morte no ano 90 os discípulos se viram na obrigação de formular doutrinas bíblicas diante das heresias que estavam surgindo. Neste sentido o cristianismo entrou numa nova era, o elo de ligação era João e Policarpo. Até o ano 100 não havia ainda o Novo Testamento de forma agrupada como temos hoje. A igreja formulou alguns credos como espinha dorsal doutrinária

Nosso modelo maior de teólogo é o próprio Jesus Cristo, ele mais do que ninguém viveu, recitou, doutrinou e ensinou as escrituras. É verdade que Jesus Cristo realizou muitos milagres e maravilhas, é verdade que ele pregou com autoridade, é verdade que ele se relacionou com pessoas, é verdade que ele tinha uma vida de profunda oração, mas também é verdade que Jesus Cristo foi um mestre por excelência, de seus lábios saíram o perfeito ensino e ele foi a palavra encarnada que andou três anos pelo mundo revelando Deus e a si mesmo. (Jo.1.1)

Dr. Augustus Strong, diz que teologia é a ciência de Deus e das relações entre Deus, o universo e o homem. Strong afirma que: Ao definirmos a teologia como ciência indicamos o seu alvo. A ciência não cria, ela descobre. O estudo da teologia não é criar nada mais descobrir o que já existe. Ex. Cristovão Colombo. Ele não criou o continente ele descobriu o continente. Descobrir é tirar a cobertura e destampar, é dar a conhecer.

Dr. Wayne Grudem, diz que “Estudar teologia nos ajuda a vencer nossas idéias erradas sobre: “ Deus”, “ Universo” e o “ Homem”. Ele também afirma que estudar as doutrinas da Bíblia nos ajuda a perceber os erros religiosos e doutrinários e nos manter alinhado com a verdade Bíblica.

Sendo assim teremos uma clara “Ortodoxia”( ensino correto) que envolve a “Ortopraxia”(prática corrreta) e a “Ortopatia”( sentimentos corretos), isso lança por terra a “Heterodoxia”(ensino errado) e juntamente com ela a “Heteropraxia”(prática errada) e a “Heteropatia”(sentimentos errados). Viver a vida cristã sem as doutrinas cristãs é como jogar futebol sem bola ( Franklin. Ferreira, A. Myatt).

Por que Devemos estudar as Escrituras. Dr. Millard Erickson responde:

1) Crenças doutrinárias corretas são essenciais no relacionamento entre o cristão e Deus.
2) A doutrina é importante por causa da ligação entre a verdade e a experiência.
3) A compreensão correta da doutrina é importante por que hoje há muitos sistemas de pensamentos religiosos e seculares que disputam nossa devoção.

O teólogo Henry Clarence Thiessen diz que podemos estudar Deus e sua vontade soberana por causa de dois motivos. 1) A revelação de Deus para o homem 2) Os dons que Deus tem dotado os homens. O teólogo Calvino afirma que todo homem tem dentro dele dois princípios “Sêmen Religionis; Sensus Divinitatis”.

A revelação de Deus se faz de duas formas: a Primeira é a revelação natural ou geral e a Segunda é a revelação Especial. Uma está na natureza e a outra está na Bíblia. ( Pascal – Deus absconditus; revelatus). Na revelação geral vimos as obras de Deus na natureza . Com revelação especial queremos dizer aqueles atos de Deus pelos quais Ele dá a conhecer a Si próprio e a sua verdade. Deus se mostra ao homem por que dotou este homem de dois tipos de dons. O primeiro é o dom natural e o segundo e o dom espiritual.

O Dom Natural é a capacidade humana de pensar, analisar, pesquisar, questionar, o homem é um ser pensante , cognitivo. Ele cria, projeta, tem escrutínio etc., o dom natural da razão uma vez que se afasta de Deus, gera o ateísmo, a idolatria, o materialismo etc.

O Dom Espiritual – No século passado surgiu um pensamento dizendo que o homem tinha uma luz interior, dele ou íntima que, independentemente da Bíblia poderia guiá-lo a uma vida piedosa e santa. (quakerismo). O homem é um ser espiritual por isso ele tem sede e fome de Deus, mas somente Cristo pode levar o homem a Deus. (I Co.2.12).

Dr. Wayne Grudem diz que é importante usarmos nosso dom natural e espiritual para estudarmos a Bíblia.
1) Estudar a Bíblia faz parte da grande comissão – Ide e pregai e ensinai (Mt.28.19-20). Ninguém pode ensinar aqui o que não sabe.
2) Estudar a Bíblia é benefício para a nossa vida. Ela nos livra de ensinos errados e faz nós conhecermos a vontade de Deus.
3) Estudar a Bíblia irá nos ajudar a crescer como cristãos, pois iremos conhecer a Deus, sua vontade, seu planos etc.
4) Os cristãos devem estudar teologia com muita oração. (Sal.119.18; II Cor. 2.14).
5) Os cristãos devem estudar teologia com humildade. ( I Pe. 5.5; Tg.3.13,17,18).
6) Os cristãos devem estudar a Bíblia com alegria e regozijo. Estudar teologia não é algo árido, frio, teórico. É um estudo do Deus vivo e das maravilhas de todas as suas obras na criação e na redenção (Sal.139.17;19.8;119.14;119.103; Rm. 11.33-36).

Que possamos juntos buscarmos com fervor e dedicação os profundos ensinamentos da Bíblia. Como sempre frisou O príncipe dos pregadores C.H. Spurgoen que juntos possamos mergulhar em Deus e sair dali revigorado pela sua magnifica obra em nós através de sua santa Palavra. Talvez alguem insiste: Por que devo estudar teologia?Nós pastores, professores, mestres da Bíblia e servos da Palavra devemos dizer: Por que precisamos a cada dia conhecer e prosseguir conhecendo ao nosso maravilhoso Deus, pois, Ele é fonte inesgotável.

O grande Teólogo e Apóstolo Paulo, brada dizendo: Ó Profundidade da riqueza, tanto da sabedoria como do conhecimento de Deus! Quão insondáveis sao os seus juízos, e quão inescrutáveis, os seus caminhos! Quem, pois, conheceu a mente do Senhor? Ou quem foi o seu conselheiro? Ou quem primeiro deu a ele para que venha a ser restituído? Por que dele, e por meio dele, e para ele são todas as coisas. A ele, pois, a glória eternamente. Amém.

Estudo Realizado por Carlos Augusto Lopes
Teólogo pastor da Igreja ADI-Tubarão SC
e um dos coordenadores Da Aliança Evangélica Brasileira

terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

O HOMEM: A OBRA PRIMA DA CRIAÇAO DE DEUS

Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos (...), pergunto: Que é o homem, para que com ele te importes e te preocupes? (Salmo 8:3 NVI)

Quando lemos a Bíblia percebemos o amor que Deus devota pelo homem esse ser finito e inquietante. Tres vezes o Antigo Testamento dirige a Deus a pergunta: Que é o ser humano?

O doutor Ralph Smith comenta dizendo que a pergunta em si reflete a percepçao de que Deus está atento ás pessoas, apesar de o homem ser apresentado como relativamente pequeno e insignificante em comparaçao com a vastidao do universo e com a soberania de Deus na natureza e na história. O doutor Smith prossegue dizendo que levantar a pergunta que é o homem? Significa exercer o Dom da reflexao sobre si mesmo.

Neste ponto o filósofo Juvenal Arduini em seu livro Antropologia ousar para reinventar a humanidade nos arremete a uma reflexao profunda e crítica do homem. Arduini no gingado das palavras diz que o ser humano é ambivalente.

Ele é conhecido e estranho, é próximo e distante, é transparente e opaco, canta e protesta, dança e agride, congrega e dispersa, circula pelas ruas, mas também recolhe-se na intimidade, ele é uma fonte de comunicaçao e também de incomunicaçao, ele é diálogo profundo e monólogo estéril.

O ser humano é fértil em criaçoes. Cria vida, saúde, pao, paz ciencia, tecnologia. Mas também é niilista. Incinera o mundo. Basta ver as guerras. O ser humano constrói maravilhas, mas também pode arrasá-las. Planta a semente e desintegra a germinaçao, tem necessidade de convivencia e solidariedade, mas também é anti-social.

