quarta-feira, 14 de setembro de 2011

HOWARD HENDRICKS - ENSINANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS.

O doutor Howard Hendricks autor de vários livros é conhecido no círculo evangélico internacional como sinônimo de educação cristã. Ele é um dos principais nomes da moderna Educação Cristã. Doutor Hendricks é professor no famoso Dallas Theological Seminary e tem mais de 30 anos de atividade pedagógica. Neste livro prático e de fácil compreensão o Doutor Hendricks expõe as sete leis do professor, sete princípios prático que ele mesmo elaborou em sua larga experiência pedagógica.

Hendricks diz que o professor eficiente é aquele que baseia seu ensino em uma rica experiência de vida. A lei do professor, poderíamos dizer em suma é: Quem para de crescer hoje, para de ensinar amanhã. A idéia implícita nessa lei é a de que, antes de ser professor, sou um aprendiz, um estudante ensinando estudantes. Quem aplica esse princípio didático na prática está sempre se perguntando: como posso melhorar meu ensino. Enquanto estivermos vivos estaremos aprendendo; e enquanto estivermos aprendendo estaremos vivos. Se quisermos ensinar a outros, precisaremos primeiro pedir a Deus que ele nos ensine.

Hendricks mostra três sugestões para o nosso crescimento espiritual: A- Manter um disciplinado programa de leitura e estudo. B- Fazer cursos de atualização. C- Conhecer bem os alunos. O mestre é antes de tudo um estimulador e motivador; não é o jogador, mas o treinador que estimula e dirige os jogadores em ação. Não se avalia a eficiência de um professor pelo que ele faz, mas com base no que seus alunos fazem. Existem três metas básicas para quem ensina. 1) Ensinar os outros a pensar. O bom ensino, o verdadeiro ensino, consiste de uma série de momentos em que o aprendiz se mostra predisposto a aprender. 2) Ensinar os outros a aprender, isso significa formar aprendizes que reproduzirão o processo de aprendizagem pelo resto da vida. Se pararmos de aprender hoje, de certa forma paramos de viver amanhã. A aprendizagem se processa em três etapas. Vai do todo para a parte, e depois da parte para o todo. É chamado de síntese. 3) ensinar os outros a trabalhar.

Aqui caímos no princípio pedagógico de não fazer para o aluno aquilo que ele pode fazer por si mesmo. Se fizermos corremos o risco de formar paraplégicos e deficientes intelectuais. Se quisermos ensinar os alunos a pensar, aprender e trabalhar, temos que levá-los a dominar bem quatro habilidades básicas: ler, escrever, ouvir e falar. Ensinar é ao mesmo tempo uma ciência e uma arte. Sendo uma ciência, fundamenta-se em princípios básicos e como arte, exige que se conheçam as exceções a esses princípios.

Estudando a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, que foi o maior Mestre que já existiu, nota-se claramente que ele não despejou uma avalanche de fatos teológicos na cabeça dos seus discípulos não ele procurou antes envolvê-los no processo de aprendizagem, e mais tarde o mundo pagão de sua época foi obrigado a afirmar: "São esses os que viraram o mundo de cabeça para baixo." O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.

Para os hebreus, essa palavra coração, engloba a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade. Sócrates resume a essência da comunicação em três conceitos fascinantes que ele denominou: ethos, pathos e logos. O primeiro, ethos, diz respeito ao caráter. Pathos compreende a parte da efetividade, e logos, o conteúdo. Os maiores comunicadores, os melhores mestres, não são necessariamente os que se acham á frente de tudo, que possuem grande inteligência. São aqueles que possuem um grande coração. Ao comunicar, fazem-no com todo o seu ser, e atingem todo o ser daquele que o ouvem.

Ensinar é levar alguém a aprender. Hendricks cita em seu livro pensamentos de John Milton Gregory para exemplificar o que ele está afirmando como por exemplo. "A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular idéias, através do exemplo, da simpatia pessoal, e de todos os meios que puder utilizar para isso, isto é fornecendo-lhe lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência (...) Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de outrem como se eles fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensamentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados (...) As idéias têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela outra pessoa etc.

Em virtude de sua experiência pedagógica ao longo dos anos o autor elaborou princípios para o educador na sua tarefa com o educando que são sete princípios didáticos
1. Lei do professor. Quem para de crescer hoje para de ensinar amanha.

2. Lei do ensino. A maneira como os alunos aprendem deve determinar a maneira como ensinamos.

3. Lei da atividade. Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume de conteúdo apreendido.

4. Lei da comunicação. Para que haja comunicação é necessário que se estabeleçam pontes de ligação entre o comunicador e o receptor.

5. Lei do coração. O ensino que realmente causa impacto não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.

6. Lei da motivação. O ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado.

7. Lei da preparação prévia. O processo ensino-apredizagem é mais eficiente se tanto aluno como professor estão previamente bem preparados.

Essas leis são princípios básicos que se acham intrinsecamente relacionados ao processo de ensino. Se os compreendermos bem e os aplicarmos á nossa prática didática, conseguiremos promover mudanças permanentes na vida dos alunos, sejam eles de que faixa etária forem, seja qual for a matéria que lecionarmos, e seja qual for nosso contexto cultural.

Síntese feita pelo pastor Carlos Augusto Lopes, do livro "Ensinando para Transfomar Vidas" Editora Betânia - Belo Horizonte - MG


Carlos Augusto Lopes
Pastor, Pensador Cristão, Teólogo e Historiador Social

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