sábado, 10 de maio de 2008

A FAMÍLIA E A NOSSA ÉPOCA: TEOLOGIA, POESIA E PIEDADE.

Por este motivo, o homem deixará pai e mãe e se unirá á sua esposa, e os dois se tornarão uma só carne. Este é um mistério grandioso (Ef.5.31-32-King James)

Estamos vivendo uma época da história da humanidade de profunda mudança em todos os segmentos da sociedade. O período pós-moderno é estigmatizado pelo rompimento e patrulhamento da ética, da moral e dos bons costumes.

No século V perguntaram para o teólogo Agostinho ao que se assemelhava o AMOR. Ele então disse:

1) O amor tem mãos para ajudar os outros
2) Tem pés para se apressar e ajudar pobres e necessitados
3) Tem olhos para ver a miséria e a carência humana
4) Tem ouvidos para ouvir os lamentos e as tristezas dos homens. E com essas coisas disse o teólogo Aurélio Agostinho que o amor parece

A palavra de Deus diz que a família é sagrada e foi arquitetado por Ele. Ela não foi idealizada por homens ou algum sistema hermético, filosófico, ideológico mas pela sabedoria cognitiva de Deus.

O grande pensador Plutarco disse: "Poucos são os homens chamados a governar cidades ou impérios, porém cada qual está obrigado a governar, sábia e prudentemente, a sua família e a sua casa".

O protótipo bíblico classicamente diz: Deixará o homem o seu pai e sua mãe e se unirá a sua mulher e ambos serão uma só carne. Nesta formatação e visibilidade Deus decreta o pélago familiar dizendo: “Crescei e Multiplicai” , isso tem caracteres, povoativo, antológico e familiar.

Sem dúvida a família é a célula mater da sociedade e o primeiro núcleo social do indivíduo. É justamente aqui como diz o Canom bíblico que deve ser regado; o amor, a paz, a alegria, a integridade, o respeito mútuo, a confiabilidade, a transparência e o limite.

É na família que deve ser forjada a primeira Cosmovisão , da sociedade organizada, do sim e do não, do que é certo e do que é errado, pois ela deve ser a primeira escola que informa e forma e os pais devem ser os primeiro tutores e mentores. É por isso que

Cícero que viveu a glória do Império Romano afirmou: “O primeiro vínculo de garantia na vida são os laços matrimoniais; o segundo nossos filhos, e então o nosso lar e todas as coisas que o compõem”.

Nossa geração é a geração da pressa, do patrulhamento do consumismo, do niilismo, do narcisismo, do hedonismo, do relativismo e do pluralismo. De fato em busca da galinha dos ovos de ouro “ sucesso, o emprego, status” as pessoas tem perdido a doçura da vida e tem raquitizado a família e achado que o verdadeiro hedonismo (felicidade) familiar passa pelo materialismo, mas a verdadeira alegria familiar passa pelo cadinho como disse Vitor Hugo de “ amar e ser amado”, de compreender e ser compreendido”, pois o lar deve ser um agente terapêutico-renovador.

Dr. Drescher disse que uma família feliz deve ter sete necessidades básicas “ Significados, Segurança, Aceitação, Amor, Elogios, Disciplinas e Deus.

Usando um termo Paulino como formatação clássica para o casamento, podemos salientar dois caminhos familiar muito em voga na nossa geração.


O primeiro é Construir com ouro, prata e pedras: Ou seja com amor, carinho, disciplina, cuidado, trabalho, tempo, educabilidade, bons costumes, carisma, caráter, limite, honestidade e Deus. Esses caracteres fazem dá família algo renovador e emblemático, pois revela o projeto de Deus para a família que é justamente o fortalecimento diário do amor que se derrama e celebra com temor a maestria de um Deus que tudo que criou é bom.



O segundo é com Madeira, feno e palha; Ou Seja, liberal, sem limites, pseuda educação, falta de respeito, falta de amor, falta de tempo, tudo pode, não existe o equilíbrio entre o sim e o não, entre a cercania e a porta aberta.

Ate mesmos os grandes poetas falaram sobre a família. Vinícius de Moraes chorou escrevendo ao seu pai: “Deste-nos pobreza e amor, o dom da poesia e a capacidade de amar “ eis pai do menino que fui (...) quem te ensinou as doces cantigas com que embalavas meu dormir?

O famoso poema “ Meus Oito Anos” do célebre “ Casimiro de Abreu” também retrata isso “ Oh! Que saudades que tenho, da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais! “Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tarde fagueiras á sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjas”.

Jesus Cristo há dois mil anos atrás contou uma parábola no Sermão do Monte que pode ser colocada na estrutura do tecido familiar. Ele disse:
Assim, todo aquele que ouve estas minhas palavras e as pratica será comprada a um homem sábio, que construiu a sua casa sobre a rocha, e caiu a chuva, vieram as enchentes, sopraram os ventos e bateram com violência contra aquela casa, mas ela não caiu, pois tinha seus alicerces na rocha.

Mas, aquele que ouve as minhas palavras e não pratica é como um homem insensato que construiu a sua casa sobre a areia, e caiu a chuva, vieram as enchentes sopraram os ventos e bateram com violência contra aquela casa, e ela desabou e grande foi a sua ruína. (Mt.7.24-28)

Que nossa família esteja alicerçada na rocha que é Cristo pois, se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que a edificam (Sal.127). De fato a Bíblia é o livro da família e mostra com grande abundancia a importância deste ato oriundo de Deus como também nos mostra uma avenida para caminharmos com segurança a vida conjugal, pois nas esquinas da Bíblia o que não faltam são princípios para um casamento feliz, logo Teologia ( Deus), Poesia (romantismo) e Piedade ( fidelismo) formam sem dúvida a tripartiridade do casamento segundo Deus.

Quando estava estudando literatura cristã em Belo Horizonte no curso de Escritores da Editora Betânia junto com vários pastores, educadores, escritores, teólogos etc um escritor que estava na África do Sul me emprestou para ler durante aquele período de estudos o livro do educador Ruben Alves.

Em suas crônicas ELE exaltou o casamento usando uma figura pitoresca do dia a dia do mundo esportivo e da recreatividade do verão. Em suas palavras ele afirmou que o casamento não é uma partida de tenis, mas um jogo de frescoboll.
De fato é verdadeiro sua anâlise pois, no jogo de tenis o vencedor ganha no erro do outro, no jogo de frescoboll na beira da praia, o gostoso da partida desenteressada é os dois acertarem a cada raquetada.
Os dois tentam eliminar o erro e torcem que o outro acerte a bolinha para que a partida continua com toda a sua graça, sorriso e deleite mas quando a bolinha caem na beira do mar com tranquilidade se recomeça tudo de novo com um sorriso nos lábios e o olhar penetrante na partida prazerosa.

Síntese da palestra proferida pelo pastor Carlos Lopes na Casa da Cidadania para professores da Universidade (Unisul), advogados e funcionários.

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