A fronte do ser humano roça a face de Deus, mas seus passos escorregam na lama. O ser humano é paradoxo antropológico nao pode ser definido por conceitos matemáticos, pois ele é seqüencia de contraste é campo de joio e trigo, ele avança e recua, atrai e expulsa, ergue-se e recai, edifica e pulveriza, arrisca-se e amoita-se é mistura de bem e de mal.

No pensamento de Moisés o grande líder Israelita que confeccionou o salmo 90, o salmo mais antigo da Bíblia. O ser humano é definido como finito e de breve duraçao terrenal " sao breve como sono, seus anos passam, pois a vida é breve, sao como conto ligeiro, como a relva que brotam ao amanhecer; germina e brota pela manha, mas, á tarde, murcha e seca (NVI).

O doutor Bruce Milne tecendo comentários sobre a essencia da natureza humana mostra que na criaçao a humanidade foi investida por Deus de uma dignidade especial e que a Bíblia deixa claro que o homem é obra das maos de Deus e nao de um darwinismo excentrico. Louis Berkhof diz que de acordo com a Bíblia, o homem foi criado á imagem de Deus e portanto tem relaçao com Deus.

O grande reformador Joao Calvino diz que o homem jamais obtém um conhecimento claro de si mesmo a nao ser que tenha primeiro contemplado a face de Deus e depois desça para analisar a si mesmo.

O teólogo Aurélio Agostinho em seu célebre livro Confissoes diz que o ser humano nao tem paz verdadeira fora de Deus "Senhor Tu nos Criaste para Ti e nossos coraçoes nao descansarao até encontrar descanso em Ti".

O erudito reformado R. C. Sproul no início do seu livro A Alma em Busca de Deus atesta dizendo que tem um ponto profundo dentro de nossas almas que está faminto e essa fome antropológica só Deus o soberano pode saciar.

Nesta mesma linha o romancista russo Fiódor Dostoievski diz que o vazio do coraçao do homem tem o tamanho de Deus e só Deus pode suprir e Sorem Kiekigaard que influenciou profundamente o conceito humano afirmou que o homem só será eternamente feliz após encontrar-se com o seu criador, após recebe-lo como salvador e Deus após sua alma adentrar as sublimes regioes do céu.

O catecismo de Genebra burilado em 1541 afirma dizendo: Qual é o principal objetivo da vida humana? O principal objetivo é conhecer a Deus. A Bíblia diz que é dever de todo o homem Temer a Deus pois o homem é obra prima da criaçao de Deus.

Carlos Augusto Lopes
Pastor da Igreja ADI- Tubarão-Santa Catarina
é Secretário Geral do Concílio de Assembléias de Deus no Brasil-CAD
e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Irmãos, Nós Não Somos Profissionais - John Piper.

Quando viajei com a minha família e um grupo de amigos para o Uruguai "Riveira" e também para a Argentina "Buenos Aires", levei na mala o livro de John Piper para ler na terra dos hermanos. Nós pastores que amamos a leitura sempre nos esbarramos com livros em nossa mala de viagem.

Piper, foi inspirado por Deus para escrever um livro profundo, exortativo e consolador. Quando busquei este livro na minha biblioteca para levar junto comigo pensei que seria uma leitura descompromissada, foleativa, aliatória no sentido que estava indo para uma viagem familiar e quase não iria ter tempo para ler aquele escrito. Teria que dividir a leitura do livro com as Charmosas Avenidas de Buenos Aires, o Obilisco, a Casa Rosada, o Bairro do Boca, as Belas Praças, a noite Portenha, o famoso Porto Madeiro as Pariilhas etc.

Mas John Piper foi chamando minha atenção quando ele brada: " Irmãos, nós não somos Profissionais". Entre um intervalo e ou outro eu ia navegando nos capitulos do livro que ao mesmo tempo penetrava no meu coração pastoral arrancando as poeiras ministeriais e o mofo da caminhada. Piper usou 30 capítulos para tratar do componente pastoral e mostrar de maneira eloquente que nos não somos profissionais, nos somos filhos e servos de um Deus santo e poderoso.

Talvez alguém pense que irei fazer uma resenha do livro mais este não é o caso aqui. Irei falar sobre a minha experiencia com os capítulos do livro que foram para mim como pétalas sobre o jardim e como perfume derramado sobre lençois de cetim.Minha intenção com o livro foi de caráter jubiloso para a alma e o crescimento interior.

Minha oração e anseio em terras estrangeiras foram as de John Piper que em minha visão mental orava chorando:

"Ó Deus, livra-nos dos profissionalizantes! Livra-nos da mente pequena, controladora, idealizadora e do caráter manipulador em nosso meio. Deus, dá-nos lágrimas por nosso pecados. Perdoa-nos por sermos superficiais na oração, tão vagos na compreensão das verdades sagradas, tão insensíveis diante dos vizinhos que perecem, tão desprovidos de paixão e seriedade em nossas conversas. Restaura-nos a alegria infantil pela salvação. (...) Não nos concedas nada, absolutamente nada, do que importa aos olhos do mundo. Que Cristo seja tudo em todos (Cl.3.11) Elimina o profissionalismo de nosso meio, ó Deus, e em seu lugar dá-nos uma oração apaixonada, pobreza de espírito, fome de ti, estudo rigoroso das coisas sagradas, devoção fervoroso a Jesus Cristo, extrema indiferença diante de todo lucro material e o labor incessante para resgatar os que estão perecendo, aperfeçoar os santos e glorificar nosso soberano Senhor. Humilha-nos, ó Deus, sob tuas mãos poderosas, e levanta-nos não como profissionais, mas como testemunhas e participantes dos sofrimentos de Cristo. No maravilhoso nome dele. Amém".


Creio como servo de Deus que devemos rever nosso ministério e nossa paixão por Deus. Em nossa caminhada podemos achar que somos profissionais e perder sem saber o melhor do chamado pastoral que é a alegria de servir a Deus e seu povo. Estamos sendo precionados a cada dia a viver no limiar da robotização ministerial, onde nossas orações são superficiais, nossa pregação virou uma fabriqueta de sermões que falta o zelo, a paixão e o temor. Um boa exegese e uma profunda hermenéutica não são viéis para uma espiritualidade sadia. Também o relacho do texto santo no sobre salto de uma espiritualidade fragmentada não é sinal de fidelidade a Deus.

Francis Schaffer, falando sobre a solidão do homem, diz que a nossa geração está faminta. Ele avança dizendo que esta faminta de amor, esta faminta de beleza, esta faminta de significado, esta faminta de moral estável e de lei. Ele conclui dizendo que a poeira da morte cobre tudo.

Em muitos ministerios, a poeira da morte insiste permanecer. Muitos líderes tem mais cheiro de profissionais do que de servos de Deus, tem mais cheiro de lobos do que de ovelha guia, tem mais cheiro de mundanismo do que de Cristo. Outros líderes por causa das agrurias ministeriais, tratam o reino de Deus como algo profissional. Seus ministérios perderam a essencia sagrada, perderam o brlho da glória de Deus, perderam o peso das Escrituras, perderam a salidade, o brilho, o temor, o amor e a reverencia. A morte esta cobrindo o beiral ministerial. Muitos líderes já não tem mais prazer em orar, não tem mais prazer em ler a Bíblia apaixonadamente e nao somente para pregar, já nao vizintam mais as pessoas de sua comunidade. Eles se sente profissionais, fazem o trabalho com a marca da aridez e para eles tudo esta certo, pois tudo esta caminhando em plena normalidade dizem eles.

John Piper, nos chama a atenção para questões básicas mais completamente urgente e fundamental para a vida de um servo de Deus. Ele nos coloca sobre o piào girador e central de tudo quando diz com firmeza: "Irmãos, Deus ama a sua glória". Será que no tecido da nossa cultura do toma lá da cá, queremos negociar a glória de Deus e como néscio guarda-la em nossos bolsos? Como lidamos com isso? Creio que este é um ponto chave para reavivar-mos o nosso ministério. Devemos entender que o homem nào pode tocar na glória de Deus, Deus sim é digno de glória e tudo que formos fazer deve ser não para nós ou para o nosso credo ou para a nossa árvore genealógica denominacional, pelo contrário deve ser para Deus como ensina as Escrituras " Assim quer voces comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus ( I Cor. 10.31)

Piper, de fato tratou muitas coisas importantes neste livro que merece um dia ser analisado os 30 capítulos para a nossa edificação e exortação. Creio que levar Piper comigo para a minha viagem foi algo suprerdente, pois abriu os meus olhos para dizer nào ao profissionalismo cristào e dizer sim para o meu estado de filho através do sacrificio de Jesus Cristo an cruz.

O ministério e ninguém , pode roubar a nossa vida santa e maravilhosa com Deus. Nada e ninguém deve ter autoridade de nos jogar numa masmorra e nos prender ao ponto de perdermos a nossa verdadeira alegria em Cristo. Lutas, dificuldades, agrurias, perdas, sofrimentos, traiçào, desconforto etc, não podem sufocar a nossa alegria na salvação que Ele nos deu. Nós pastores temos que aprender a desacelerar, temos que aprender a contemplar, temos que aprender a vigiar nosso coração, temos que aprender a perdoar, temos que aprender que a a Bíblia não é uma fábrica de Sermão, temos que aprender a desfrutar da doce presença de Deus e também dos seus filhos amados, sem etiquetagem, sem profissionalismo, sem robotizaçào, sem pedigrição. Somos filhos, somos servos, somos amigos, somos amados de Deus. Piper esta certo em dizer "Irmàos, nós nào somos profissionais.

Que maravilhoso foi para mim aquela viagem com a minha família. Que maravilhoso foi para mim gargalhar com meu filho gargalhar com minha esposa, gargalhar com meus amigos. Que maravilhoso foi para mim ser um turista xicano na terra dos hermanos tirando fotos de tudo e de todos, andando com liberdade em família comendo aquelas comidas portenhas, rindo um do outro, brincando de rico quando na verdade pouco dinheiro tínhamos. Mas também foi maravilhoso para mim ver Deus me ministrando, ver Deus me renovando, ver Deus me exortando em meio aquela felicidade de poder estar junto com minha família em terra estranha e dócil.

Quando olha hoje para as fotos dos pontos turisticos, tambem olho para as fotos da minha alma e da graça que Deus operou no meu coração através da compahia no irmão John Piper. Voltamos de Buenos Aires feliz, pois como diz o ditado popular "o melhor da viagem é voltar", e o outro dia a vida continuou normal com um hino nos nossos labios de gratidão e paz.

Carlos Augusto Lopes
pastor, teólogo, pensador cristão e historiador social.


Livro: Irmãos, Nós Não Somos Profissionais: Um Apelo aos Pastores Para Ter Um Ministério Radical
Autor: John Piper
Editora: Shedd Publicações
Páginas: 278
Ano : 2009

J.I.PACKER: O CONHECIMENTO DE DEUS-FORMIDÁVEIS ANGLICANOS.


Em 7 de janeiro de 1855 o ministro da capela da rua New Park começou seu sermão matinal do seguinte modo: Já foi dito por alguém que "o estudo adequado da humanidade é o próprio homem". Não me oponho à idéia, mas creio ser igualmente verdadeiro que o estudo correto do eleito de Deus é Deus; o estudo apropriado ao cristão é a divindade. A mais alta ciência, a mais elevada especulação, a mais poderosa filosofia que possa prender a atenção de um filho de Deus é o nome, a natureza, a pessoa, a obra, as ações e a existência do grande Deus, a quem chama Pai.

Nada é melhor para o desenvolvimento da mente que contemplar a divindade. Trata-se de um assunto tão vasto, que todos os nossos pensamentos se perdem em sua imensidão; tão profundo que nosso orgulho desaparece em sua infinitude. Podemos compreender e aprender muitos outros temas, derivando deles certa satisfação pessoal e pensando enquanto seguimos nosso caminho: "Olhe, sou sábio". Mas quando chegamos a esta ciência superior e descobrimos que nosso fio de prumo não consegue sondar sua profundidade e nossos olhos de águia não podem ver sua altura, nos afastamos pensando que o homem vaidoso pode ser sábio, mas não passa de um potro selvagem, exclamando então solenemente: "Nasci ontem e nada sei". Nenhum tema contemplativo tende a humilhar mais a mente que os pensamentos sobre Deus...

Ao mesmo tempo, porém, que este assunto humilha a mente, também a expande. Aquele que pensa com freqüência em Deus terá a mente mais aberta que alguém que apenas caminha penosamente por este estreito globo. [...] O melhor estudo para expandir a alma é a ciência de Cristo, e este crucificado, e o conhecimento da divindade na gloriosa trindade. Nada alargará mais o intelecto, nada expandirá mais a alma do homem que a investigação dedicada, cuidadosa e contínua do grande tema da divindade.

Ao mesmo tempo que humilha e expande, este assunto é eminentemente consolador. Na contemplação de Cristo existe um bálsamo para cada ferida; na meditação sobre o Pai, há consolo para todas as tristezas, e na influência do Espírito Santo, alívio para todas as mágoas.

Você quer esquecer sua tristeza? Quer livrar-se de seus cuidados? Então, vá, atire-se no mais profundo mar da divindade; perca-se na sua imensidão, e sairá dele completamente descansado, reanimado e revigorado. Não conheço coisa que possa confortar mais a alma, acalmar as ondas da tristeza e da mágoa, pacificar os ventos da provação que a meditação piedosa a respeito da divindade. Para este assunto chamo a atenção de todos nesta manhã.

Estas palavras, proferidas há mais de um século por Charles Haddon Spurgeon (que nessa época contava, inacreditavelmente, apenas 20 anos), foram verdadeiras do mesmo modo como são agora. Elas constituíram o prefácio adequado para uma série de estudos sobre a natureza e o caráter de Deus.

Extraído do livro " O Conhecimento de Deus", do Reverendo Doutor J.I. Packer. Eu, incentivo a igreja brasileira observar aquilo que o doutor Packer fala em seu livro. Dono de um charme literário e de um profundo conhecimento teológico, Packer, nos coloca frente a frente com doutrinas importantes que a igreja de Jesus Cristo jamais pode esquecer em pleno século XXI com toda a sua conturbação e abandono as santas doutrinas. Muitos líderes, pastores e membros de nossas igrejas, perderam a fé na teologia devido ao seu conteúdo rebuscado, técnico e árido. É verdade que isso nào é motivo para pesquisar as doutrinas centrais da fé cristã. Porém neste livro o doutor Packer mistura conhecimento técnico, pois, ele é um teólogo com uma finíssima praticidade, pois, ele é um apaixonado pela vida piedosa e santa sem a qual ninguém verá o Senhor. Anime-se e Leia este livro, e sairá dali renovado e mais apaixonado pelo nosso Deus.

O livro do Doutor J.I.PACKER é dividido de forma especial para termos uma bela compreensão da teologia de Deus. Ele é prefaciado pelo Doutor Russell Shedd que esteve na nossa igreja no ano de 2011.


PARTE I: CONHEÇA O SENHOR
1. O estudo de Deus 11
2. O povo que conhece seu Deus 18
3. Conhecer e ser conhecido 26
4. O único e verdadeiro Deus 36
5. Deus encarnado 44
6. Ele dará testemunho 58

PARTE II: CONTEMPLE O SEU DEUS
7. O Deus imutável 66
8. A majestade de Deus 74
9. Só Deus é sábio 81
10. A sabedoria de Deus e a nossa 89
11. A tua palavra é a verdade 99
12. O amor de Deus 106
13. A graça de Deus 119
14. Deus, o Juiz 130
15. A ira de Deus 139
16. Bondade e severidade 149
17. O Deus ciumento 158

PARTE III: SE DEUS É POR NÓS...
18. O coração do Evangelho 168
19. Filhos de Deus 189
20. Tu, nosso guia 219
21. Estas provações íntimas 233
22. A suficiência de Deus 241

EDITORA MUNDO CRISTÃO


Carlos Augusto Lopes
Pastor da Igreja ADI- Tubarão Santa Catarina
Secretário Geral do Supremo Concílio das Assembléias de Deus no Brasil
e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

OS PURITANOS: SUA ORIGEM E SUA HISTÓRIA.

1. Movimento em prol da reforma completa da Igreja da Inglaterra que teve início no reinado de Elizabete I (1558) e continuou por mais de um século como uma grande força religiosa na Inglaterra e também nos Estados Unidos. “Uma versão militante da fé reformada” (Dewey D. Wallace, Jr.).

Movimento religioso protestante dos séculos 16 e 17 que buscou “purificar” a Igreja da Inglaterra em linhas mais reformadas. O movimento foi calvinista quanto à teologia e presbiteriano ou congregacional quanto ao governo eclesiástico (Donald K. McKim).

Pessoas preocupadas com a reforma mais plena da Igreja da Inglaterra na época de Elizabete e dos Stuarts em virtude de sua experiência religiosa particular e do seu compromisso com a teologia reformada (I. Breward).


2. Antecedentes (raízes)

O puritanismo é uma mentalidade ou atitude religiosa que começou cedo na história da Inglaterra.

Desde o século 14, surgiu uma tradição de profundo apreço pelas Escrituras e questionamento de dogmas e práticas da igreja medieval com base nas mesmas.

Começou com o “pré-reformador” João Wycliffe e os seus seguidores, os lolardos. Publicação da primeira Bíblia Inglesa completa em 1384, na época do “Grande Cisma”.

Wycliffe afirmou a autoridade suprema das Escrituras, definiu a igreja verdadeira como o conjunto dos eleitos, questionou o papado e a transubstanciação.

O protestantismo inglês sofreu a influência de Lutero e especialmente da teologia reformada continental, a Reforma Suíça de Zurique (Zuínglio, Bullinger) e Genebra (Calvino, Beza).

Começou com o trabalho teológico da primeira geração de reformadores ingleses, influenciados pela Reforma Suíça. Ênfases: colocação da verdade antes da tradição e da autoridade; insistência na liberdade de servir a Deus da maneira que se julgava mais acertada (ver Lloyd-Jones, O puritanismo e suas origens).

William Tyndale (†1536) – compromisso com as Escrituras, ênfase na teologia do pacto. Tradutor da Bíblia - NT (1525); cruelmente perseguido; estrangulado e queimado em Antuérpia, na Bélgica.

John Hooper (†1555) – as Escrituras devem regular a estrutura eclesiástica e o comportamento pessoal.

John Knox (†1572) – reforma completa da igreja e do estado.

3. História

(a) Henrique VIII (1509-1547) – criou a Igreja Anglicana, uma igreja nacional inglesa de orientação nitidamente católica. Em 1539, impôs os Seis Artigos, com severas punições para os transgressores (“o açoite sangrento de seis cordas”). Incluíam a transubstanciação, a comunhão em uma só espécie, o celibato clerical, votos de castidade para leigos, missas particulares, confissão auricular, etc.

Duas reações dos protestantes: conformação – por exemplo, o arcebispo Thomas Cranmer a princípio de opôs, mas depois se submeteu e separou-se da esposa; protesto – Miles Coverdale, John Hooper e outros, que tiveram de fugir do país e foram para a Suíça. Sob a influência continental, começaram a se opor ao cerimonialismo religioso.

(b) Eduardo VI (1547-1553) – nessa época, a influência dos partidários de uma reforma profunda da igreja inglesa se tornou mais forte. John Hooper dispôs-se a aceitar um bispado que lhe foi oferecido, mas não a ser investido no ofício do modo prescrito, com o uso das vestes litúrgicas. Acabou sendo lançado na prisão por algum tempo. Foi o primeiro a expor claramente o argumento acerca das vestes. Não eram coisas indiferentes, e sim resquícios do catolicismo. Começa a surgir uma nítida distinção entre anglicanismo e puritanismo.

(c) Maria I (1553-1558) – tentou restaurar a Igreja Católica na Inglaterra e perseguiu os líderes protestantes. Muitos foram executados – Hugh Latimer (†1555), Nicholas Ridley (†1555) e Thomas Cranmer (†1556) – mártires marianos. Outros fugiram para o continente (Genebra, Zurique, Frankfurt), entre eles John Knox e William Whittingham, o principal responsável pela Bíblia de Genebra. Nesse período surgiram em Londres as primeiras igrejas independentes.

(d) Elizabete I (1558-1603) – inicialmente esperançosos, os puritanos se decepcionaram amargamente. A rainha insistiu em controlar a igreja, manteve os bispos e as cerimônias. A mesma divisão anterior se manifestou entre os líderes imbuídos de convicções protestantes – alguns, como Matthew Parker, Richard Cox, Edmund Grindal e John Jewel, protestaram no início, mas acabaram acomodando-se ao status quo. Aceitaram bispados e outras posições eclesiásticas sob o argumento de que, se recusassem esses ofícios, Elizabete nomearia católicos romanos em lugar deles. Outros, como Thomas Sampson, Miles Coverdale, John Foxe e Lawrence Humphrey, desafiaram a rainha.

- Os puritanos surgem com esse nome no contexto da “Controvérsia das Vestimentas” (1563-1567) – protesto contra vestimentas clericais (propunham o uso de togas genebrinas) e cerimônias como ajoelhar-se à Ceia do Senhor, dias santos e sinal da cruz no batismo. Nas décadas seguintes, intensificaram-se as medidas disciplinares da igreja e do estado contra os puritanos estritos (“não-conformistas”). Cristalizou-se o anglicanismo clássico, cujo principal teórico foi Richard Hooker, com sua obra Leis de Política Eclesiástica (1593). Em 1593 foi aprovado o rigoroso “Ato contra os Puritanos”.

(e) Tiago I (1603-1625) – esse rei havia recebido uma educação calvinista na Escócia, o que encheu de esperanças os puritanos. Eles lhe apresentaram a Petição Milenária, que foi totalmente rejeitada na Conferência de Hampton Court (1604). Alguns puritanos se desligaram inteiramente da Igreja da Inglaterra, entre eles um grupo que foi para a Holanda e depois para a América, fundando em 1620 a Colônia de Plymouth, em Massachusetts.

(f) Carlos I (1625-1649) – esse rei manteve a política de repressão contra os puritanos, o que levou um grupo não-separatista a ir para Massachusetts em 1630. No final do seu reinado, entrou em guerra contra os presbiterianos escoceses e contra os puritanos ingleses. Estes eram maioria no Parlamento e convocaram a Assembléia de Westminster (1643-49), que elaborou os famosos e influentes documentos da fé reformada.

Infelizmente, os puritanos não formavam um movimento coeso. Estavam divididos principalmente no que se refere à forma de governo da igreja. Existiam vários grupos: presbiterianos, congregacionais, episcopais, batistas. Alguns eram separatistas e outros não-separatistas, como os “independentes” (congregacionais moderados). A Guerra Civil terminou com a derrota e execução do rei.

(g) Oliver Cromwell – congregacional, líder das forças parlamentares que derrotaram o rei Carlos I. Tornou-se o “Lorde Protetor” da Inglaterra. Durante o Protetorado ou Comunidade Puritana (1649-1658), a Igreja da Inglaterra foi inicialmente presbiteriana e depois congregacional. Todavia, as rivalidades religiosas levaram ao restabelecimento da monarquia – a Restauração.


(h) Carlos II (1660-1685) - expulsou cerca de 2000 ministros puritanos da Igreja da Inglaterra. A Grande Expulsão (1662) marcou o fim do puritanismo anglicano. Embora perseguidos, sobreviveram como dissidentes (“dissenters”) fora da igreja estatal e eventualmente criaram igrejas batistas, congregacionais e presbiterianas.


(i) Tiago II (1685-1689) – tentou restaurar o catolicismo, mas foi derrotado pelo holandês Guilherme de Orange, esposo de sua filha Maria – a Revolução Gloriosa.


(j) Guilherme e Maria (1689-1702) – mediante um decreto, foi concedida tolerância aos “dissenters” (presbiterianos, congregacionais e batistas), cerca de um décimo da população. A essa altura, os melhores dias do puritanismo já haviam ficado para trás.

O puritanismo americano foi muito dinâmico e influente por pouco mais de um século, desde os primórdios na Nova Inglaterra (1620) até o Grande Despertamento (1740). Alguns nomes notáveis dessa tradição foram John Cotton, William Bradford, John Winthrop, John Eliot, Thomas Hooker, Cotton Mather e Jonathan Edwards.

Herdeiros recentes da tradição puritana: Charles H. Spurgeon, D. M. Lloyd-Jones, J. I. Packer, James M. Boice e outros.


4. O Perfil Puritano


4.1. Terminologia
Não-conformistas: esse termo surgiu na história inglesa quando puritanos e separatistas não quiseram aderir à Igreja da Inglaterra (oficial) desde 1660 até o Ato de Tolerância (1689). Não-conformidade é a atitude de não se submeter a uma igreja oficial.

Separatistas: termo aplicado ao puritano inglês Robert Browne (c.1550-1633) e seus seguidores, que se separaram da Igreja da Inglaterra. Mais tarde foi aplicado aos congregacionais ingleses e outros grupos que formaram suas próprias igrejas.

Não-separatistas: os puritanos anglicanos, aqueles que não queriam separar-se da igreja oficial, mas procuravam reformá-la. Os fundadores de Salem e Boston (1629-1630) estavam nessa categoria.

Independentes: nos séculos 17 e 18, os adeptos da forma de governo congregacional, em contraste com o governo episcopal da igreja estatal inglesa.

Dissidentes (“dissenters”): aqueles que se retiraram da igreja nacional da Inglaterra (anglicana) por motivos de consciência. O termo inclui congregacionais, presbiterianos e batistas.

4.2. Características gerais

Os “não-conformistas”, como também eram chamados, em geral eram ministros com educação universitária, oriundos principalmente de Cambridge, embora também houvesse leigos ardorosos entre eles.

Entendiam que a Igreja Inglesa devia adotar como modelo as igrejas reformadas do continente.

O puritanismo influenciou a tradição reformada no culto, governo eclesiástico, teologia, ética e espiritualidade. Quatro convicções básicas: (1) a salvação pessoal vem inteiramente de Deus; (2) a Bíblia constitui o guia indispensável para a vida; (3) a igreja deve refletir o ensino expresso das Escrituras; (4) a sociedade é um todo unificado.

O sentido original do termo “puritano” apontava para a purificação da igreja, na medida que os puritanos queriam descartar os elementos arquitetônicos, litúrgicos e cerimoniais que consideravam conflitantes com a simplicidade bíblica. Por exemplo, eles objetavam contra o sinal da cruz no batismo e a genuflexão para receber a Santa Ceia.

Ao invés de paramentos elaborados (sobrepeliz), eles preferiam uma toga preta que simbolizava o caráter do ministro como um expositor culto da Bíblia.

Queriam que cada paróquia tivesse um ministro residente capaz de pregar. Para alcançar esse objetivo, promoviam reuniões de ministros para ouvir sermões e receber orientação pastoral (suprimidas por Elizabete).

Sofrendo oposição dos bispos e estando comprometidos com uma eclesiologia que dava ênfase à igreja como uma comunidade pactuada, muitos puritanos rejeitaram o episcopado.

Thomas Cartwright promoveu o presbiterianismo (1570). Robert Browne, mais radical, advogou um sistema congregacional e defendeu a imediata separação da “corrupta” Igreja da Inglaterra (1582). Alguns de seus seguidores “separatistas” foram para a Holanda.

Congregacionais mais moderados, conhecidos como “independentes”, não chegaram a defender a separação. Eles influenciaram os puritanos da Baía de Massachusetts e se tornaram a corrente principal do congregacionalismo inglês.

Outros puritanos, como Richard Baxter (†1691), queriam um “episcopado atenuado” que associava características presbiterianas e episcopais.

Os puritanos não estavam interessados somente na purificação do culto e do governo eclesiástico. Todo o corpo político também precisava de purificação. Apoiando-se em Martin Bucer e João Calvino, eles insistiram na criação de uma sociedade cristã disciplinada. Achavam que uma nação inteira podia fazer uma aliança com Deus para a realização desse ideal. Esperanças milenaristas e o exemplo do Israel bíblico os impeliram nessa direção.


4.3. Experiência religiosa

A Bíblia, interpretada no espírito dos teólogos reformados continentais, era considerada a única fonte legítima para a doutrina, liturgia, governo eclesiástico e espiritualidade pessoal. Incentivavam a leitura doméstica da Bíblia de Genebra (1560), uma edição comentada. Além da pregação expositiva regular aos domingos, havia a instrução dos membros em seus lares durante a semana. Deram grande ênfase à preparação de ministros pregadores (ex: Emmanuel College, em Cambridge).

Os pregadores-teólogos puritanos escreveram com detalhes sobre a maneira pela qual a graça de Deus poderia ser identificada na experiência humana, indo além de religiosidade formal e expressando-se numa transformação interior da morte no pecado para a vida em Cristo, com base na fé. Os diários e autobiografias dos puritanos revelam quão intensa essa luta podia ser e como se tornaram pessoais os grandes temas da teologia reformada.

· Sem negligenciar a obra e o ser de Deus ou os grandes temas da eleição, vocação, justificação, adoção, santificação e glorificação, a ênfase dos teólogos puritanos na experiência religiosa e na piedade prática deu aos seus escritos um teor incomum entre os teólogos reformados de outras partes da Europa. Um bom exemplo disso é O Peregrino (1676), de John Bunyan.

A ênfase prática da teologia puritana levou-a a dar grande atenção à ética pessoal e social em casos de consciência, discussões sobre vocação e o relacionamento entre a família, a igreja e a comunidade no propósito redentor de Deus.

A reforma do culto e da prática religiosa popular, ouvindo e obedecendo a palavra de Deus, bem como a santificação do tempo convergiram no desenvolvimento do sabatarianismo, um dos legados mais duradouros da teologia puritana aplicada.

4.4. Teologia

Segundo William Ames, a teologia “é para nós a suprema e a mais nobre das disciplinas exatas. É um guia e plano-mestre para o nosso fim mais elevado, enviado por Deus de maneira especial, tratando das coisas divinas... Não existe preceito de verdade universal relevante para se viver bem em economia doméstica, moralidade, vida política e legislação que não pertença legitimamente à teologia” (A medula da teologia, 1623).

Os puritanos eram estritos defensores da teologia reformada, que inicialmente tinham em comum com a Igreja da Inglaterra (os Trinta e Nove Artigos ensinavam a doutrina reformada da Ceia do Senhor e afirmavam a predestinação). Depois que muitos anglicanos adotaram uma posição mais arminiana (1620s), os puritanos defenderam vigorosamente o calvinismo devido à sua afirmação intransigente da graça imerecida de Deus.

Alguns puritanos, como William Perkins, William Ames e John Owen, deram importante contribuição para o desenvolvimento da ortodoxia reformada.

Uma contribuição puritana mais específica foi a articulação do aspecto prático e afetivo da religiosidade. Richard Rogers, John Dod e Richard Sibbes foram fontes de um movimento devocional puritano que floresceu especialmente após a Restauração (1660) com grandes autores como Richard Baxter, Joseph Alleine e John Flavel.

Os puritanos escreveram uma enorme literatura sobre a vida espiritual, incluindo sermões, meditações, exposições bíblicas práticas, aforismos de orientação espiritual, biografias e autobiografias.

Essa literatura dava ênfase a temas como a experiência pessoal de conversão, a regeneração pelo Espírito Santo, a união mística da alma com Cristo, a busca de certeza da salvação e o crescimento em santidade de vida.

A maior expressão dessa “teologia afetiva” foi a alegoria de John Bunyan (†1688), O Peregrino, que retratou a vida cristã como peregrinação e luta espiritual.

A maioria dos puritanos estavam firmemente comprometidos com uma igreja nacional, dando forte ênfase à pureza do culto e do governo bíblicos como parte de uma reforma contínua. Uma pequena minoria não via esperança de reforma sem separação da igreja oficial e a criação de uma igreja de santos em relação pactual.

“A fidelidade da teologia puritana à revelação bíblica, sua abrangência, sua integração com outros tipos de conhecimento, sua profundidade pastoral e espiritual, seu êxito em criar uma tradição duradoura de culto, pregação e espiritualidade fazem dela uma tradição de permanente importância no cristianismo de língua inglesa e na tradição reformada mais ampla” (I. Breward).


4.5. Contribuições dos puritanos


Ver Leland Ryken, Santos no Mundo:
- Vida teocêntrica - Toda a vida pertence a Deus
- Vendo Deus nos lugares comuns
- A importância da vida
- Vivendo num espírito de expectativa
- O impulso prático do puritanismo
- A vida cristã equilibrada
- A simplicidade que dignifica



4.6. Puritanos notáveis

William Perkins
(1558-1602) – sua teologia foi o primeiro grande exemplo de uma síntese da teologia reformada aplicada à transformação da sociedade, igreja e indivíduos da Inglaterra elizabetana. Em sua obra mais famosa, Armilla Aurea (A corrente de ouro – 1590), ele expôs a tradição reformada em torno do tema da teologia como “a arte de viver bem”. Deu ênfase à majestade da ordem de Deus e sua implicações sociais e pessoais. Foi o primeiro teólogo elizabetano com uma reputação internacional. Também destacou-se extraordinariamente como pregador.

William Ames (1576-1633) – discípulo mais destacado de Perkins e prolífico escritor. Sua críticas contra a Igreja da Inglaterra causaram o seu exílio na Holanda (onde foi professor) e a proibição dos seus livros na Inglaterra. Suas obras mais famosas são: A Medula da Teologia (1623) e Casos de Consciência (1630). Morreu poucos antes de uma planejada mudança para Massachusetts, onde sua influência, bem como na Holanda, persistiu até o século 18. Sua teologia prática acentuou como cada aspecto da vida devia ser dedicado à glória de Deus.

Richard Sibbes (1577-1635) – foi estudante e professor em Cambridge. Exemplificou a síntese entre profundidade bíblica e sensibilidade pastoral que caracterizou a teologia puritana no que tinha de melhor. Seus escritos são práticos antes que sistemáticos e mostram claramente porque as ênfases puritanas foram assimiladas tão plenamente pelos leigos. Escritos seus como A Porção do Cristão e A Exaltação de Cristo Comprada por sua Humilhação revelam não só uma rica soteriologia, mas profundas percepções sobre a criação e a encarnação.

Thomas Goodwin (1600-1680) – foi influenciado por Sibbes e outros. Estava destinado a uma promissora carreira eclesiástica, mas abriu mão da mesma ao ser convencido por John Cotton (1584-1652) da legitimidade da independência. Depois de algum tempo na Holanda, desempenhou um papel importante na Assembléia de Westminster. Teve atuação destacada no regime de Cromwell e foi presidente do Magdalen College, em Oxford. Buscou unir independentes e presbiterianos em Cristo, o Pacificador Universal (1651). Seu profundo encontro pessoal com Cristo permeou todos os seus escritos.

Richard Baxter (1615-1691) – foi ordenado em 1638 e dois anos depois rejeitou o episcopalismo. De 1641 a 1660 foi ministro de uma paróquia em Kidderminster. Após a guerra civil, apoiou a Restauração e tornou-se capelão de Carlos II. Excluído da Igreja da Inglaterra após o Ato de Uniformidade (1662), continuou a pregar e foi encarcerado em 1685 e 1686. Tomou parte na deposição de Tiago II e deu as boas-vindas ao Ato de Tolerância de Guilherme e Maria. Suas obras incluem O Repouso Eterno dos Santos (1650) e O Pastor Reformado (1656).

John Owen (1616-1683) – ao lado de Baxter, o grande pensador sistemático da tradição teológica puritana. Educado em Oxford, enfrentou uma longa luta espiritual em busca da certeza de salvação, que terminou por volta de 1642. Dedicou seus formidáveis dotes intelectuais à causa parlamentar. Inicialmente presbiteriano, converteu-se à posição independente através da leitura de John Cotton. Fez uma vigorosa exposição do calvinismo clássico em Uma Exibição do Arminianismo (1643). Em A Morte da Morte na Morte de Cristo (1647) fez uma brilhante apresentação da doutrina da expiação limitada. Até o fim da vida trabalhou por uma igreja nacional mais abrangente e pela reconciliação dos dissidentes rivais.

John Bunyan (1628-1688) – após lutar na guerra civil, em 1653 filiou-se a uma igreja independente em Bedford. Um ou dois anos depois, começou a pregar com boa aceitação. Foi aprisionado de modo intermitente entre 1660 e 1672, o que lhe permitiu escrever sua obra-prima, O Progresso do Peregrino (1678), e outros escritos. Após 1672, dedicou-se à pregação e ao evangelismo em sua região. Outras obras famosas de sua lavra são A Guerra Santa (1682) e Graça Abundante para o Principal dos Pecadores (1666).


Dr. Alderi Souza de Matos
HISTORIADOR PRESBITERIANO

Carlos Augusto Lopes
Pastor da Igreja ADI-Tubarão- Santa Catarina
Secretário Geral do Supremo Concílio das Assembléias de Deus -CAD
e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira

QUEM É O PASTOR IDEAL-HUMOR E REALISMO NO PARADOXO MINISTERIAL.


Se ora muito é um fariseu

Se não ora é um herege
Se dá atenção a família é um dividido
Se não dá atenção é um irresponsável


Se prega de gravata é um conservador
Se prega de roupa esporte é um liberal
Se prega muito é prolixo
Se prega pouco é vazio

Se conta piada é um irreverente
Se fala sério é carrancudo
Se é idoso é um ultrapassado
Se é jovem é um moleque

Se é culto é um esnobe
Se tem pouca cultura é um pica - fumo
Se é casado, sai muito caro
Se é solteiro é inexperiente

Se é amigável é vulgar
Se não tem amigos é inatingível
Se é amoroso é um mulherengo
Se é seco é mal educado


Se é teólogo é um E.T.
Se não é teólogo é só um evangelista
Se é presidente do presbitério é o Papa
Se não é, é um incompetente
Se é pastor de igreja grande é um lobo
Se é pastor de igreja pequena é um pé de chinelo


Um realismo pastoral no humor sincero de Jasiel Botelho
Ele é pastor evangélico. Missionário da Sepal
e fundador e presidente da Missão Jovens da Verdade. Conheci Jasiel Botelho e sua arte de desenhar enquanto alguém fala ou canta no Congresso Brasileiro de Evangelização em Belo Horizonte em 2003

Pastor Carlos Augusto Lopes
Pastor da Igreja ADI em Tubarão Santa Catarina
e um dos coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira.





sem Fronteiras

ROBINSON CAVALCANTI-A MORTE DE UM SERVO DE DEUS: O GRILO CANTA , O CISNE ESTÁ SILENCIOSO.


Essas foram as palavras de Eraclius para o grande teológo Agostinho. Ele nesta ocasião estava deixando o pastorado e a cortina estava se fechando para Aurélio Agostinho, Eraclius seu sucessor num ato de inadequação e prestígio pelos serviços realizados por Agostinho se sentiu como um grilo diante do cisne.

Quem em nossa geração não leu e se remexeu com os escritos do irmão Robinson Cavalcanti? seus artigos na Revista Ultimato, seus escritos claros e denunciatórios, sua paixão pelo eterno e seu incansável trabalho de unidade da igreja, colocava o dedo nos nossos cacuetes eclesiásticos, na nossa fossilização teológica, na nossa velha mesmice evangelical. Outro dia deste escrevi um artigo com o Título " Formidáveis Anglicanos":, nele citava "Packer, Stott, Green,Youssef" e tantos outros. Aqui no Brasil tínhamos "Robinson Cavalcanti", sim o "dom" Robinson como um formidável anglicano.

Ao saber da morte de Robinson Cavalcanti por um missionário da nossa igreja, meu coração gelou, minha língua travou, parecia inacreditável, perguntei se de fato era ele mesmo ou outro Robinson. Mais a resposta foi firme: É o Robinson Cavalcanti bispo anglicano. Minha esposa Cida Lopes, estava na nossa Instituição "ABBA" e relatei para ela o fato. Fiquemos chocados, tristes e relembramos o quanto seus escritos influenciou uma geração inteira de pessoas apaixonadas por um evangelho integral que de fato mudasse não somente o coração mas as estruturas. Relebramos sua caminhada de fé relatada por ele mesmo.

No forum da Aliança Evangélica Brasileira, tive o previlégio de entrevistar Robson Cavalcanti, sobre a importancia da Aliança e o realismo da igreja brasileira. Naqueles dias em Brasilia, fomos agraciados com a sua presença silenciosa e ao mesmo tempo estrondosa. Sua análise sobre a igreja brasileira no fórum foi algo lindo, esclarecedor e unificador. Não sabíamos que cedo ele iria retornar para a casa do Pai. Não sabíamos que ele iria tão cedo deixar a Aliança. Não sabíamos que aquele era o primeiro encontro oficial da Aliança, pois, lá tecnicamente ela nasceu, e seria também o último de Robison.

Nossa igreja Assembléia de Deus Independente, nosso Concílio de Assembléias no Brasil-CAD, O Conselho de pastores da Região, lamentam a morte de Robinson Cavalcanti e sua amada esposa. Estaremos de luto, estaremos em silencio, estaremos em reflexão. Que Deus possa consolar toda a sua casa, familia, amigos, pastores, membros da igreja no Brasil. Jamais esqueceremos o seu legado, a sua fibra doutrinária, a sua denúncia, o seu profetismo, a sua candura bíblica.

Vá com Deus Robinson, sabendo que sua carreira foi concluída para a Gloria Daquele que nos chamou das trevas para o Reino do Filho do seu amor.

Nós que fazemos parte da Aliança Evangélica no Brasil, estaremos orando para que Deus confirme a obra de nossas mãos e console toda a familia de Robinson. " Deus se move de forma misteriosa para realizar suas maravilhas; Ele imprime suas pegadas no mar e cavalga sobre a tempestade"- (William Cowper). "Na vida ou na morte, estou contigo e tu estás comigo, meu Deus. Senhor, eu espero pela tua salvação e pelo teu reino. Amém , a morte não é o fim, mais o inicio de uma nova vida"-( Dietrich Bonhoeffer).

Pastor Carlos Augusto Lopes
Tubarão- Santa Catarina
Membro da Aliança Evangélica Brasileira

VEJA NA ÍNTEGRA O RELATO FEITO PELO JORNAL SOBRE A MORTE BÁRBARA DO BISPO ROBINSON E SUA ESPOSA.ENTENDA COMO TUDO ACONTECEU.

O bispo diocesano da Igreja Anglicana, cientista político e professor aposentado da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Dom Edward Robinson Cavalcanti, de 64 anos, e a esposa dele, a professora aposentada Mirian Nunes Machado Cotias Cavalcanti, também de 64 anos, foram assassinados na casa da família, na Rua Barão de São Borja, número 305, em Jardim Fragoso, Olinda, na noite do último domingo (26).

De acordo com a policia, o autor do crime é o filho adotivo do casal Eduardo Olímpio Cotias Cavalcanti, de 29 anos. O homem morava nos Estados Unidos desde os 16 anos de idade e teria voltado ao Brasil há cerca de 15 dias depois de ter sido preso no país estrangeiro várias vezes por envolvimento com drogas e outros delitos. Eduardo estava passando por um processo de deportação.

Os corpos já foram necropsiados pelos peritos do Instituto de Medicina Legal (IML) no Recife. Segundo a polícia, o bispo sofreu três facadas e a esposa apenas uma, na altura do peito esquerdo. De acordo com familiares, o corpo do religioso devem ser sepultado na próxima quinta-feira na Catedral Anglicana de Boa Viagem, como pedem os rituais da igreja. Esta tarde, a família tem reunião com os representantes da igreja para tentar adiantar o enterro. Segundo os parentes, a professora Miriam teria revelado o desejo de ser sepultada no Cemitério Morada da Paz, no Paulista.

Segundo o reverendo Hermany Soares, amigo da família, quando Eduardo chegou ao Brasil, ele foi buscá-lo no aeroporto e ainda no desembarque teria perguntado onde poderia comprar uma arma.

Ontem pela manhã, o rapaz saiu de casa, foi beber na praia e voltou à tarde. À noite, foi visto amolando uma faca na frente do portão de casa.

Na noite de ontem, horas antes do crime, o bispo, a esposa e o filho foram juntos ao culto. Na ocasião, o religioso falou aos fieis sobre a alegria em ter o filho de volta à casa, lembrando que aquele era o primeiro culto após a chegada de Eduardo ao Brasil.

Por volta das 22 horas, Eduardo começou a discutir com o pai, pegou a faca e golpeou o idoso. A mãe foi defender o marido e também foi esfaqueada.

O bispo Robison morreu no quarto. A mãe ainda foi levada para o Hospital Tricentenário, em Olinda, com uma facada no peito esquerdo, mas já chegou morta. Após o crime, Eduardo tentou cometer suicídio ingerindo uma substância ainda não identificada e desferindo vários golpes de faca no próprio peito.

Eduardo foi levado para o Hospital da Restauração (HR) por uma viatura da Polícia Militar e permanece internado na Unidade de Traumas. Está respirando com ajuda de aparelhos. Seu estado de saúde é considerado grave pelos médicos e ele não tem previsão de alta.

Segundo informações de parentes, o bispo Robinson foi o coordenador regional da primeira campanha do ex-presidente Lula para presidente da República, que, inclusive, o teria visitado em casa depois de eleito. O bispo também foi candidato à deputado federal e proferiu palestras na Organizações das Nações Unidas.

Em relação ao ocorrido, a Igreja Anglicana divulgou uma nota de falecimento. Confira o documento na íntegra:

É com grande pesar que a Igreja Anglicana - Diocese do Recife, comunica o trágico falecimento do Reverendíssimo Bispo Diocesano, Dom Edward Robinson de Barros Cavalcanti, e de sua esposa Miriam Cavalcanti, ocorrido neste domingo 26/02/2012 por volta das 22h na cidade de Olinda-PE.

A família diocesana agradece a Deus pela vida e devotado ministério do seu Pai em Deus, pastor, mestre e amigo, um verdadeiro profeta e mártir do nosso tempo, que lutou pela causa do evangelho de Cristo, por Sua igreja, bem como pela Comunhão Anglicana, e que contou sempre com sua esposa que, como fiel ajudadora, o apoiou em todos os anos de seu ministério.

Partiu para a Eternidade deixando um legado de serviço, amor e firmeza doutrinária, pelos quais essa Diocese continuará.

Oportunamente estaremos divulgando dia, horário e local do seu sepultamento.

Revmº Bispo Evilásio Tenório – Bispo Sufragâneo Eleito

Revmº Bispo Flávio Adair – Bispo Sufragâneo Eleito

Rev. Márcio Simões – Presidente do Conselho Diocesano

UFPE também lamenta morte do professor aposentado Robinson Cavalcanti:



A UFPE lamenta as mortes trágicas do professor Edward Robinson de Barros Cavalcanti, 67 anos, e de sua esposa, Miriam Nunes Machado Cotias Cavalcanti, ocorridas ontem (26). O docente ingressou na Universidade em março de 1972, tendo se aposentado em setembro de 1995. Ele atuou no Departamento de Ciências Sociais e, no período de 1992 a 1996, ocupou o cargo de diretor do Centro de Filosofia e Ciências Humanas (CFCH).

O professor era graduado em Direito, pela UFPE, e em Ciências Sociais, pela Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). Possuía Mestrado em Ciência Política pelo Instituto Universitário de Pesquisas do Rio de Janeiro. Na UFPE, coordenou o primeiro curso de especialização em Ciência Política, em 1979, e o Mestrado em Ciência Política, de 1986 a 1989. Foi membro dos Conselhos de Administração e Universitário e também integrou colegiados. Ministrou disciplinas com temáticas ligadas a partidos políticos, coronelismo, teoria política moderna e império.

Entre suas publicações, estão os livros As Origens do Coronelismo (Editora Universitária da UFPE, 1984) e Cristianismo e Política " teoria bíblica e prática histórica (1985). "Ele sempre se renovou na vida. Sempre foi aberto ao diálogo com sensibilidade", disse o professor Michel Zaidan, da Pós-Graduação em Ciência Política da UFPE.

Robinson Cavalcanti também trabalhou da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), Unicap e Faculdade Frassinetti do Recife (Fafire). Ele ainda atuou como professor visitante na Universidade do Alabama, nos Estados Unidos, no ano de 1988, e era bispo anglicano.
Com informações do repórter Edson Araújo, da TV Clube



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segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

EUGENE PETERSON: CORRA COM OS CAVALOS- PARA QUEM BUSCA UMA VIDA DE EXCELÊNCIA.

O filósofo e mártir tcheco, Vitezslav Gardavsky, morto em 1978, elegeu Jeremias como seu "modelo de homem" em sua campanha contra uma sociedade que cuidadosamente, planejava cada detalhe da existência material, porém eliminava o mistério do milagre, extirpando toda a liberdade da vida.

Ele escreveu em seu livro God Is Not Yet Dead, que a terrível ameaça contra a vida não é a morte, ou a dor, nem qualquer variedade de desastres contra os quais nós, tão obsessivamente, procuramos nos proteger com nossos sistemas sociais e estratagemas pessoais. A grande ameaça é "morrermos antes de realmente morrer, antes que a morte se torne uma necessidade natural. O verdadeiro horror repousa exatamente sobre essa morte prematura, após a qual continuamos a viver por muitos anos".

Há uma passagem memorável com respeito á vida de Jeremias quando esmagado pela oposição e mergulhado na autopiedade, ele esteve a ponto de capitular entregando-se á morte prematura. Jeremias estava pronto a abandonar seu único chamado divino e resignado a ser apenas uma estatítisca de Jerusalém. Naquele momento crítico, o profeta ouviu esta admoestação:

" Se te fatigas correndo com homens que vão a pé, como poderás competir com os que vão a cavalo? Se em terra de paz não te sentes seguro que farás na floresta do Jordão?" ( Jr. 12.5).

O bioquímico Erwin Chargaff atualizou as questões: "O que voce deseja alcançar? Grandes fortunas? Comida mais barata? Uma vida feliz, mais duradoura? É poder sobre os vizinhos o que persegues? Estará voce apenas procurando escapar á morte? Ou será que voce busca maior sabedoria e devoção mais profunda?

A vida é difícil, Jeremias. Voce irá desistir diante da primeira onda de oposição? Irá bater em retirada quando descobrir que há muito mais por que se viver do que três refeições diárias e um lugar seco para descansar, á noite? Procurará refugiar-se em casa no instante em que descobrir que multidões de pessoas estão mais interessadas em manter seus pés aquecidos do que viver sob risco para a glória de Deus?

Voce irá manter uma vida cautelosa ou corajosa? Eu o chamei para viver o seu melhor, para perseguir a justiça, manter a direção rumo á excelência. É muito mais fácil, como bem sabe, ser neurótico. É muito mais simples viver como parasita. É menos complexo relaxar e deixar-se levar pelos braços da maioria. Mais fácil, porém não melhor, não mais significante, não mais recompesandor. Eu o chamei para uma vida de propósito, muito além do que voce pensa ser capaz de viver e prometi dar-lhe forças suficientes para voce cumprir o seu destino.

Agora, ao primeiro sinal de dificuldades, voce está disposto a desistir. Se voce se sente fatigado por essa multidão comum de patéticas mediocridades, o que fará quando a verdadeira corrida começar, contra os velozes e determinados cavalos da excelência? O que voce realmente deseja Jeremias? Quer arrastar-se, acompanhando a multidão ou almeja correr com os cavalos? (...) A vida de Jeremias foi a resposta: " Eu correrei com os cavalos".

Extraído do livro "Corra Com os Cavalos", na íntegra pelo pastor Carlos Augusto Lopes da Igreja A.D.I. Tubarão Santa Catarina e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira.
Editora Textus/ Editora Ultimato.

Eugene H. Peterson pastoreia a Igreja Presbiteriana Christ Our King, em Bel Air, Maryland, é professor emérito de Teologia Espiritual no Regent College, Vancouver, Canadá. É autor de vários livros já publicados em portugués. Ele é leitura obrigatória para todo pastor, obreiro, líder, professor de teologia e o leitor atento. No Brasil Peterson ficou conhecido pelos seus livros importantes. Alistarei alguns deles que fazem parte da minha leitura:

O Pastor Que Deus Usa: O Trabalho Pastoral Segundo a Palavra de Deus - Editora Textus

O Pastor Desnecessário: Reavaliando a Chamada para o Ministério - Editora Textus

O Pastor Contemplativo: É Hora de Voltar ao Início de Tudo - Editora Textus

Trovão Inverso: O Livro do Apocalipse e a Oração Imaginativa - Editora Habacuc

A Maldição do Cristo Genérico: A Banalização de Jesus na Espiritualidade Atual - Editora Mundo Cristão

De Volta Á Fonte: Resgatando a Espiritualidade - Encontro Publicações

A Vocação Espiritual do Pastor: Redescobrindo o Chamado Ministerial - Editora Textus



"Nas coisas essenciais, unidade;
nas coisas não essenciais, liberdade;
em todas as coisas amor".

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

WILLIAM WILBERFORCE (1759-1833) - A EXCELÊNCIA DO VERDADEIRO CRISTIANISMO.


É necessário, agora, chamar a atenção para as excelências do verdadeiro cristianismo, as quais tendem a ser menosprezadas pelos cristãos nominais. Para começar, há uma perfeita harmonia entre as doutrinas principais da fé e seus preceitos práticos. Há também uma conexão estreita entre as principais doutrinas e a mesma harmonia perfeita entre elas.

Fica claro que as verdades acerca da corrupção da natureza humana, de nossa necessidade de reconciliação com Deus por meio da expiação de Cristo e da restauração de nossa dignidade original por meio da influência santificadora do Espírito Santo são todas partes de um todo único, interdependente e reciprocamente apropriado.

Do mesmo modo, nos principais preceitos práticos do cristianismo, há esse mesmo acordo essencial e essa mesma dependência mútua de um para com o outro. As virtudes mais repetidas e veementemente estimulada nas Escrituras e nas quais, por meio do nosso progresso, podemos crescer em santidade são:

"O Temor e a Amor a Deus e a Cristo; "O Amor", "A Bondade e a Submissão aos nossos Semelhantes", "A Indiferença ás Possessões e aos Cuidados desta Vida, comparada ao nosso interesse pela Eternidade", "A Autonegação e a Humildade".

Já destaquei o quanto essas graças cristãs que refletem o caráter de Deus são essenciais. São elas as que também deveríamos exercitar na relação com os nossos semelhantes e com nós mesmos. Observamos que elas também são aquilo de que a humanidade mais necessita. Além disso, quando adquiridas, elas se harmonizam umas com as outras em união perfeita e essencial.

Tome como exemplo o amor e a submissão para com os outros. Observe o fundamento sólido que a autonegaçào, a temperança e a humildade tem debaixo delas. As causas principais de contendas e inimizades entre os homens sào o orgulho e a soberba, e a consequente atenção que exigem dos outros.

Outras causas são a supervalorização das possessões terrenas, da honra do mundo, e, como consequencia, uma competição ávida por elas. As arestas não aparadas de um homem entram em atrito contra as de outro. A fricção, desse modo, pertuba o arranjo apropriado e os movimentos regulares da sociedade. Mas o cristianismo elimina todos esses desajustes.


" Neste "Capítulo V", do seu livro o senhor Wiiliam Wilberforce, mostra de maneira clarificada a Excelência do Verdadeiro Cristianismo. Suas palavras dóceis mais forte é uma tormenta para o crente nominal que não leva as coisas de Deus a sério. Para ele o cristianismo deve ser vivido de maneira santa, bíblica e prática. Ele mesmo afirma que o cristianismo não se satisfaz com a produção pura e simples de um disfarce de virtude.

Ele também diz que o verdadeiro cristão tem que se livrar da inveja, do orgulho, da vingança e de amar este mundo fútil. Para ele o cristão verdadeiro deve nutrir um coração cheio de amor por Deus e pelo próximo. William Wilberforce, pertence a uma geração passada, mais suas palavras falam até hoje.

O filme Amanzig Grace retrata a carreira política e cristã deste servo do Senhor. William Wilberforce( 1759-1833), como diz o Dr. James M. Houston. Ele, entrou no Parlamento Britânico aos vinte e um anos, e se tornou amigo próximo de William Pitt, o jovem Primeiro Ministro. Teria sido seu sucessor natural em sua liderança política se tivesse "preferido festejar para a humanidade". Mas aos vinte e cinco anos de idade tornou-se um cristão comprometido e, desde então confessou: "Deus Todo Poderoso colocou diante de mim dois assuntos: A Abolição do comércio de escravos e a Reforma dos Costumes na Inglaterra". Ao final da vida não havia ninguém mais universalmente honrado como cidadão inglés do que Wilberforce, a quem pertence o crédito principal pela ABOLIÇÃO do comércio escravo no Reino Unido. ( Comentário adicional feito pelo Pastor Carlos Augusto Lopes para os Pastores Sem Fronteiras)


Extraído do livro " Cristianismo Verdadeiro: Discernindo a Fé Verdadeira da Falsa".
Clássicos da Espiritualidade Cristã. Editora Palavra - Brasília-DF


Pastor Carlos Augusto Lopes
pastor da Igreja ADI-Tubarão-SC
e uns dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira.