sábado, 30 de julho de 2011

A MORTE DE JOHN STOTT - UMA REFLEXÃO EM MEIO A DOR.

Quando convidei o expositor e teólogo Dr. Russell Shedd, para ser o preletor oficial do nosso Congresso de Teologia, Sociedade e Fé na cidade de Tubarão Santa Catarina foi algo muito gratificante, pedagógico e terapeutico. Em nossas muitas conversas sobre teologia, eclesiologia, igreja brasileira, bioética, liderança bíblica e exposição eloquente da Palavra, mencionamos o nome do amado expositor bíblico anglicano Johm Stott.

Stott, foi um lutador obstinado pela profunda exposição da Palavra de Deus. Seus livros tem a marca do fidelismo bíblico e da aplicação sincera e genuína da palavra de Deus para a nossa geração.

A igreja comprometida com a Bíblia em todo mundo, perde um servo de Deus compromissado com o Reino de Cristo. A notícia da morte de Stott, fez lagremejar os nossos olhos em virtude do seu exemplo, humildade, profundidade e retidão.

Aos 90 anos de idade, Stott encerrou a sua carreira aqui na terra. Fontes dizem que ele morreu nesta quarta-feira na sua casa dentro de uma comunidade para aposentados do clero anglicano que fica no sudoeste da Inglaterra.

Alguns dizem que ele estava cercado de amigos que estavam lendo a Bíblia e ouvindo o Messias de Handel, quando ele morreu. O Dr. John Stott, iniciou a sua carreira pastoral em 1945 e pastoreou até 2007 a igreja All Souls em Londres.

Dono de um vigor intelectual, Stott escreveu mais de 50 livros que vem ao longo dos anos abençoando a igreja em todo o mundo. Um dos seus livros mais conhecido que foi escrito em 1958 que é o livro Cristianismo Básico já foi traduzido para mais de 60 idiomas, isso mostra o tamanho de sua influencia no mundo da cristandade.

Stott, era anglicano, mais seu carisma, seu compromisso com Deus e sua Palavra atravessou os atrios anglicanos e abençoou toda uma comunidade cristà que via nele um representante do Reino de Deus entre os homens, de fato como diz o apóstolo Paulo Ele foi um embaixador de Cristo.

Quem não se encanta em ler os livros de Stott? Quem não é desafiando em ler os seus comentários? Quem não fica pasmo em perceber sua integridade e profundidade?

Ele foi uma voz para muitas gerações. Ele colocou várias vezes o dedo de sua pregação em nossos pecados denominacionais e íntimos. Ele abriu muitas vezes clareras para nós enxergarmos melhor as maravilhas da Lei de Deus.

Não podemos esquecer também que John Stott junto com Billy Graham, foram ícones do famoso Pacto de Laussanne de 1974 que influenciou toda uma geração aqui no Brasil e também no mundo. Somos também gratos ao Bispo Anglicano Robinson Cavalcanti em se esforçar para fazer Stott conhecido em solo brasileiro. Muitos são hoje os livros de John Stott publicado em portugués, eu partircularmente tenho todos os seus livros.

O último livro que John Stott publicou eu recebi de presente da Revista Ultimato de Viçosa (MG), em virtude do congresso de teologia, sociedade e fé que eu fui o coordenador. Quero encerrar meu tributo a Stott com uma reflexão do seu último livro " O Discípulo Radical".

Neste livro Stott, trabalha oito degrais da sua caminhada que é de suma importancia. 1) Inconformismo 2) Semelhança com Cristo 3) Maturidade 4) Cuidado com a criação 5) Simplicidade 6) Equilibrio 7) Dependencia 8) Morte.

Stott, ao escrever seu último livro salienta: "Assim, meu propósito neste livro é considderar oito características do discipulado cristão que, apesar de serem frequentemente negligenciadas, merecem ser levadas a sério".

No primeiro ponto abordado por Stott que é o incorformismo, ele brada dizendo: "Não devemos preservar a nossa santidade fugindo do mundo, nem sacrificá-la nos conformando a ele".

No segundo ponto abordado por Stott "Semelhança com Cristo" ele afirma: " Gostaria de compartilhar o que tem feito minha mente descansar ao me aproximar do fim de minha peregrinação pela terra. É o seguinte: Deus quer que o seu povo se torne como Cristo, pois semelhança com Cristo é a vontade de Deus para o povo de Deus'.

No terceiro ponto abordado por Stott " Maturidade", ele afirma: Ser maduro é ter um relacionamento maduro com Cristo, no qual o adoramos, confiamos nele, o amamos e lhe obedecemos". "Assim, se queremos desenvolver uma maturidade verdadeiramente cristã, precisamos, acima de tudo, de uma visão renovada e verdadeira de Jesus Cristo - principalmente de sua supremacia absoluta, da qual Paulo fala em Colossenses 1.15-20".

No quarto ponto abordado por Stott "Cuidado com a Criação", ele afirma: " A terra pertence a Deus por causa da criaçào e a nós por causa da delegação". "Deus nos deu a responsabilidade de preservar e desenvolver a terra em seu favor". " Devemos evitar a deificação da natureza. Devemos evitar a exploração exaustiva da natureza, por fim o relacionamento correto entre os seres humanos e a natureza é o de cooperação com Deus. Nós mesmos fazemos parte da criação e somos tão dependentes do criador quanto todas as criaturas".

No quinto ponto abordado por Stott "Simplicidade", ele afirma: " A quinta característica de um discípulo radical é a simplicidade especialmente em questões que envolvem bens e dinheiro". " Todos os cristãos dizem ter recebido de Jesus Cristo uma nova vida. Mas qual o estilo de vida certo?" "Jesus nosso Senhor nos convoca a abraçar a santidade, a humildade, a simplicidade e o contentamento. Ele também nos promete seu descanso. Confessamos, entretanto, que ás vezes permitimos que desejos impuros pertubem nossa paz interior. De maneira que, sem a renovação constante da paz interior. De maneira que, sem a renovação constante da paz de Cristo em nossos corações, nossa ênfase no viver simples será desequilibrada".

No Sexto Ponto abordado por Stott " Equilíbrio", ele afirma: " Somos chamados tanto para o discipulado individual quanto para a comunhão corporativa(...). Adoração e trabalho (...), peregrinação e cidadania".

No sétimo Ponto abordado por Stott, " Dependência", ele afirma: " Os chamados teólogos seculares da década de 60 defendiam audaciosamente que a humanidade havia atingido a maioridade e que, nessas circunstâncias, poderíamos dispensar Deus. Todavia, essa chocante declaração durou pouco, pois a verdade é que somos pecadores; somos dependentes de Deus, de sua misericórdia e de sua contínua graça. Tentar viver sem ele é justamente o que significa pecado. Além disso, também precisamos uns dos outros'.

Por fim no Oitavo Ponto abordado pelo senhor John Stott, ele fala da "MORTE". Stott salienta " A oitava e última característica do discipulado radical é a morte. Deixe-me explicar. O cristianismo oferece vida - vida eterna, vida em abundância. Porém, ele deixa claro que a estrada para a vida é a morte". " Vida por meio da morte é um dos mais profundos paradoxos da fé e da vida cristã".

Em seu último livro "O Discípulo Radical", publicado pela Editora Ultimato, Stott se despede da igreja cristà em todo mundo. Pós- Escrito: Adeus!

" Ao baixar minha caneta pela última vez ( literalmente, pois confesso não usar computador), aos 88 anos, aventuro-me a enviar essa mensagem de despedida aos meus leitores. Sou grato pelo encorajamento, pois muito de voces me escreveram. Mas uma vez, adeus!


Artigo escrito pelo pastor Carlos Augusto Lopes
Em homenagem ao amado irmão Dr. John Stott, pela sua contribuição
No Reino de Deus.

Um dia nos encontraremos

Pastor Carlos Lopes
Teólogo e pós graduando em História Social

sexta-feira, 29 de julho de 2011

ANATOMIA DA DOR C.S.LEWIS- HOMENAGEM A CIDA PACHECO LOPES

Homenagem da família Lopes a Maria Aparecida Lopes Pacheco.


Pedadoga,mãe,amiga e serva de Deus, que nos deixou com seus 49 anos para morar com Deus e desfrutar das benção conquistadas por Jesus Cristo. Iremos sempre te amar e jamais sairás do nosso coraçào, pois, o tempo jamais pode apagar o amor derramado. Saberemos que um dia iremos todos juntos ao lado de Deus desfrutar de seu infinito amor. Neste escrito eu faço a resenha do livro Anatomia da dor de Lewis. Minha reflexão e análise do livro tem como objetivo ajudar e consolar através de Deus os corações abatidos.


Clive Staples Lewis nasceu em 1898 e faleceu em 1963. No mundo da cristandade ele é conhecido de C. S. Lewis. Ele nasceu na Irlanda do Norte, mas migrou para o país da Inglaterra aonde grande parte da sua vida ele viveu ali. Lewis se tornou um academico renomado e foi considerado como um dos maiores intelectuais do século XX se tornando sem dúvida um dos mais capacitados, respeitado e influente escritor cristao.

LEWIS O HÁBIL ESCRITOR

Em sua vida profissional ele foi um hábil professor e deu aulas nas renomadas universidades de Cambridge e Oxford. Também contribuiu muito em várias áreas do saber como no campo da crítica literária, infantil, ficçao e acima de tudo no campo solene da teologia.

C.S. Lewis escreveu várias obras que contribuíram para o acervo do mundo cristao como “ O grande Abismo”, “Milagres”, Surpreendido pela Alegria”, “O Problema do Sofrimento”, “ Os Quatro Amores”, “ Cristianismo Puro e Simples”, “As Crônicas de Nárnia”, “O Mais Relutante dos Convertidos”, “ O Peso de Glória: Mensagens Para o Homem Moderno”, “ Para Além do Planeta Silencioso” e tantas outras obras importantes que somam quarenta livros que saíram da lavra deste servo de Deus.

A INFLUENCIA DE LEWIS

Sua habilidade em escrever e seu raciocínio lógico misturado com uma espiritualidade sadia tem abençoado de forma rica a igreja crista espalhada em todo o mundo. Seus livros já foram traduzidos para mais de 30 línguas e mais de 200 milhoes de cópias já foram vendidas.

A DOR E SOFRIMENTO DE LEWIS

Em seu livro a Anatomia de uma dor: Um luto em Observaçao, Lewis deixa vazar nas suas entrelinhas suas dúvidas, sua fragilidade, seu desabafo, sua dor, seu desespero, sua solidao em virtude da morte de sua esposa Joy Davidman.Como no mundo dos salmos onde a alma humana é vista na abertura, sem máscara do coraçao e exposta como um pélago de dor para o leitor sacro, em Lewis percebemos esse detalhe de desnudamento frente a crise da vida. Ele nao coloca a máscara do “foi melhor assim”, mas enfrenta o sofrimento e mergulha no caminho solitário do luto e da saudade que o faz arder em dor, explodindo numa anatomia vista, tocada, percebida da alma humana em face a dor e o medo no enfrentamento da solidao que corrói a alma brotando o questionamento e a abertura do coraçao.

O BREVE CASAMENTO DE LEWIS

O casamento de C.S. Lewis, motivo de seu desabafo e fragilidade, expostos em seu livro, foi com a americana “Joy Davidman”, e teve uma duraçao rápida em virtude de sua doença um câncer que se mostrou fatal e que cedo levou ela ao óbito fazendo murchar toda a alegria deste servo de Deus, colocando-o numa masmorra de dor e sofrimento como também de questionamento diante de Deus e dos fatos ocorridos em seqüencia.

O SOFRIMENTO DE LEWIS O ESCRITOR HÁBIL FRENTE A FRENTE COM A DOR

Agora viúvo o erudito cristao enfrenta de frente a dor da separaçao e o duro drama do sofrimento humano que cruza a vida de todas as pessoas na árdua caminhada ontológica.
O Dr. Carlos Cauda analisando o livro de C.S. Lewis nos lembra que antes de acontecer todo esse fato de dor em sua vida Lewis tinha escrito um livro sobre “ O Problema do Sofrimento”. De fato neste livro ele mostra que o sofrimento é o “megafone de Deus”, usado para falar aos seus filhos.

Caudas acentua que neste livro existe uma defesa filosófica da inevitabilidade do sofrimento, porém em “A anatomia da Dor” o vento muda e Lewis escreve a mais sombria de suas obras que no primeiro instante leva o leitor a questionar o próprio autor tamanho é a sua crise, seus medos, seus questionamentos e sua dúvida.

Caudas mesmo afirma que agora em luto em solidao e no estado de viuvez o escrito de Lewis nao é mais uma teoria a respeito do sofrimento, mas um relato sincero de toda a confusao emocional, mental e espiritual experimentada por alguém que perdeu a pessoa amada.

O LIVRO DE LEWIS E O REALISMO DA VIDA

O livro de C.S. Lewis “A anatomia de uma dor”: Um luto em Observaçao é dividido em quatro capítulos que expressam o lamento do autor. Ele é prefaciado pelo brasileiro Carlos Cauda que nos dá uma visao clara do livro fazendo uma análise séria, madura e introdutória.

Em seguida é analisada pela escritora “Madaleine Engle” que faz uma comparaçao do seu luto com o luto do autor na qual se sente grata pelo fato de Lewis expressar em palavras a sua dor e drama aquilo que Madaleine chamou de “grito e crise”.

Na introduçao percebemos seu enteado Douglas Greshan por quem foi adotado em 1956, mostrar para o leitor um relato importante para a compreensao desse servo de Deus. Ele traça um caminho do desabafo de Lewis e diz que ele um homem que escreveu tantas coisas importantes, um cristao dedicado, mergulha solitário no turbilhao de pensamentos e sentimentos instáveis e procurou atordoado, por apoio e orientaçao no fundo do abismo escuro da dor.


A SOLIDÃO DE LEWIS E A DOR DA VIUVEZ

Esses tres pontos aqui mencionados sao importantes considerarmos para nao julgarmos com frieza e aridez a dor deste homem frente o questionamento com Deus.
Lewis nos relata que ninguém disse para ele que o luto parecia tanto com o medo. “Eu nao estou com medo” disse ele: “mas a sensaçao é a mesma agitaçao no estômago, inquietaçao, bocejo, boca seca”.

Com essas palavras inicia o lamento de Lewis que durante todo o percurso do livro nos leva a perceber a fragilidade humana, a crise humana, a falta de fé humana e seu questionamento com Deus. Neste livro o autor “grita se agita” e se mostra cansado na árdua estrada da “solidao e separaçao”.Ele trasborda seu sofrimento e enche o cálice de sua dor. Sua expressao, sua redaçao, seu desabafo e seu pélago de solidao é o realismo de muitos “cristaos” que diante da dor escorrega na areia movediça do questionamento, do sofrimento que insiste em nao querer calar, das pulsantes lágrimas, do medo e da solidao.

HÁ DOR DE LEWIS É A NOSSA DOR FRENTE AO LUTO

Muitos cristaos nao expressam isso em “redaçao escrita”, mas expressam na redaçao do lamento, no silencio da alma em busca de auxílio e compreensao no complexo mundo da hermeneutica dos sentidos.O que vimos aqui é uma interpretaçao da dor que Lewis faz e que muitos cristaos tem medo de fazer.

Na nossa cultura eclesial este tipo de comportamento feito e analisado por Lewis soa como “desvio da fé”, “carnalidade em expressao”, “fraqueza diante do fato novo”. Porém Lewis nao ve assim ele “rasga o seu coraçao”, ele “grita”, e “canta” com maestria a cançao da dor que nao foi entoada em épocas atrás.

Assim como o salmo 137 por um momento Lewis pendura a sua harpa nos salgueiros da dor e da dúvida e num misto paradoxal ele grita e se cala, se abre e se fecha, tem desconfiança mais expressa confiança, tem medo mais é corajoso para rasgar o seu coraçao diante de todos e se despir de seu intelectualismo, de sua fama academica, de sua compreensao teológica e se colocar como voluntário na fila dos angustiados, dos amargurados se matriculando na escola da dor e do luto e aprendendo sem dúvida, com Deus o mistério da vida.

ONDE DEUS ESTÁ?

O autor viveu num mundo de afliçao e padeceu no cadinho da angustia como também da dor física e da visibilidade de ver sua amada sendo tirada dele pelo bravio câncer. A pergunta “onde está Deus?” também é feita por ele num desabafo de dor e lamento. Para ele simples palavras de consolo nao fazem calar a tempestade da dor e da separaçao, por isso ele mergulha num ostracismo de solidao e de angustia.Seu relacionamento com sua esposa sao expressos em versos numa formataçao de amor provado, derramado, vivido, algo que ele nunca tinha experimentado e que agora foi tirado dele deixando seu castelo em escombros.

LEWIS E O DEUS QUE CONHECE TODAS AS COISAS

Lewis relata em sua agonia que Deus certamente nao estava fazendo experiencia com a sua fé e nem com o seu amor para provar a sua qualidade, pois ele já os conhecia muito bem “Eu é que nao o conhecia”. Ele prossegue que nestes casos Deus nos faz assentar no banco de réus, o banco das testemunhas e o assento do juiz de uma só vez.

Lewis afirma que Deus sabia que seu templo era um castelo de cartas e a única forma de faze-lo compreender o fato foi colocá-lo abaixo.Em todo tempo e por traz de sua fala Lewis sabe que Deus age de forma que ás vezes o homem nao compreende e nunca vai compreender e isso no dizer de Blaise Pascal é o “ Deus abscoditus”.

O DEUS CONSOLADOR DE LEWIS

Seu desabafo, sua crise, sua lamuria, seu vazio só encontra abrigo e compreensao no próprio Deus “ Deus Revelatus”, pois ele permite e nos deixa a vontade como pai amoroso de lançarmos nele o nosso desabafo e traumas como também as nossas carencias e impotencias diante do mistério da separaçao e da dor.

ESTOU EM PAZ COM DEUS

Ele encerra seu livro no drama de sua esposa que com serenidade se despede dizendo: “Estou em paz com Deus”, com esse adendo expresso aqui por ele, fica explicitado sua também confiança em Deus, que mesmo em guerra interior concede para nos a sua paz. Seu livro é uma expressao de dor frente ao luto é um realismo humano frente aos escombros da vida.

O REALISMO DA VIDA

Muitas pessoas enfrentam essa realidade em suas vidas. Vários cristaos espalhados por todo mundo tem experimentado a dor da separaçao, da luta, do sofrimento e do luto.Para o público brasileiro é bom expressar aqui que “A Anatomia de uma dor” pode suar em dois tons. Primeiro, para aqueles que compreendem que a vida se processa também no caminho da dor e que a espiritualidade sadia pode ser expressada diante de Deus sem máscaras, sem manto por que somos humanos e Deus nao nos robotiza e nem arranca de nos a nossa humanidade, pois mesmo no Reino de Deus a gente continua sendo gente, que sofremos, passamos por dor, desilusoes etc.

Segundo, o livro de Lewis pode soar como alguém que perdeu a fé e super valorizou seu relacionamento a cima da soberania de Deus, pois suas palavras em tom de desabafo questionam Deus, analisa a dor numa perspectiva puramente humana e nao fundamenta sua crise a luz do Canôm bíblico.

A MATURIDADE E A DOUTRINA DE LEWIS

Para alguns leitores brasileiros que nunca leram C.S. Lewis e seu brilhantismo como cristao comprometido com a ortodoxia sadia da Bíblia pode pensar que Lewis entrou no toboga de um questionamento complexo, infundado, sombrio que sufocou a doutrina do sofrimento na Bíblia e elevou a sua dor acima dos conceitos clássicos do sofrimento.

Uma leitura superficial de Anatomia da dor pode causar espanto em alguns leitores brasileiros principalmente num ponto do livro que Lewis em tom de desabafo e no aspecto cultural arrisca a falar que ora pelos mortos. Isso é algo que a cristandade brasileira rejeita por completo e que deveria ser explicado de maneira mais clara na nota de rodapé, que ficou simplória, manca e rude.

LEWIS EM SOLO BRASILEIRO

A introduçao de C.S.Lewis em solo brasileiro como vários livros dele já publicados em língua portuguesa, deve ser o guisa para lermos com satisfaçao esse seu livro resenhado aqui. O autor deve ser dito aqui é um cristao sério, um teólogo profundo, um erudito cristao que em seu desabafo deixa vazar seus mais profundos questionamentos e quem nao tem questionamento no complexo maravilhoso da vida? Acredito que todos.

A obra de Lewis deve ser vista como a arte dos salmistas de revelar a sua angustia.O mundo dos salmos é o mundo do desnudamento da alma que chora, grita, se assusta, tem medo, se sente solitária e geme. Assim deve ser visto o livro de Lewis numa ótica de desabafo e nao numa discursao teológica, coisa que ele faz com maestria em seus outros livros.

AS PERDAS DA NOSSA VIDA E O DEUS QUE NOS CONVIDA A CAMINHAR COM ELE

Aprendemos aqui que o Deus que nós servimos é o Deus do coraçao e nao da epiderme, é Deus que em seu conhecimento e soberania permite que nós abramos o coraçao para ele e que nesse abrir o coraçao, em nada espanta o soberano do mundo que conhece a nossa estrutura e sabe que somos pó.

Deus sabe que as perdas fazem parte da nossa caminhada no complexo da nossa vida e por isso como um pai amoroso ele inclina seus ouvidos para ouvir a nossa dor, o nosso lamento, o nosso desabafo, as nossas crises, os nossos medos, pois fazendo assim Deus se mostra como pai que “cuida, que olha, que supre, que nutri” mesmo sabendo que neste momento de dor nossos olhos estao sombrios, lagrimejoso e ansioso por consolo e afago.

Pastor Carlos Lopes
Teólogo

quinta-feira, 28 de julho de 2011

O POETA OLAVO BILAC E O COMERCIANTE: A POESIA QUE NOS FAZ REPENSAR.


O dono de um pequeno comércio, amigo do grande poeta Olavo Bilac, certo dia abordou-o na rua e disse: Sr. Bilac, estou precisando vender o meu sítio, que o senhor tão bem conhece. Será que poderia redigir o anúncio para o jornal?

Olavo Bilac apanhou lápis e papel e escreveu:

Vende-se encantadora propriedade, onde cantam os pássaros ao amanhecer no extenso arvoredo, cortado por cristalinas e merejantes águas de um lindo ribeirão. A casa, banhada pelo sol nascente, oferece a sombra tranqüila das tardes na varanda.”

Alguns meses depois, o poeta encontra-se com o comerciante e pergunta-lhe se já havia vendido o sítio.

Nem pensei mais nisso, disse o homem. Depois que li o anúncio é que percebi a maravilha que tinha!

Às vezes, não percebemos as coisas boas que temos conosco e vamos longe atrás da miragem de falsos tesouros. Devemos valorizar o que temos e que nos foi dado gratuitamente por Deus: os amigos, o emprego, o conhecimento que adquirimos, a saúde, o sorriso dos filhos e o afago do cônjuge. Estes sim, são verdadeiros tesouros.

Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo

terça-feira, 26 de julho de 2011

O GRITO DOS GIGANTES: UMA REFLEXÃO DA ESCRAVIDÃO NO BRASIL E O POSICIONAMENTO EVANGÉLICO

E disse Jesus Cristo: E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará (...) Se, pois, o filho vos libertar, verdadeiramente, sereis livres ( São João 2.32;36)

A história da escravidão no Brasil foi escrita com sangue, sofrimento, morte, e muita dor que permeou e permeia até hoje a comunidade negra. A escravidão é a situação social do indivíduo ou grupo, obrigado a servir, sob coação a outra pessoa, que exerce sobre ele direito de propriedade.

Uma das marcas da escravidão é minimizar a autonomia do indivíduo, furtar sua dignidade como ser-humano e privar sua liberdade. Durante a história da humanidade a escravidão foi um instrumento sempre utilizado pelo homem seja para fins domésticos ou fins rentáveis.

Na Grécia, os trabalhos artesanais e agrícolas eram realizados por escravos. Por volta do século III antes de Cristo, os romanos passaram a utilizar grande número de escravos em trabalhos agrícolas e domésticos.

Todavia esse mercado fortaleceu quando os navios italianos, Provenças e Catalões chegaram nos portos do norte da África para compra de negros do Sudão. O fortalecimento desse mercado humano se deu nos séculos XIII e XIV, nos países do mediterrâneo.

O comércio de negros que era dominado pelos muçulmanos passou a ser exercidos por representantes de Portugal. No século XVI, Lisboa juntamente com Sevilha eram os postos de mais importância na comercialização de escravos de toda Europa.

A partir daí o Continente africano foi palco das barbaridades e crueldades dos exploradores durante o período de dois séculos e meio. No início das explorações da América, os colonos tentaram escravizar os índios, mas eles se opuseram aos colonizadores.

Os colonizadores que estavam no Brasil estavam sentido a falta de mão de obra negra para o cultivo da cana de açúcar. Em virtude disso eles solicitaram ao Rei permissão para ter escravos.

Em 1559, um alvará da regente Dona Catarina deu permissão para o ingresso de escravos negros para o Brasil. A partir dessa abertura imperial começou o tráfico oficial de negros no Brasil.

Os celeiros que emanavam esses escravos eram o Golfo Guiné a região da Angola e Moçambique etc. de 1532 á 1852 veio para o Brasil 3,6 a 4 milhões de escravos. O tráfico de escravos era feito pelos chamados Navios Negreiros em condições precárias num período longo de pouca assistência e de super lotação, as viagens eram sufocantes e cruéis e muitos morriam por fome e maus tratos.

Os negros escravos nunca aceitaram pacificamente o regime de escravidão imposto para eles no Brasil. Uma das grandes provas disso eram os quilombos que era o reduto dos negros que não aceitavam esse sistema escravista.

O Quilombo dos Palmares foi o maior e mais conhecido dentre todos. Ele foi fundado no início do século XVII, na Serra da Barriga, hoje Alagoas sob a liderança de Ganga Zumba e mais tarde sobre a liderança de Zumbi dos Palmares.

Em 1888 a Princesa Isabel sancionou a Lei 3.353 declarando extinta a escravidão no Brasil conhecida como Abolição “lat. Abolere”. Sabemos que a abolição não é mérito somente da princesinha mas também do povo como “políticos, advogados, abolicionista, jornalistas, poeta, estudantes, escritores, funcionários e os próprios negros com suas manifestações e também a ala evangélica inglesa que era contra o tráfico Thomas Clarkson e William Wilberforce amigo de John Wesley.

Sabemos que o período abolicionista foi bom mais o pós-abolicionista foi difícil pois não tinha espaço para a comunidade negra que cedo descobriu o caminho da miséria, do indiferentismo e do abandono social.

Eles na verdade foram sem sombra de dúvida os primeiros Sem-Terra. Sabemos que hoje existe muitas pessoas que também são escravas do vício, de si mesmo e do sistema caótico reinante hoje.

O navio contemporâneo do século XXI, não tem só negro, mais todo o tipo de pessoas que estão escravas pelo pecado, pelo vazio existencial, pela depressão, angústia, vaidade, consumo excêntrico, medo, miséria, exclusão, opulência, arrogância, soberba, discriminação, orgulho e toda sorte de maldade oriunda do coração humano.

Esse tipo de liberdade na alma e na vida a Lei Áurea os políticos, as religiões e o grito de Zumbi não pode realizar pois essa liberdade tem dinâmica mais profunda pois desemboca no ser todo, no homem integral e somente Jesus Cristo a Terceira pessoa da Trindade pode trazer paz aonde a guerra, alegria aonde a tristeza, doçura aonde a amargor, vida a onde á morte.

Cristo sim pode libertar os oprimidos desse mundo fugaz e mesquinho. Ele é o “Verbo da Vida o Autor da Vida” e morreu na cruz para nos libertar , salvar e nos dá vida com abundância. Só ele pode silenciar o grito dos gigantes e abolir a escravidão do coração, pois só Jesus Cristo que é Deus pode libertar os cativos desse mundo doente e injusto e dar paz para os injustiçados que estão em busca de justiça, alegria e paz.

O erro portugués e o patrulhamento capitalista ideológico , marcou nossa nação com o tribulismo da escravidão que ainda encontra as suas veias abertas em forma de julgamento, preconceito e racismo débil.

A comunidade evangélica sabedora que esta luta tem implicações sociais mas espirituais, deve ser sem dúvida a grande reconciliadora entre o homem pecador e Deus entre o negro e o branco entre o pobre e o rico entre o sabio e o inculto.

Em nome de Cristo ela deve atravessar samaria como Cristo fez e romper com o muro de separação, pois em Deus o muro de Berlim espiritual se ruiu na cuz do calvário e todos agora somos um em Cristo o Senhor.

De fato este deve ser o grito dos gigantes, pois o maior brado já foi manifesto para o mundo na cruz do Gólgota " tetelestai", "Está consumado", em Cristo temos acesso a Deus, pois ele é o Caminho a Verdade e a Vida.

Pastor Carlos Augusto Lopes
TEÓLOGO

segunda-feira, 25 de julho de 2011

PARA FALAR DAS FLORES E TAMBÉM DA TERCEIRA IDADE


Um tempo atrás um pastor amigo meu me presenteou com um livro de Luis Alonso Schokel, o livro é fruto da experiência meditativa dos salmos que traz como título “Esperança: Meditações Bíblicas para a Terceira Idade”, Meu amigo pastor deixou uma dedicatória para mim dizendo: Estou lendo este livro, pois estou chegando na terceira idade, demorou mais chegou e você nobre colega um dia chegará”.

Alguns anos atrás fui convidado para pregar numa igreja no Paraná, iria pregar sobre o jovem rico , o esboço estava no meio da Bíblia, porém quando cheguei naquele domingo de manhã na igreja as pessoas que lá estavam eram todas da terceira idade, então mudei minha pregação e falei sobre os amados velhos que Deus usou para abençoar a nossa vida que estão registrados na Bíblia.

O que falar de Noé, senhor de idade que encontrou graças diante de Deus, construiu uma arca e entrou para a galeria dos heróis da fé. Em meio a tanto liberalismo na terceira idade hoje em dia, Noé mostra que seu contentamento está em Deus e na sua graça abundante.

O que falar de Abraão, homem de idade avançada mas com um vigor invejável tanto físico como de Fé. Ele foi amigo de Deus e nos deixou um legado de fé que deve ser um modelo de vida para todas as gerações. Abraão aquele homem centenário nos ensina a depender de Deus, a confiar em Deus, a discernir a voz de Deus. O que falar de Sara, senhora amada que junto com seu esposo confiou nas promessas de Deus e gerou Isaque fruto da benevolência de Iavé.

Sara nos ensina a sorrir em meio aos anos avançados, pois seu filho Isaque significa “ Riso” e num português regionalizado soa como gargalhada tupiniquim. A Bíblia mostra esses doces velhinhos servindo ao Senhor com todo vigor e ternura como diz o escritor aos hebreus o que dizer de Josué, de Daniel que desde novo ate sua velhice foi fiel a Deus, o que dizer de Calebe que aos 80 anos tinha força para lutar a causa do Senhor e o apóstolo da graça Paulo que morreu com mas de sessenta anos, todos eles são exemplos para nós a permanecermos firmes olhando para Deus.

Tolo foi Roboão uns dos reis de Israel que invés de valorizar a experiência da terceira idade, preferiu os conselhos dos jovens mimados de sua corte, que nada sabiam da vida e sua dureza, da vida e sua contemplação, essa atitude insana de Roboão fez ele perder o reino unificado, ficando apenas com o reino do sul. Eu pretendo fazer parte um dia da terceira idade, alguns fios de cabelos meus já estão brancos, minha esposa deseja que eu seja grisalho, acho bonito as mãos calejadas pela vida, fico feliz em ver os cabelos brancos dos nossos irmãos que refletem a pureza que Cristo nos confere.

O grupo da terceira idade “ Ebenezer’, é bem aventurado, pois servem ao Senhor nesta idade querida e como alguns dizem a melhor idade, sim eles podem dizer ao longo dos seus anos e também cantar “ Até aqui me ajudou o Senhor”. Já passei momentos agradáveis ao lado da terceira idade deste grupo Ebenezer, as poucas viajens que fiz com eles foi algo fantástico em ver sua fé e vigor, sempre no final parecia que eu estava todo quebrado e eles sempre querendo cantar mais. Que pena que nossa geração tem perdido o senso sábio do conselho dos mais velhos, uma famigerada geração de novos acham que os velhinhos não tem mais espaço, mais ideais, mais utopias, mais esperança, mais sonhos, porém isto é um ledo engano que caiu Roboão e que a nossa geração está no mesmo rastro.


A Bíblia esta encharcada de histórias santas de homens de cabelos brancos que serviram ao Senhor e mudaram o mundo pela graça do Pai. Eu aceito o conselho do meu amigo e velho pastor que me deu o livro da terceira idade, sim de fato um dia quero chegar lá e enquanto não chego trago eles como exemplo de vida, e agradeço a Deus por aquela manhã de domingo que tive que mudar o meu sermão, pois aprendi a ver o Deus eterno usando homens de cabelos brancos para fortalecer a fé dos mais novos.


Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo

terça-feira, 5 de julho de 2011

HORATIUS BONAR: UM RECADO PARA GANHADORES DE ALMA.


Horatius Bonar tem deixado um grande legado para os futuros ministros cristãos, em seu precioso livro Um Recado para Ganhadores de Almas, notamos a forte teologia pastoral desse ministro escocês presbiteriano. Ele pertence a uma geração de pastores antigos que tem muito a nos dizer.

Bonar nasceu em Edimburgo no dia 19 de dezembro de 1808, trabalhou na congregação de Kelso em 1866 e depois em Edimburgo. Ele foi teólogo, pastor, um grande pregador e também escritor de vários hinos.

Bonar começa mostrando em seu livro a importância de um ministério vivo. Ele mesmo diz que: "A mera multiplicação de homens que se chamam a si mesmo de ministros não vai ajudar muito. Eles não serão mais que chuchus de cerca.
Eles podem ser como Acã, trazendo problemas para o acampamento; ou talvez como Jonas, trazendo tempestades. Podem ser ortodoxos na doutrina, mas por causa de incredulidade, morbidez e um formalismo doentio, tais ministros podem causar danos irreparáveis á causa de Cristo, causando um esfriamento e fazendo murchar toda espiritualidade em volta deles".


Para Bonar o pastor tem que andar de acordo com as pegadas apostólicas e não com as pegadas desse mundo. O pastor tem que ser pessoa instruída, espiritual, cheio de zelo, cheio de fé e cheio de amor. Bonar citando Cecil Flecher diz; que pastores mornos geram cristãos desleixados. Para o teólogo Bonar o objetivo do ministério Cristão é levar pecadores ao arrependimento e edificar o Corpo de Cristo. Para ele aplausos, fama, popularidade, honra, riquezas tudo isso é em vão, se vidas não são ganhas e se os santos não são amadurecidos.

Será esta a motivação maior que me faz orar, trabalhar, estudar, jejuar, chorar? Bonar afirma para a ala pastoral que não é de opiniões que o homem precisa: ele precisa da Verdade. Não é de teologia: é de Deus. Não é de religião: é de Cristo. Não é de literatura e ciência, mas de conhecimento do amor incondicional de Deus através do seu Filho Unigênito.

Bonar também em seu livro tece comentário de maneira rica sobre a vida espiritual do ministro. Ele não esta preocupado com o pragmatismo excêntrico característico em vários ministérios, mas a sua ênfase é na vida de coração do ministro cristão.
Ele mesmo diz que o verdadeiro líder deve ser um verdadeiro cristão. Ele deve ser chamado por Deus antes que ele possa chamar outros para Deus.

Ele sintetiza dizendo "Encontremo - nos com Deus antes que nos encontremos com qualquer outra pessoa. Mantenha uma íntima comunhão com Deus. Procure ser como ele em tudo.Leia a Bíblia primeiro para o seu crescimento e depois para o crescimento dos outros" .

Bonar também chama a nossa atenção para que na caminhada ministerial não venha-mos ser profissionais cristãos, que fizemos do ministério uma profissão qualquer.
Horatius Bonar esse ministro cristão tem muito a nos ensinar sobre a vida ministerial. Em seu livro ele aborda temas importante como: Responsabilidade, Espiritualidade, Intimidade com o Todo Poderoso, O andar de um ministro, Confissão ministerial, A Esterilidade do Ministério, Submissão e Renúncia Ministerial, Vida de Piedade, Mundanismo, Vida no Espírito, Avivamento no Ministério etc.

Quero encerrar essa reflexão com as palavras de Bonar nos exortando a amoldar o nosso ministério pela Palavra de Deus. "Nós temos sido infiéis. Nós temos sido carnais. Nós temos sido egoístas. Nós temos sido preguiçosos, Nós temos sido frios. Nós temos nos deixado intimidar. Falta-nos seriedade.

Nós temos exaltado o nosso ego e não a Cristo. Nós temos usado palavras de sabedoria humana. Nós não temos pregado o evangelho da graça. Nós não temos estudado e honrado a Palavra de Deus. Nós não temos sido homens de oração. Nós não temos honrado o Espírito de Deus.

Há muito pouco da mente de Cristo em nós". Parece que esse ministro escocês que viveu em épocas passadas está escrevendo para os ministros do século XXI, pois suas palavras se enquadram em muitos ministérios hodiernos.

Bonar, Horatius. Um Recado para Ganhadores de Almas.Editora Vida Nova, São Paulo.

Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo