quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

CHARLES HADDON SPURGEON: ALIMENTANDO AS OVELHAS OU DIVERTINDO OS BODES.

Existe um mal entre os que professam pertencer aos arraiais de Cristo, um mal tão grosseiro em sua imprudência, que a maioria dos que possuem pouca visão espiritual dificilmente deixará de perceber. Durante as últimas décadas, esse mal tem se desenvolvido em proporções anormais. Tem agido como o fermento, até que toda a massa fique levedada. O diabo raramente criou algo mais perspicaz do que sugerir à igreja que sua missão consiste em prover entretenimento para as pessoas, tendo em vista ganhá-las para Cristo.

A igreja abandonou a pregação ousada; em seguida, ela gradualmente amenizou seu testemunho; depois, passou a aceitar e justificar as frivolidades que estavam em voga no mundo, e no passo seguinte, começou a tolerá-las em suas fronteiras; agora, a igreja as adotou sob o pretexto de ganhar as multidões.

Minha primeira contenção é esta: as Escrituras não afirmam, em nenhuma de suas passagens, que prover entretenimento para as pessoas é uma função da igreja. Se esta é uma obra cristã, por que o Senhor Jesus não falou sobre ela? "Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda criatura" (Mc 16.15) - isso é bastante claro. Se Ele tivesse acrescentado: "E oferecei entretenimento para aqueles que não gostam do evangelho", assim teria acontecido. No entanto, tais palavras não se encontram na Bíblia. Sequer ocorreram à mente do Senhor Jesus. E mais: "Ele mesmo concedeu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres" (Ef 4.11). Onde aparecem nesse versículo os que providenciariam entretenimento? O Espírito Santo silenciou a respeito deles. Os profetas foram perseguidos porque divertiam as pessoas ou porque recusavam-se a fazê-lo? Os concertos de música não têm um rol de mártires. Novamente, prover entretenimento está em direto antagonismo ao ensino e à vida de Cristo e de seus apóstolos.

Qual era a atitude da igreja em relação ao mundo? "Vós sois o sal", não o "docinho", algo que o mundo desprezará. Pungente e curta foi a afirmação de nosso Senhor: "Deixa aos mortos o sepultar os seus próprios mortos" (Lc 9.60). Ele estava falando com terrível seriedade! Se Cristo houvesse introduzido mais elementos brilhantes e agradáveis em seu ministério, teria sido mais popular em seus resultados, porque seus ensinos eram perscrutadores. Não O vejo dizendo: "Pedro, vá atrás do povo e diga-lhe que teremos um culto diferente amanhã, algo atraente e breve, com pouca pregação. Teremos uma noite agradável para as pessoas. Diga-lhes que com certeza realizaremos esse tipo de culto. Vá logo, Pedro, temos de ganhar as pessoas de alguma maneira!" Jesus teve compaixão dos pecadores, lamentou e chorou por eles, mas nunca procurou diverti-los. Em vão, pesquisaremos as cartas do Novo Testamento a fim de encontrar qualquer indício de um evangelho de entretenimento. A mensagem das cartas é: "Retirai-vos, separai-vos e purificai-vos!" Qualquer coisa que tinha a aparência de brincadeira evidentemente foi deixado fora das cartas. Os apóstolos tinham confiança irrestrita no evangelho e não utilizavam outros instrumentos.

Eles não pararam de pregar a Cristo, por isso não tinham tempo para arranjar entretenimento para seus ouvintes. Espalhados por causa da perseguição, foram a muitos lugares pregando o evangelho. Eles "transtornaram o mundo". Essa é a única diferença! Senhor, limpe a igreja de todo o lixo e baboseira que o diabo impôs sobre ela e traga-nos de volta aos métodos dos apóstolos. Por último, a missão de prover entretenimento falha em conseguir os resultados desejados. Causa danos entre os novos convertidos. Permitam que falem os negligentes e zombadores, que foram alcançados por um evangelho parcial; que falem os cansados e oprimidos que buscaram paz através de um concerto musical. Levante-se e fale o alcoólatra para quem o entretenimento na forma de drama foi um elo no processo de sua conversão! A resposta é óbvia: a missão de prover entretenimento não produz convertidos verdadeiros. A necessidade atual para o ministro do evangelho é uma instrução bíblica fiel, bem como ardente espiritualidade; uma resulta da outra, assim como o fruto procede da raiz. A necessidade de nossa época é a doutrina bíblica, entendida e experimentada de tal modo, que produz devoção verdadeira no íntimo dos convertidos.

Carlos Augusto Lopes
pastor da Igreja ADI de Tubarão Santa Catarina
e membro coordenador da Aliança Evangélica Brasileira

domingo, 25 de dezembro de 2011

É NATAL, É NATAL, NASCEU O SALVADOR: UMA VISÃO BÍBLICA SOBRE O NASCIMENTO DE JESUS CRISTO.

O nascimento do Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo é um marco na história dos homens (Mt.1.18-23). Ele é um divisor de águas no tempo como na fé . A comunidade cristã espalhada pelo mundo todo tem no final de cada ano comemorado está data singular. Alguns celebram o natal sem saber o cerne do seu verdadeiro significado.

Outros comemoram como uma hereditariedade familiar-religiosa. Outros ainda assimilam a natividade de Jesus Cristo, com um banhar de luzes, árvores de natal e Papai Noel como fantasia que magnetiza as crianças e encantam os adultos na odisséia do mundo mágico.

Em virtude desse deslocamento bíblico do verdadeiro significado do natal o cidadão pós-moderno tem interpretado o natal somente através de presentes, consumismo e um materialismo disfarçado de espírito natalino. Não que presentear alguém não seja um ato belo magistral o próprio Deus Todo Poderoso segundo o apóstolo São João deu o seu filho para salvar a humanidade perdida .

Esse ato divinal se transformou no maior presente que os mortais, os finitos podem ter (Jo.3.16) . Porém quando olhamos para a imutável Palavra do Senhor "Bíblia", percebemos que o nascimento de Jesus Cristo tem haver com a história da salvação. Para compreendermos este ato profundamente misterioso temos que voar a nossa mente para o primeiro livro da Bíblia chamado Gênesis.

Neste livro narra a história inicial da humanidade e também como o homem criado a imagem e semelhança de Deus se afastou do altíssimo em virtude do seu pecado (Gn.2.1-25;3.1-24). Mas Deus que é rico em perdoar e cheio de bondade e misericórdia (Ef.2.4), enviou seu filho para remir os homens (Gál.4.4).

Percebemos então que o nascimento de Jesus Cristo ou como dizem os teólogos a encarnação do próprio Deus não foi um ato ocasional mas tudo isso estava debaixo da soberania divina que escreveu a história através dos homens para trazer o Cristo o Salvador e Senhor da humanidade(Ef.1.1-7). Todo o Antigo Testamento aponta para o nascimento do Messias, do salvador do mundo.

O profeta Isaías falou do seu nascimento 700 anos antes de Jesus Cristo nascer ele disse: Porque um menino nos nasceu, um filho nos foi dado, e o governo está sobre os seus ombros. E ele será chamado Maravilhoso Conselheiro, Deus Poderoso, Pai Eterno Príncipe da Paz (Is. 9:6 NVI). O nascimento de Jesus Cristo estava debaixo da soberania de Deus na qual preparou o mundo para esse grande evento histórico espiritual.

Deus escolheu uma mulher para trazer Cristo ao mundo se cumprindo no desfecho histórico Gênesis 3.15 Porei inimizade entre você e a mulher entre a sua descendência e o descendente dela este lhe ferirá a cabeça e você lhe ferirá o calcanhar . O próprio Anjo Gabriel anunciou a Maria mulher escolhida que ela conceberia um filho e chamaria Jesus. Maria porém retrucou e perguntou como que isso iria acontecer se eu sou virgem? O enviado de Deus lhe respondeu: Descerá sobre ti o Espírito Santo, e o poder do Altíssimo te envolverá com a sua sombra; por isso, também o ente santo que há de nascer será chamado Filho de Deus (Lc.1.26-37).

No tempo certo Maria deu a luz ao menino Jesus. Por isso naquela noite especial na cidade de Belém todo o projeto da Trindade para salvar o homem estava sendo realizado com a natividade de Cristo (Mq.5.2) Em virtude desse fato histórico cheio de mistério e graça um coral de anjos cantou uma canção dos céus Glória a Deus nas maiores alturas do céu e paz na terra para as pessoas que ele quer bem (Lc.2:10-14 ).

Os magos orientados por uma estrela vieram do Oriente adorar Jesus Cristo que é Deus (Mt.2.1-12). O Apóstolo São João relatando sobre o nascimento de Cristo diz : E o Verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos a sua glória, glória do unigênito do Pai cheio de graça e verdade.

Jesus Cristo o filho de Deus nasceu para salvar o homem do seu pecado e levar esse mesmo homem ao relacionamento íntimo com Deus. Jesus Cristo que nasceu, morreu e ressuscitou e está assentado a direita de Deus é a única esperança dos mortais é por isso que celebremos o natal como expressão da salvação de Deus para os homens e podemos cantar É natal é natal nasceu o salvador

Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo

sábado, 10 de dezembro de 2011

COMO A BÍBLIA CHEGOU EM TERRAS BRASILEIRAS: NARRADA POR ZÉ CHICO, JOÃO CATARINA E BERNARDO DE ALENCAR.

" Utilizando linguagem jornalística, diríamos que no Brasil, e desde os primórdios da colonização, religião é notícia". Extraído do livro "O Celeste Por Vir".
Bem minha gente, meu nome é "Zé Chico" e junto com "João" e "Bernardo" gostaríamos de narrar sem usar o teologuês e sim uma linguagem clara e simples a grande aventura de como a Bíblia chegou em terras brasileiras.

Primeiro gostaria de dizer que o vocábulo Bíblia no grego significa ‘livros". A Bíblia foi escrita ao longo de 1.200 anos entre 1100 a.C. e 100 d.C. A Bíblia meu povo é dividida em duas partes: Antigo Testamento que foi escrito na língua hebraica e Novo Testamento que foi escrito na língua grega.

O Antigo Testamento mais tarde foi traduzido para o grego na qual os teólogos, os homens estudados chamam de septuaginta (LXX). Gostaria neste momento de pedir que Dr. Bernardo Alencar homem letrado me ajudasse com este trêm chamado Septuaginta.

Bem, o nome é complicado mas é de facil entendimento meu povo, a Septuaginta é na verdade a tradução do Antigo Testamento hebraico para o grego. Este nome que Zé Chico chamou em mineirez de trêm, significa no grego Setenta, por isso Septuaginta.

A tradição diz que setenta homens traduziram a Bíblia, durante o reinado de Ptolomeu II e foi realizado na cidade famosa de Alexandria no Egito por volta do ano 284 -247 A.C.). Muito bem eu quero agradecer o Dr. Bernardo por este esclarecimento. Pois, Bem agora vou chamar aqui João Catarina para continuar a nossa prosa sobre a Bíblia.

Pois, bem quero dizer que as Bíblias mais antigas eram na língua grega ,porém no século II as Escrituras começaram a ser traduzidas para outras línguas. Isso é muito importante pois vai desembocar em nossa língua também.

No ano 405 Jerônimo o estudioso e lingüista mais capacitado de sua época, traduziu a Bíblia para o latim, que é conhecido pelos eruditos e teólogos como a Vulgata de Jerônimo "Vulgatus" que significa Comum.

Essa foi a primeira Bíblia a ser imprensa e ficou conhecida como a Bíblia de Gutemberg inventor da imprensa. O erudito João Wycliffe deu início a primeira tradução da Bíblia para a língua inglesa e esse trabalho árduo de Wycliffe foi concluído pelos seus alunos que traduziram a Vulgata 1382.

Para este assunto mas uma vez quero chamar aqui o estudioso da Bíblia Zé Chico que irá contar para nós algo muito interessante. Pois, bem amigos para o nosso conhecimento o Senhor William Tyndale servo de Jesus Cristo foi o pai da Bíblia em inglês e em 1526 ele traduziu o Novo Testamento sendo a primeira tradução em inglês, isto na sua época foi um grande feito uma santa realização. Mais tarde a Bíblia do Rei Jaime (King James) de 1611, foi a Bíblia evangélica mais usada nos países de língua inglesa.
Agora Para este estudo eu quero chamar aqui o brasileirissimo João Catarina, para falar um pouco para nós sobre esta realização da Bíblia no Brasil. Pois bem irmãos para compreendermos como a Bíblia chegou em solo brasileiro devemos historiar a vida de um servo de Deus chamado João Ferreira de Almeida que nasceu em 1628 em Portugal.

Parece engraçado, sei que o pessoal brasileiro gosta de pegar no pé dos portugueses, mas este portugueizinho João Ferreira de Almeida deixou uma grande herança para nós ele deixou um grande tesouro. Enquanto vários portugueses no período da coroa levaram o nosso tesouro e muitas coisas valiosoas desta terra tupiniquim , Ferreira deixou um tesouro para nós.

Este moço bem cedo foi para os países baixos e de lá foi para a Indonésia, aonde aceitou o evangelho numa igreja reformada da Holanda. Almeida era dotada de grande capacidade no campo da lingüística e com 16 anos ele traduziu o Novo Testamento para a língua portuguesa. De fato é de se admirar o quanto este portugués tinha uma capacidade linguistica vinda de Deus na qual abençou e abençoa toda uma nação.

Depois de trabalhar como missionário em alguns países ele começou a traduzir dos originais hebraico e grego toda a Bíblia, porém sua morte 1691 quando tinha 63 anos impediu de terminar o Velho Testamento completado mais tarde por Jacobus Akker. Ferreira morreu com 63 anos mas seu legado esta conosco até hoje. De fato Deus tem os seus propósitos e o Brasil estava nos propósitos de Deus.

Eu, fico emocionado quando penso na trajetoria da Bíblia e como ela chegou no Brasil, eu sei que alguns vão me chamar de emotivo mas quero dizer que sou grato pela soberania de Deus com a nação do Brasil. Neste momento eu quero chamar para continuar esta história o meu amigo e professor Bernardo Alencar

De fato é compreensivo as lágrimas do amado João Catarina, pois muitas pessoas derramaram o seu sangue por causa desta Palavra e da fidelidade ao Escritos Sagrados. Pois bem é importante relatarmos que a versão de Almeida 118 anos depois de sua morte começou a ser editada sendo a primeira Bíblia em português como também a trigéssima segunda versão integral das Escrituras nas línguas modernas , depois da reforma protestante.

Para quem não sabe o público alvo dessa versão era justamente os refugiados portugueses que migraram para a Inglaterra quando Napoleão invadiu o país de Portugal (1807). Porém mais tarde pela graça divina a Bíblia começou a ser enviada para Portugal e para o nosso país querido o Brasil.

Em 1814 exemplares do Novo Testamento e Bíblias em sua inteireza eram distribuído a bordo de navios que deixavam Lisboa com destino ao Brasil. É bom lembramos que o missionário metodista Daniel Parish Kidder (1815-1891) foi o primeiro correspondente da Sociedade Bíblica Americana a morar em terras brasileiras.

Kidder, tinha um sonho ambicioso e era um homem de visão. Ele propôs em São Paulo o uso da Bíblia nas escolas primárias em toda a província. De fato isso era uma ousadia que Kindder tinha pois, neste período a igreja Romana não estimulava muita a leitura da Bíblia, porém a comunidade protestante pensava diferente e cada crente deveria Ter um exemplar da palavra bendita de Deus a "Bíblia".

Quero chamar aqui o nosso amigo e irmão Zé Chico para falar um pouco deste período da história da Bíblia no Brasil. Bem Agradeço a oportunidade que o professor Bernardo de Alencar me dá para falar deste período importante da nossa brasilidade.

Para consolidar a Bíblia em solo brasileiro e sua divulgação para os povos dessa nação querida em 1856 depois que o médico cristão Robert Kalley chegou no Brasil a Sociedade Bíblica Britânica e Estrangeira abriu um depósito permanente das Escrituras no Rio de Janeiro.

É bom lembrarmos que havia tambem em lingua portuguesa, a Bíblia do Padre católico Antônio Pereira de Figueiredo ( 1725-1797), a grande diferença entre a Bíblia de Figueiredo e a Bíblia de Almeida era que a Bíblia de Figueiredo foi traduzida a partir da fonte latina a "Vulgata" e tinha em seu bojo os livros apógrifos enquanto a Bíblia de Almeida foi feita a partir dos originais hebraico e grego.

A Bíblia Evangélica, chegou no Brasil primeiro do que qualquer igreja, missionário, pioneirismo, agencia missionária etc. Sendo assim ela tem de fato e de direito a primazia em tudo.

De lá para cá a Bíblia tem moldado muitas famílias no Brasil. Ela tem sido um lenitivo para o povo brasileiro. Alguns até brincam que Deus é brasileiro porém sabemos que Deus é que estava por trás disso tudo com o objetivo que o povo brasileiro viesse através da Bíblia conhecer o seu plano de salvação em Cristo Jesus o Senhor

O famoso brado de Dom Pedro I que diz “ Como é para o bem de todos de felicidade geral da nação diga ao povo que fico” pode ser parafraseado assim. “Como é para o bem de todos de felicidade geral da nação diga para o povo brasileiro ler a Bíblia”, pode ser uma realidade para nós pois, a própria Bíblia diz: Bem aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor.

Zé Chico:
Catedrático na Bíblia é professor de grego e exegese
João Catarina: Perdeu a mãe e o pai ainda criança, se converteu a Cristo na flor da idade, estudou até a quinta série é um auto de data e apaixonado pela história da igreja e já abriu mas de vinte igreja.
Bernardo De Alencar: PhD, em Teologia e Filosofia, estudou na Alemanhã, Suiça, EUA, é autor de varios livros e artigos teológicos.

"Zé Chico, João Catarina e Bernardo de Alencar", são nomes fictícios, porém a história que eles narram de maneira criativa é verdadeira, eles farão parte do quadro História Criativa, na qual irao narrar os fatos da teologia e da historia de maneira simples, longe da aridez teologica mortífera ACADEMICISTA, irao usar a essencia academica em outra forma ou seja forma compreensiva para essa geração".

Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo

sábado, 3 de dezembro de 2011

MARAVILHOSA GRAÇA: A GRAÇA EXPOSTA ANTES DA REFORMA- O DEBATE ENTRE AGOSTINHO, PELÁGIO E TOMAZ DE AQUINO.

Após o período apostólico surgiu o período pós-apostólico que vai desde 100 AD até a Idade Média, ano 1517. Vamos comentar quais os conceitos de graça neste período. Mencionaremos a controvérsia de Pelágio e Agostinho e na Escolástica comentaremos sobre Tomas de Aquino.

Controvérsia Sobre a Graça Libertadora – Pelágio e Agostinho

Pelágio era um monge inglês, possivelmente de origem irlandesa. Seu ensino baseava-se no fato de que sendo Deus o Criador do homem, conhecia sua limitações e por isso tinha o homem certo domínio sobre a situação de sua própria vida e o pecado cometido sempre teria um explicação. Henry Bettenson em Documentos da Igreja Cristã, refere-se ao ensino de Pelágio nas seguintes palavras:

"Em vez de considerar como privilégio os mandamentos de nosso Rei, ... bradamos a Deus, na indolência de nossos corações: Isto é difícil e duro demais. Não podemos fazê-lo. Não passamos de pobres homens dominados pela fraqueza da carne. (...) Imputamos a Deus onisciente a culpa de ser duas vezes ignorante: de ignorar sua própria criação e de ignorar seus próprios mandamentos. Como se Deus, esquecido da fraqueza dos homens, que são obra sua, lhes impusesse mandamentos a que não podem obedecer. (...) Ninguém conhece o tamanho de nossa força melhor do que Aquele que nos deu tal força, pois Ele é santo". (1998, p. 102).

Pelágio em sua teologia atribuiu a Deus, por ser o Criador do homem, a responsabilidade pelos atos impensados ou pecaminosos do homem, sendo que Deus conhece sua criatura vai entender, tirando assim a responsabilidade do homem de assumir seus atos e então e voltar-se a Deus. Discordando deste pensamento está Agostinho que vamos discorrer a seguir.

Agostinho nasceu em 13 de novembro de 354 em Tagaste. Seu pai não era cristão, a mãe Mônica era uma cristã fervorosa. O jovem Agostinho era de espírito vivo, natureza emotiva, aluno indisciplinado. Era um homem dividido entre dois pendores: um apaixonado e sensual; o outro intelectual e sequioso pela verdade. Foi maniqueu durante nove anos, mais tarde entrou em contato com o neoplatonismo e via em Deus a fonte não só de todo o bem, mas de toda a realidade, e isso veio a permear todo o ensino dele, a aceitar o cristianismo, converteu-se no verão de 386.

Em Agostinho o primeiro pensamento a respeito de Deus era sempre o de uma relação pessoal com um ser, somente em quem o homem pode encontrar real satisfação.
Agostinho, após anos de dedicação, tinha uma posição bem definida sobre Deus e sobre a graça. Henry Bettenson em Documentos da Igreja Cristã, expõe o pensamento de Agostinho:

"O mais sério uso do Dom da liberdade deveria ser, portanto, que a vontade ardesse por unir-se a seu Autor e compartilhar da verdadeira luz, pois dAquele de quem se recebeu o ser também se pode conseguir a bem aventurança. Mas, se o caminho da verdade for escondido ao homem, o livre arbítrio apenas serve para o conduzir ao pecado... o amor de Deus derramado em nossos corações não pela livre escolha que nasce de nós mesmos, mas pelo Espírito Santo que nos foi outorgado". Rm. 5:5, (1998, p. 105).

Agostinho definia a Graça assim:

"Graça Previniente são as vontades humanas que são prevenidas pela graça de Deus e, portanto, é Deus quem faz agora desejar o bem que antes rejeitavam; a graça irresistível, a salvação, uma vez concedida a quem dela carecia, para sempre está salvo.... O primeiro homem foi criado em estado de justiça e bondade, recebeu responsabilidade de não pecar (posse no pecare), de não morrer (posse non mori), de não decair do estado de justiça" (posse no cadere). (1998, p. 105).

No caso dos predestinados ao reino de Deus pela graça divina, a ajuda concedida para que perseverassem não foi aquela dada a Adão, mas uma ajuda especial levando o homem à perseverança de fato, sendo de tal maneira forte e eficaz que os santos não podiam fazer outra coisa, senão perseverar até o fim.

Essas são as proposições que se encontram na doutrina de Celéstio, discípulo de Pelágio, segundo Agostinho, comentadas por Bettenson: 1) Adão foi criado mortal e teria morrido com pecado ou sem pecado; 2) O pecado de Adão prejudicou somente a ele, e não à estirpe humana; 3) A lei conduz ao reino tão bem quanto o evangelho; 4) Houve homens sem pecado antes da vinda de Cristo; 5) As crianças recém-nascidas estão nas mesmas condições de Adão antes da queda; 6) Não é através da queda ou morte de Adão que morre toda a raça humana, nem é através da ressurreição de Cristo que ela ressurgirá. (1998, p. 102).

Paul Tillich, em sua obra, História do Pensamento Cristão, faz uma abordagem sobre a controvérsia entre Agostinho e Pelágio. O conflito entre estes teólogos foi uma dos maiores da Igreja, comparável às controvérsias trinitárias e cristológicas. É a decisiva relação entre ética e religião, o que está em jogo nesta controvérsia é se o imperativo moral depende da graça divina para se realizar ou se a graça divina depende da realização do imperativo moral. Baseado que o homem em si mesmo não pode ter solução por causa de sua fragilidade humana e espiritual, entendemos que o imperativo moral depende da graça para se realizar, pois a graça significa aquele recurso divino, sem o qual o homem seria perdido eternamente.

Para Pelágio, a morte não é um evento natural, mas resultado da queda, que o pecado de Adão é apenas de Adão, não pertence a raça humana; não existe pecado original, pois se existisse, transformaria o homem em categoria natural, sendo que é um ser moral. Todas as crianças quando nascem, nascem inocentes. Ele queria evitar a idéia da hereditariedade do pecado, para que o pecado não fosse uma necessidade universalmente trágica, mas questão de liberdade.

Na visão de Pelágio diante de tais questões a função de Cristo resume-se em apenas duas vias: 1). Conceder perdão dos pecados no batismo aos que crêem; 2). E através da ascese, de uma vida isolada, afastada de todos, pode-se viver sem pecado. Concluímos que a graça nada significa, porque a partir daí o homem é capaz da fazer tudo por si mesmo.

Agostinho, todavia, renega as idéias de Pelágio, pois acreditava que Adão tinha liberdade de não cair, de não morrer, de não dar as costas para o bem, estava em paz consigo mesmo, porém Adão caiu. Entendia que o pecado é desde o começo, pecado espiritual. O homem queria estar em si mesmo, ser o dono de tudo isso, voltou-se contra Deus e perdeu então a assistência da graça.

Quanto ao pecado de Adão era original: primeiro porque todos nós existíamos potencialmente em Adão, no seu poder criador e assim todos somos culpados. Em segundo lugar, introduziu o desejo no processo da geração sexual, todos somos nascidos do mal desejo sexual. Todos pertencem à massa da perdição, ninguém se salva, a não ser por um ato especial de Deus.

O homem perdeu a chance de voltar-se para Deus por causa de sua pecaminosidade universal. Concluímos nesta parte que a graça, é antes de tudo, dada ao homem sem mérito algum, dada por Deus a quem ele escolher. Não há razão no homem para ele ser escolhido por Deus ou rejeitado. a razão está apenas em Deus. (1988, p. 121-127).

Cirilo Folch Gomes em seu livro Antologia dos Santos Padres, escreveu a respeito do que Agostinho pensava sobre a graça:
"Sim, a graça de Deus, dada por Jesus Cristo nosso Senhor, deve ser bem compreendida; só por ela os homens são libertados do mal, e sem ela não fazem absolutamente qualquer bem, seja por pensamento, seja pela vontade ou pelo amor, seja pela ação. Ela não é somente uma indicação que lhes dá a conhecer o que convém, mas um auxílio que lhes dá a realizar com o coração o que conhecem". (1979, p. 343).

Estamos diante de um paradoxo, onde o primeiro defende que o pecado de Adão em nada interfere em nossa vida e portanto, meus atos é que me farão um pecador. A minha liberdade de escolha é um trunfo humano, o que reduz a obra de Cristo, a graça de Deus, como importante, mas não indispensável.

E quanto a esta posição, o Concílio de Cartago julgou Pelágio como herético, e nossa posição não pode ser diferente, sendo que qualquer teólogo que considere a obra graciosa de Cristo como dispensável é insensato e está colocando sobre o homem um poder que não lhe pertence.

Já o segundo, tira do homem toda e qualquer responsabilidade. O homem é alcançado pela graça irresistível, suas obras em nada mudarão sua realidade de homem caído. É uma situação norteadora à respeito de nossa situação, pois se analisarmos quem é o homem, o que pode fazer por si mesmo, chegaremos a uma conclusão bastante desesperadora. É certo que Deus tem feito tudo pelo homem, e a este cabe uma responsabilidade a de obediência a tudo que está em seu coração, já colocado de antemão pelo próprio Deus.

Consideramos interessante comentar a afirmação de Carson que traz uma explicação conclusiva. Carson afirma que há uma compatibilidade entre a soberania de Deus e a responsabilidade humana, a primeira não diminui a segunda e a segunda jamais deve tornar-se um fator de negação da primeira tornando Deus absolutamente contingente, ambas são verdades ensinadas pelas Escrituras e mutuamente compatíveis. O caso de José e seu irmãos, Gn. 50:19 e 20 segundo ele mesmo disse, é um bom exemplo desta compatibilidade. Em Isaías no capítulo 10 mostra que Deus disciplina seu povo sem reduzir a responsabilidade deles.

A eleição, um elemento bíblico da soberania, não destrói a responsabilidade humana, produz humildade, Rm. 9; e encoraja o evangelismo, Atos 18:9 e 10. O melhor exemplo disso é a cristologia. O maior erro de ênfase da vontade humana é transformar Deus num ser contigente e a idéia da compatibilidade contorna este problema. (Carson in Schreimer, 1995, p. 407-411)

Graça Incriada, Criada e Gratuita – Tomás de Aquino

Tomás de Aquino nasceu em 1225 na localidade de Aquino, no reino de Nápoles, foi chamado o “Doutor Universal e Princípe da Escolástica”. Contra a vontade da família, o conde de Aquino, seu filho entrou para a ordem dos monges dominicanos.

Quando ainda estudante era muito calado razão que lhe deram o apelido de boi mudo mas, seu mestre Alberto Magno dizia que um dia esse boi encherá o mundo com seus mugidos. E de fato mais tarde foi chamado de “Príncipe da Escolástica”, foi a autoridade mais célebre do período medieval. Morreu em 1274. (HURLBUT, 1990, P. 135-136).

Bengt Hagglund em seu livro História da Teologia, faz uma análise sobre a doutrina da graça na alta Escolástica. Neste tempo da história da Igreja a resposta para a justificação e salvação do homem era proposta pelos Franciscanos que elaboraram um “ordo salutis”.

Tinham uma tendência semipelagiana e enfatizavam as idéias de méritos e recompensa. Atribuíam maior significado aos sacramentos como agentes da graça. Distinguiam mais entre operações naturais e sobrenaturais da graça, o que resultou num conceito de graça em que o homem pode ser elevado acima do nível da natureza.
Conceituavam graça da seguinte maneira: 1) Graça Incriada (gratia increata), aquela que vem ao homem como dádiva; 2) Graça Criada ( gratia creata), também chamada graça infusa que realiza a justificação e produz boas obras; 3) Graça Gratuita (gratia gratis data), a graça dada livremente ao homem sem a questão do mérito.

E esta prepara para o recebimento da graça mais elevada: a fé, arrependimento, temor e esperança.Para os Franciscanos os dons dados gratuitamente ao homem por Deus se relacionam exclusivamente com a esfera natural, e o que o homem faz com suas próprias forças para receber a graça, constituem um mérito proporcional. Concebiam a graça como Dom sobrenatural que eleva a natureza humana a um nível superior.

Tomás de Aquino discordando um pouco desta posição trouxe algumas alterações. Enfatizou a prioridade da graça em relação ao livre arbítrio do homem, e rejeitou a forte psicologização que era característica franciscana. Via o homem como incapaz em suas forças para preparar-se para receber a graça, não pode tomar a iniciativa para criar a fé, pois o início da fé vem junto com a graça.

A justificação é obra sobrenatural que só será alcançada mediante a virtude da graça infusa.Williston Walker em História da Igreja, elucida o pensamento de Tomás de Aquino no seu conceito de Deus:

"Deus de nada necessita, daí a criação do mundo ser conseqüência do amor divino, que Ele asperge sobre os seres a que deu vida. A providência de Deus se estende a todos os fatos e se manifesta na predestinação de alguns para a vida eterna, deixando outros entregues aos resultados do pecado na eterna perdição". (1981, p. 346).

Segundo seu pensamento, a restauração do homem só é possível mediante a livre e imerecida graça de Deus, pela qual aquele dom especial é restaurado na natureza humana, seus pecados são perdoados, e sua comunhão é restabelecida e ação alguma pode obter esta graça.

Tomás também formulou uma teoria onde entendia que os sacramentos eram como instrumentos para a comunicação da graça, que a graça está fisicamente incluída neles. Assim os sacramentos são no sentido real a causa dessa comunicação.
Tomás de Aquino rejeitou o pensamento dos franciscanos pois faziam uma análise a partir de seu conhecimento empírico dos sentimentos de outrem, ou seja a psicologização.

Sua ênfase nos méritos iam totalmente contra a incapacidade do homem de fazer por si mesmo, eles exaltavam o homem a uma posição elevada, que na opinião de Aquino era irreal. Mesmo entendendo o amor divino ele cai num erro de interpretação, achando que os sacramentos tinham valor em si, independente da fé nas promessas, que os sacramentos eram os canais definidos para a graça se manifestar, o que não deixa de ser um grande equívoco.


Cida Lopes, é Bacharel em Ciência Contabil pela Universidade do Sul de Santa Catarina ( Unisul), recebeu seu grau de Bacharel em Teologia, pelo Seminário Teológico Betânia em Altônia( PR), também foi professora de religião no estado de SC. É presidente da ABBA "Associação Beneficente Braço Amigo", recentemente foi ordenada a pastora na Igreja - ADI- Tubarão SC - Em janeiro de 2011 esteve indo fazer um trabalho missionário na República Dominicana e no país sofrido do Haiti, também esteve no Uruguai e em Buenos Aires na Argentina. Ela tem dado várias palestras na área de missões urbanas, para jovens e para mulheres.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

MENSAGEM LIDA NA FORMATURA DO CURSO DE MEDICINA DA PUC-PR.JESUS CRISTO:MÉDICO DOS MÉDICOS.

Boa noite a todos!

Hoje estou aqui para prestar uma homenagem ao primeiro, maior e melhor médico da história da humanidade!
Deus é esse médico, o Médico dos médicos, e o mais excelente conhecedor do corpo humano. Todas as células e tecidos, órgãos e sistemas, foram arquitetados por Ele, e Ele entende e conhece a sua criação melhor do que todos.
Que médico mais excelente poderia existir?

Deus é o primeiro cirurgião da história. A primeira operação? Uma toracoplastia, quando Deus retirou uma das costelas de Adão e dela formou a mulher.

Ele também é o primeiro Anestesista, porque antes de retirar aquela costela fezum profundo sono cair sobre o homem.Deus é o melhor Obstetra especialista em fertilização que já existiu! Pois concedeu filhos a Sara, uma mulher que além de estéril, já estava na menopausa havia muito tempo!
Jesus, o filho de Deus, que com Ele é um só, é o primeiro pediatra da história, pois disse: “Deixem vir a mim as crianças, porque delas é o reino de Deus!”

Ele também é o maior reumatologista, pois curou um homem que tinha uma mão ressequida, ou, tecnicamente uma osteoartrite das articulações interfalangeanas.

Jesus é o primeiro oftalmologista, relatou em Jerusalém, o primeiro caso de cura em dois cegos de nascença.
Ele também é o primeiro emergencista a realizar, literalmente, uma ressuscitação cardio-pulmonar bem sucedida, quando usou como desfibrilador as suas palavras ao dizer: “Lázaro, vem para fora!”, e pelo poder delas, ressuscitou seu amigo que já havia falecido havia 4 dias.

Ele é o melhor otorrinolaringologista, pois devolveu a audição a um surdo. Seu tratamento? O poder de seu amor.Jesus também é o maior psiquiatra da história, há mais de 2 mil anos curou um jovem com graves distúrbios do pensamento e do comportamento!

Deus também é o melhor ortopedista que já existiu, pois juntou um monte de ossos secos em novas articulações e deles fez um grande exército de homens. Sem contar quando ele disse a um homem coxo: “Levanta, toma a tua maca e anda!”, e o homem andou! O tratamento ortopédico de quadril mais efetivo já relatado na história!
A primeira evidência científica sobre a hanseníase está na Bíblia! E Jesus é odermatologista mais sábio da história, pois curou instantaneamente 10 homens que sofriam desta doença.

Ele também é o primeiro hematologista, pois com apenas um toque curou a coagulopatia de uma mulher que sofria de hemorragia havia mais de 12 anos e que tinha gastado todo o seu dinheiro com outros médicos em tratamentos sem sucesso.

Jesus é ainda, o maior doador de sangue do mundo. Seu tipo sanguíneo? O negativo, ou, doador universal, pois nesta transfusão, Ele, ofereceu o seu próprio sangue, o sangue de um homem sem pecado algum, por todas as pessoas que tinham sobre si a condenação de seus erros, e assim, através da sua morte na cruz e de sua ressurreição, deu a todos os que o recebem, o poder de se tornarem filhos de Deus! E para ter este grande presente, que é a salvação, não é necessário FAZER nada, apenas crer e receber!

O bom médico é aquele que dá a sua vida pelos seus pacientes! Ele fez isso por nós!
Ele é um médico que não cobra pelos seus serviços, porque o presente GRATUITO de Deus é a vida eterna!

No seu consultório não há filas, não é necessário marcar consulta e nem esperar para ser atendido, pelo contrário, Ele já está à porta e bate, e aquele que abrir a seu coração para Ele, Ele entrará e fará uma grande festa! Não é necessário ter plano de saúde ou convênio, basta você querer e pedir! O tratamento que ele oferece é mais do que a cura de uma doença física, é uma vida de paz e alegria aqui na terra e mais uma eternidade inteira ao seu lado no céu!

O Médico dos médicos está convidando você hoje para se tornar um paciente dele, e receber esta salvação e constatar que o tratamento que Ele oferece é exatamente o que você precisa para viver!Ele é o único caminho, a verdade e a vida. Ninguém pode ir até Deus a não ser por Ele.Seu nome é Jesus Cristo.

Carlos Augusto Lopes
Teólogo, Pastor da Igreja ADI
e um dos Coordenadores da Aliança Evangélica Brasileira