sexta-feira, 23 de setembro de 2011

O PROPÓSITO BÁSICO DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS EM TODAS AS COISAS.


A IGREJA PRIMITIVA COMO PROTÓTIPO PARA A MISSAO E PARA A GLÓRIA DE DEUS.

Um dos grandes legados deixado para a cristandade sem dúvida é o livro de Atos dos Apóstolos. Esse livro é o elo de ligaçao entre os Evangelhos e as Epístolas. David Williams diretor interino da Faculdade Ridley, da Universidade de Melbourne, Austrália, nos diz que Atos dos Apóstolos é o único registro autentico de que dispomos dos primeiros anos da história da igreja.

Williams diz ainda que se o livro de Atos fosse perdido, nada haveria que lhe tomasse o lugar, pois o resto do Novo Testamento ficaria diante de nós em dois fragmentos desconjuntados, porque Atos é a ligaçao entre os Evangelhos e as Cartas (1996, p.12)
No livro de Atos dos Apóstolos, vimos os primeiros passos da Igreja Incipiente, e esses passos eram dirigidos pelo Espírito Santo que os fortalecia e os capacitava.

O catedrático em exegese do Novo Testamento I. Howard Marshall nos diz que:

"O livro, depois de descrever como o dom do Espírito equipou os discípulos de Jesus para a obra deles, continua, contando a história emocionante do início da igreja em Jerusalém, sua expansao nas áreas mais lata da Judéia e da Samaria, e, depois, seu movimento rápido da Antioquia na Síria, através da Ásia Menor, da Macedônia e da Grécia, até que, finalmente, a chegada de Paulo em Roma simboliza a presença do Evangelho na cidade central do mundo antigo
( 1985,p.15
).

Em Atos dos Apóstolos, percebemos a “Santa Mundanidade”, da Igreja incipiente. Santa porque essa Igreja era exclusividade do Senhor e Mundana porque essa mesma Igreja impulsionada pelo Espírito levava esse Senhor para o mundo de sua época.Para entendermos de maneira objetiva esse antagonismo da Igreja Primitiva, iremos tomar por base alguns pontos da tese de Michael Green Diretor do St. Jhon’s College de Nottngham, Inglaterra que foi proferida em 1974 no Congresso Internacional de Evangelizaçao Mundial oqual foi considerado um dos encontros mais importante da cristandade contemporânea. Esse encontro ficou conhecido como O Pacto de Lausanne.

A Tese do Sr. Green, “Estratégia e Métodos Evangelísticos na Igreja Primitiva”, irá nos ajudar a compreender a Igreja Incipiente e como o Espírito Santo capacitou esses irmaos para a tarefa missionária. O senhor Green inicia sua tese, falando dos discípulos de Jesus que deram origem a um movimento capaz de evoluir tanto que trezentos anos mais tarde, tornou-se a religiao oficial do Império.

Esse movimento sobreviveu á queda de todas as civilizaçoes e fez milhoes de conversos em todos os quadrantes da terra. Esse movimento é o Cristianismo (1984,p.55). O Sr. Greem nos diz que a Igreja Primitiva fez da evangelizaçao sua meta prioritária Quando vimos em Atos a Igreja de Cristo saindo para ganhar o mundo dando bom testemunho, logo vem na nossa mente as palavras penetrante do Senhor que disse:
Voces sao o sal da terra (...) Voces sao a luz do mundo. Assim brilhe a luz de voces diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de voces que está nos céus. (Mt.5:13-14-16 NVI).

A Igreja Incipiente nunca ofuscou sua luz, mas, ao contrário disso, ela sempre deixou que essa luz brilhasse diante de todos os homens. Dr. John Stott teólogo anglicano em seu livro A Mensagem do Sermao do Monte nos diz que o sal e a luz tem uma coisa em comum: eles se dao e se gastam e reunindo essas duas metáforas, parece-nos legítimo discernir nela a relaçao correta entre a evangelizaçao e a açao social. ( 1993,p.56).

Dr. Russel Shedd em seu livro Fundamentos Bíblicos da Evangelizaçao nos fala que, Deus ordena a evangelizaçao porque ela coincide com seus propósitos eternos (1996, p.15). A mundanidade da Igreja Primitiva e sua evangelizaçao tem quer ser vista no aspecto contra cultural ( Mt.6.8), e nao intracultural ( Mt.5.13).
Aqui está o divisor de águas dos primeiros cristaos. Eles estavam no mundo mais os princípios do mundo nao estavam norteando eles (Jo. 17.15-17), quem norteava aquela comunidade era o Espírito Santo. Louis Berkhof na sua Teologia Sistemática fala que oEspírito renova o homem á imagem de Deus e o capacita a prestar obediencia espiritual a Deus, a ser sal da terra, a luz do mundo (1990, p.427)

O erudito do Novo Testamento Gordon Fee, em seu fabuloso livro Paulo, o Espírito e o Povo de Deus, nos lembra que a experiencia pessoal e poderoso do Espírito escatológico nao somente transformou a igreja de Atos dos Apóstolos, mas fe-los eficazes ao se tornarem o povo das boas novas na cultura paga greco-romana (1997,p.X). Para o doutor Timóteo Carriker em seu livro O Caminho Missionário de Deus, o período entre a ressurreiçao e a Segunda vinda de Jesus Cristo nao foi um período vazio de espera passiva para a igreja dos primeiros irmaos, muito pelo contrário para eles era á era do Espírito, o tempo de missao (2000,p. 200 e 287).Essa consciencia ativa e nao passiva da igreja incipiente é um referencial da era do Espírito que capacitou e fortaleceu os irmaos para a grande tarefa do anúncio de Cristo entre as naçoes. Essa atividade evangelizadora fortalecida e adubada pela presença do Santo Espírito é um protótipo para a igreja hodierna.

Os primeiros cristaos tinham a nítida convicçao de sua identidade e vocaçao (Mt.5:3.14). O teólogo alemao de renome Dietrich Bonhoeffer em seu livro Discipulado diz que os discípulos nao estao orientados exclusivamente para o Reino dos Céus, mas também conscientizados de sua missao terrena.
Dietrich vai mais longe quando diz que o fato de Jesus nao designar-se a si mesmo de sal, mas sim aos seus discípulos, significa que lhes confia a sua açao na terra (1984,p.64). E essa açao na terra só pode ser por intermédio do Espírito Santo, pois a igreja cumpre a sua missao através da operaçao do Espírito Santo, o paráclito que ajuda, consola e capacita a igreja na sua tarefa (Carriker,p.302) A evangelizaçao na Igreja Primitiva foi algo tao bombástico que o teólogo Donald Stamps nos lembra que os trinta primeiros anos da Igreja Incipiente, o Dr. Lucas menciona no livro de atos dos Apóstolos trinta e dois países, cinqüenta e quatro cidades, nove ilhas do Mediterrâneo, noventa e cinco diferentes pessoas e vários membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. (1995, p.1623).
Todo esse feito evangelistico nao foi feito na capacidade humana mas como disse Carriker através do poder e da intervençao do Espírito que os apóstolos compreenderam plenamente que eram chamados para irem até os confins da terra (2000 p.212).

Gordon Fee também entendia que o sucesso da evangelizaçao da Igreja primitiva nao estava na metodologia mas na presença fortalecedora do Espírito ele diz:
O Espírito como uma realidade experimentada e fortalecedora foi para Paulo e suas igrejas um ator-chave em toda a vida crista, do começo ao fim. O Espírito cobria toda a área ao lado da corrente de água viva: poder para a vida, crescimento, fruto, dons, oraçao, testemunho, e todas as demais coisas (1997, p.XV)

A Igreja Primitiva nao eclipsou sua luz debaixo de uma vasilha conformista nacionalista, e nem seguiram a filosofia dos Essenios que fugiram para o deserto para nao ter contato com o povo. (Mt. 5:15). Mas ao contrário disso eles colocaram essa luz em lugar apropriado na qual iluminou um mundo em trevas e muitos puderam através da evangelizaçao glorificar o Nome de Deus (Mt.5:13-16) e tudo isso foi feito pelo intermédio do Espírito Santo, que os capacitava e os conduzia e fortalecia para a árdua e prazerosa missao de levar Cristo aos povos e isso é glorificar a Deus em sua missao urbana.

Michael Green diz que, a igreja primitiva estava tao ciente da evangelizaçao e de ser sal e luz, que isso nao ficou centralizado só nos líderes mais em toda a Comunidade de Atos. Na Igreja Primitiva esperava-se que cada pessoa fosse sal e luz, ou seja, testemunha de Cristo e isso é glorificar a Deus. O Sr. Green também nos lembra em sua tese que na Igreja Primitiva, a política adotada era ir ao encontro das pessoas, onde elas estivessem, e fazer discípulos entre elas. É claro que Green entendia que toda essa açao da igreja primitiva de evangelizar os centros urbanos nao era oriunda dos seus próprios recursos naturais, mas sim da liderança do Espírito. Ele mesmo exclama dizendo: A igreja primitiva era muito aberta á liderança do Espírito Santo; em toda a expansao evangelistica registrada no livro de Atos, o Espírito é o elemento motivador e energizante (1984,p.56)

Essa comunidade de Atos dos Apóstolos por causa de sua convicçao de levar adiante a missao urbana da igreja foi perseguida já nos primórdios de sua caminhada, todavia eles nunca formaram motim como os Zelotes (At.4:1-22; 4:17-41;7:1-60;8.1-8;9:1-2;IICor.11:22-33) mais viveram aquilo que Cristo anunciou (Mt.5.3-11; Mt.5:38-47; 6:12). Doutor Johannes Blauw em seu livro A Natureza Missionária da Igreja, Nos lembra que:O próprio Jesus Cristo toma o lugar de Jerusalém Ele é o ponto central em torno de quem as naçoes se reunirao. Para tanto estas devem ser convocadas e convidadas (...) é somente pela autoridade do Espírito Santo que os discípulos agora por sua vez, a levar a efeito a comissao de pregar o Evangelho a todas as naçoes(...), é somente pela autoridade do Espírito Santo que os discípulos estarao na posiçao de serem testemunhas de Cristo até aos confins da terra At.1.6-8(cf.24.47 e Jo 20.21). A obra missionária da Igreja está ligada tanto á Páscoa quanto ao Pentecostes. O Espírito Santo primeiro faz do homem instrumento de Deus, o Seu “braço”, (cf.). Is. 8.11, Ez 1.3, etc. Ele é o sopro doador de vida de Deus (Ez. 37.9; Hb. 11.3) (1966, p.89-92)

Somente pelo poder do Espírito Santo a igreja tem capacidade de levar Cristo para as naçoes e glorificar o nome de Deus, nao existe atalho, nem bifurcaçao ainda que tentamos toda a estratégia para levar avente a missao urbana da igreja , toda a pompa tecnológica, todo o nosso zelo religioso e as necessidades do mundo se nao for pela presença do Espírito e um censo santo de glorificar a Deus tudo é vao como bem disse o doutor Johannes Blauw Nao esqueçamos de que o grande primeiro motor da pregaçao do Evangelho nao vem de fora ( da necessidade do mundo), nem tampouco de dentro ( do impulso religioso), mas de cima, como coerçao divina (1966,p.126).

Por isso devemos voltarmos para a Bíblia e percebemos sem o nosso preconceito denominacional a força dinamizadora do Espírito para a Missao Integral da Igreja no mundo. Sabemos que se a Igreja hodierna nao for energizada pelo poder do Espírito Santo para a tarefa da missao urbana e da evangelizaçao mundial como fez os primeiros irmao estaremos como diz o ditado popular rodando em círculo e chovendo no molhado, nada se concretizará. Se o próprio Cristo e a igreja primitiva foram dinamizados e conduzidos pelo Espírito e pelo senso de glorificar somente a Deus em sua missao é certo que nós também igreja do século XXI temos que ser.

A MISSAO URBANA DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS ENTRE OS POVOS ATRAVÉS DO ESPÍRITO

Este ponto do nosso trabalho iremos focar a igreja de Corinto com a igreja incipiente e perceber as palavras do apóstolo Paulo como um itinerário para a missao urbana da igreja no componente missiológico. O livro de Atos dos apóstolos no capítulo nove até o seu final dá um enfoque sobre a missao da igreja na perspectiva paulina-lucana. O apóstolo Paulo estabeleceu a igreja de Corinto por volta de 50-51, quando ele passou dezoito meses por lá em sua segunda viagem missionária (Atos 18.1-17).

Corinto de fato era uma cidade antiga da Grécia e era a metrópole grega de maior destaque na época de Paulo. Essa cidade diz os estudiosos era arrogante em sua intelectualidade, era próspera no campo material e moralmente corrupta. Os eruditos mostram o quanto Corinto era uma cidade urbana. Essa carta revela vários problemas culturais gregos, como a imoralidade sexual, a idolatria, a filosofia divisória, o espírito de litígio total, a rejeiçao a ressurreiçao do corpo etc. . A cidade era infame por sua sensualidade e prostituiçao sagrada. Seu nome se tornou um provérbio clássico “ corintianizar”, que significa praticar prostituiçao. Paulo sabia que apesar disso está cidade era um campo fértil para o evangelho de Cristo e para a sua missao urbana.

A primeira epístola aos Coríntios foi escrita durante o seu ministério de tres anos na cidade de Éfeso ( At.20.31) em sua terceira viagem missionária ( At.18.23-21.16) . Dr. Stamp diz que o veterano Paulo soube dos problemas de Corinto 1.11 e depois, uma delegaçao da congregaçao da cidade (16.17), entregou uma carta a Paulo pedindo instruçoes em vários temas (7.1; 8.1). Paulo escreve sua carta tendo sua base nos informes recebido daquela igreja.
Paulo entao trata de vários problemas nesta igreja como pecado, espírito de divisao, carnalidade, imoralidade sexual, açao judicial entre irmaos, celibato, casamento, ceia, dons, ressurreiçao do corpo etc. o espírito da cidade apareceu no tecido da igreja e Paulo combateu com autoridade apostólica.

Paulo no capítulo 10. 31 nos leva para um compromisso central no desdobramento da missao urbana da igreja que é “glorificar a Deus em tudo” . Aqui está o caminho sadio para soluçao dos problemas tanto da igreja de Corinto quanto para nós igreja do século XXI , pois quando entendemos que devemos glorificar a Deus em tudo nossa vida crista tem uma dinâmica diferente, pois o endereço do nosso serviço cristao é a gloria de Deus.
Devemos redescobrir para a missao urbana da igreja “Coríntios 10. 31” que diz: Portanto, quer comais, quer bebais ou faças outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus

Sem dúvida tudo que a igreja for fazer é para glorificar a Deus. Quando a igreja se envolve no aspecto social da cidade, no aspecto político da cidade, no aspecto econômico, ecológico etc. deve fazer nao pensando nas vantagens humanas mais na glória de Deus. Isso é o ponto central da missao urbana. O Doutor e erudito Leon Morris em seu comentário de I Coríntios 10.31 diz que o principio aqui é claro, pois os cristaos nao está preocupado com a afirmaçao dos seus direitos, mas com a glória de Deus. Comer, ou beber, ou qualquer outra coisa mais, devem estar subordinados a esta consideraçao mais importante. ( p.120.1981).

Esse ponto que Paulo fala para os irmaos de Corinto é uma crítica ao seu modo de ser que nao agrada a Deus em sua várias facetas e que agora debaixo dessa revelaçao a igreja em todas as épocas podem servir ao Senhor glorificando ele em tudo e em sua missao urbana. Seja nos grandes projetos como nas coisas mais triviais tudo deve ser contabilizado para a glória de Deus.
Quando voltamos os nossos olhos para a Igreja Primitiva percebemos que eles nao estavam preocupados em adquirir riquezas terrenas ( At.3:6;4:32-36;20:33), mas seu amor era tao profundo por Cristo que invés de juntar tesouro na terra (Mt.6:19-24) eles buscavam o Reino de Deus (Mt.6:33-34) a direçao do Espírito Santo e evangelizavam (Mt.6:10

A Igreja de Atos dos Apóstolos, sabia que a tarefa de evangelizaçao, era algo difícil e supra humano, por isso eles se empenharam na prática da oraçao (At.1:14; 4:23-31;12:12-19) mais eles nao faziam isso para se mostrar para os homens (Mt.6.5). Eles oravam porque sabiam de suas limitaçoes (At.4:29), e porque eles amavam as pessoas que nao tinham Cristo e impulsionados por isso eles glorificavam a Deus na missao. A evangelizaçao nao era espasmódica mais espontânea e natural. Eles confiavam profundamente no Senhor para suprir as suas necessidades (Mt. 6:25-32;) e submetiam as suas vidas ao domínio vivificador do Espírito Santo e sua presença fortalecedora e faziam tudo para a glória de Deus.

Quando olhamos para a Igreja Primitiva percebemos que o propósito básico daqueles irmaos era Mateus 5:16: “ Assim brilhe a luz de voces diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de voces que está nos céus”(NVI.) Aqueles irmaos nao tinham outra ocupaçao a nao ser a glória de Deus ( ICor.6:20; II Ts.1:11-12). Na sua agenda diária e em seus coraçoes isso era o que estava mais forte. Eles nao temeram a perseguiçao dos Judeus ( At.6:1113; 8:1-3; 9.1) nao se intimidaram com a ameaça do Império Romano e nem com as forças espirituais da maldade. Aqueles cristaos primitivos tinham um alvo a Glória de Deus na missao. ( I Cor.10:31).

Para o Dr. Martyn Lloyd-Jones diz que Mateus 5:16, é o sumário final de tudo (1984,p.159). Quando olhamos para a Igreja Incipiente percebemos que ela glorificou o nome de Deus no mundo através do seu testemunho e amor por Jesus Cristo e isso tudo foi sustentado pela presença fortalecedora do Espírito Santo.

Dietrich Bonhoffer, nos mostra um ponto importante de Mateus 5.16, ele diz: A cruz é a luz singular que brilha e na qual torna visíveis todas as boas obras dos discípulos. Em tudo isso nao se trata de tornar visível a Deus, mas que as boas obras sejam vistas e que os homens nelas glorifiquem as obras de Deus. (...) Na cruz e numa Igreja desta feitura, nao mais pode ser glorificado o homem, mas a Deus somente. Se as virtudes dos homens constituíssem as boas obras, nelas seriam glorificados os discípulos e nao o Pai. Assim, porém, nada há o que glorificar nos discípulos que levam a cruz, na Igreja cuja a luz brilha, que é edificada sobre o monte - em sua boas obras pode ser glorificado somente o Pai do céu. Assim veem a cruz e a Igreja da cruz e creem em Deus. Essa, porém, é a luz da Ressurreiçao ( 1984,p.67)
Bonhoffer nos mostra que a glória de Deus nao esta desassociada da Cruz, nao sao as nossas boas obras o fator catalisador de trazer glória para Deus somente, mas sim aquilo que Cristo fez na Cruz, as nossas boas obras tem que ter a insígnia da Cruz. A Cruz é a luz singular que brilha e torna visível todas as nossas boas obras e essas boas obras nao é fruto da bondade do coraçao humana mas do encaminhamento do Espírito no homem para glorificar o Cristo crucificado na qual foi ressurgido pelo Espírito. O homem nao tem nenhuma capacidade de fazer coisas boas se nao for por intermédio do Espírito. É nessa ótica do Espírito Santo e da Glória de Deus que a missao da igreja vai avante.

C.H. Dodd em seu livro Segundo as Escrituras Estrutura Fundamental do Novo Testamento nos ajuda neste ponto dizendo:
Em poucas palavras, os que fundaram a Igreja eram homens sem renome e sem crédito, até que Cristo ressuscitado os transformou em homens novos. Jamais devemos esquecer este fato: ele é importante para todas as nossas discussoes sobre a natureza da Igreja (1979,p.111).Essa transformaçao que Dodd sublinha em seu comentário foi por intermédio do Espírito Santo que fez tudo novo dando junto com a novidade de vida a incumbencia de evangelizar o mundo expandindo o senhorio de Cristo aonde nao tem senhorio para que seu nome seja glorificado por intermédio do Espírito Santo

A Igreja Primitiva glorificou o Nome de Deus, porque eles nao se envergonhavam da Cruz, mais ao contrário disso ele pregavam o Cristo Crucificado ( At.2:23;36;4:10; ICor.1: 17-23; Gal.6:12-14;Ef.2:16; Fp.3:18; Col.1:20;2:14; Heb.12.2), na unçao do Santo Espírito. Aquilo que era ridículo e motivo de zombaria se tornou em Glória para Deus. ( ICor.1:23-25).

Tudo que a Igreja Primitiva fazia nao era para a sua glória, pois eles eram guiados pelo Espírito, mais sim para a Glória de Deus (At.3:11-16; 10:25-26; 14:8-15). A glória de Deus era a marca daqueles cristaos (Mt. 5:16; I Cor. 6:20;10.31; II Ts.1:11-12).Charles Swindoll em seu livro A Noiva de Cristo nos diz que Jesus Cristo resumiu toda a sua vida em cinco palavras. “ Eu Te Glorifiquei na terra” (1996,p.30). O mesmo Cristo que no Sermao do Monte, ministrou “Mateus 5:16”, agora em Joao 17:4, Ele resume a sua vida, deixando o exemplo prático para a Igreja Primitiva, na qual também seguiu as suas pegadas e também nos chama igreja do século XXI para fazermos missao urbana sobre o signo da Soli Deo Glória

O Cristo que glorificou o nome de Deus na terra glorificou através do Espírito que conduziu integralmente a sua vida. É neste rastro que entendemos que a igreja primitiva conseguiu glorificar a Cristo, através do Espírito Santo.A Glória do Pai era a mola propulsora da evangelizaçao na Igreja Primitiva. Doutor Russel Shedd em seu livro Fundamentos Bíblicos da Evangelizaçao nos diz que A ordem bíblica de evangelizaçao precisa ser vista no contexto do deleite divino ( 1996,p.13). Esse Deus que se deleita na evangelizaçao é o mesmo que nos chama para participar de um deleite evangelistico soprado pelo Espírito.
Outra faceta que vimos na Igreja Primitiva é que eles conheciam a Oraçao do Pai Nosso “Venha o teu reino seja feita a tua vontade”, nao na forma mecanizada, mais na vivencia diária. A Igreja Primitiva priorizou o Reino de Deus ( Mt.6:10;33-34) e confiou nesse Deus para suprir as suas necessidades básicas ( Mt.6:25-32;At.4:34), porque eles se sujeitaram á liderança do Espírito Santo.

Por causa dessa presença fortalecedora do Espírito Santo á Igreja Primitiva nao se conformou com o fraco tecido moral de sua época, mais ela foi um agente contra cultural e nao intracultural. Eles desejaram que o Espírito de Deus norteasse suas vidas porque aqueles irmaos tinham um alvo glorificar o nome de Deus entre os povos. Eles nao se importaram com as ameaças humanas porque tinham uma meta o Reino de Deus e a glória de Deus, eles seguiram o seu mestre e nao a corrente de sua época. Eles nao foram abalados porque eles ouviam e praticavam a Palavra de Deus e estavam solidificado na Rocha (Mt.7:24-27).
Como bem disse o Sr. Green em sua Tese, nós temos que aprender com esses irmaos da Igreja Incipiente, porque a Igreja de hoje é a herdeira dessas forças revolucionárias que na verdade mudou o mundo nas décadas seguintes a morte e ressurreiçao de Jesus (1984, p.55).
Paulo estava certo em mostrar para a igreja de Corinto que tudo deve ser feito com o tempero santo da glória de Deus, pois só assim a missao da igreja tem a sua força e motivaçao. No capítulo anterior percebemos de maneira sintética que a igreja primitiva influenciou o mundo de sua época porque eles tinham um alvo bem definido “SOLI DEO GLORIA”. ( Somente a Glória de Deus)

Vimos também Paulo convidando a comunidade de Corinto para andar por esse caminho da missao. Agora Deus nos convida cristaos do século XXI para fazermos missao urbana na perspectiva da glória de Deus, pois assim vamos amar os injustiçados, os marginalizados, os feridos, os explorados que vivem na cidade na qual temos que fazer a nossa missao.

A MISSAO URBANA DA IGREJA CAMINHOS PARA VIVER Á VIDA DO ESPÍRITO NUM CONTEXTO DE AFRONTA POIS A MISSAO DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS

Diante de tudo isso que temos visto no que tange a Igreja Primitiva o ensinamento de Paulo para a igreja de Corinto percebemos sem muito esforço que eles dependia exclusivamente do Espírito para o desempenho do seu papel neste mundo. Os primeiros irmaos estavam cientes que a igreja estava a serviço do mundo e esse mundo só poderia conhecer a Cristo por intermédio do evangelismo e da liderança do Espírito. Todavia nós como igreja latina temos que seguir o rastro dos primeiros irmaos e das palavras doutrinárias de Paulo em “ I Coríntios 10.31”, no que tange essa tônica.

O Dr. Samuel Escobar em seu livro Desafios da Igreja na América Latina: História, Estratégia e Teologia de Missoes nos diz que:"Diante dos desafios inéditos para a missao crista no século XXI, os evangélicos latino-americanos necessitam de um impulso renovado do Espírito Santo e de uma leitura nova contextual da Palavra de Deus. Assim, teremos discernimento para entender os sinais dos tempos e participar na Missao do Pai, seguindo o modelo do filho, no poder do Espírito Santo" (1997, p.48)

Proponho diante de todo esse quadro já percebido aqui apontar alguns caminhos para igreja hodierna. De fato ser dirigido e conduzido pelo Espírito e fazer tudo para a gloria de Deus é uma necessidade básica para a Igreja que está sobre o impacto da pós-modernidade. Escobar tem toda a razao de afirmar que os evangélicos latino-americanos necessitam desse impulso renovador do Espírito pois vivemos num contexto de afronta em todos os sentidos.
Os primeiros irmaos viveram também sobre o impacto da cultura greco-romana e num sistema de afronta.

Segundo Gordon Fee o sucesso da Igreja primitiva sobre a cultura reside em primeira instância em sua boas novas centralizadas na vida, morte e ressurreiçao de Jesus e na vida provada do Espírito (1997,p.XIII). Sabemos que essa tarefa de apontar caminhos para igreja hodierna num contexto de afronta nao é simplista, porém temos que fazer confiando na capacitaçao e discernimento do Espírito para a glória de Deus

Em primeiro lugar temos que ser humildes ( Mt.5:3) e reconhecermos a nossa falha como Igreja na bitolaçao ou manipulaçao do Espírito. A Igreja precisa lavar as roupas sujas nao no tanque do mundo, mas no sangue de Cristo (Jo. 1.29) e se arrepender. Temos que reconhecer o nosso pecado de negligencia missionária integral ( I Jo.1:8-10) e a nossa falta de senso no que tange a Soli Deo Gloria e o realismo da missao urbana.

Em segundo lugar temos que entender que nós servimos a um Deus Santo que nos chamou para sermos diferentes deste mundo ( Mt.6:8) e celebrarmos a integridade a qualquer preço (Mt.5:20). Para nós permanecermos íntegros temos que viver debaixo da direçao do Espírito e glorificar a Deus só assim cumpriremos a nossa tarefa de evangelizaçao e da missao urbana.

Em terceiro lugar para nós vivermos uma vida de glória a Deus e uma vida cheia do Espírito e sobre o seu domínio temos que romper com o casulo de tudo aquilo que o mundo busca que está embebedando a Igreja como fama, status, dinheiro, ibope, crescimento, marketing, notoriedade etc .Na verdade o que temos que entender é que fomos chamados para encarnamos uma vida de estilo simples (Mt. 6:25-32) e nao de opulencia (Mt.6:19 e 32), através do Espírito e cumprir a nossa tarefa de levar pessoas á Cristo. Temos que entender que nós fomos chamados nao para implantar o nosso reino aqui na terra, mas o Reino de Deus entre os homens, pois é esse o exemplo que os primeiros irmaos em Atos dos Apóstolos deixaram para nós e que Paulo falou para os irmaos de Corinto “ Façais tudo para a Glória de Deus” ( I Cor. 10.31)

Em quarto lugar temos que entender que o nosso relacionamento com Deus nao pode ser na esfera do utilitarismo, da vantagem, mas o nosso relacionamento com Deus tem que ser de profunda gratidao por tudo que Ele é e por tudo que ele fez por nós através de Cristo e do Espírito. Por tudo isso nós somos impulsionados a proclamar o Seu Reino (Mt. 6:33), porque como igreja, sabemos como é bom ser súdito desse Rei e como é bom ser guiado pelo seu Espírito. Sabemos também que esse Rei nos sustenta (Mt. 6:25-32), nos protege e nos ama (Mt.7:9-11). Como Igreja, temos que ter em mente que Jesus Cristo nao fica impressionado com os nossos afazeres e com as nossas habilidades ( Mt.7:15-23), mas Ele se agrada com a nossa priorizaçao, encarnaçao da Verdade sujeiçao ao Espírito Santo e vida que glorifica o Pai em tudo.

Em quinto lugar a Igreja tem que ter a convicçao de sua identidade (Mt.5:13-14), porque essa identidade gera responsabilidade e estabelece a contracultura .As pessoas buscam, fama, glória, poder, dinheiro e status etc. Porém, uma Igreja que tem convicçao de sua chamada e missao nao vai buscar isso, mas ao contrário, irá buscar a glória de Deus o direcionamento do Espírito para fazer o nome de Cristo conhecido entre os homens (Mt.5:16). Temos que celebrar a nossa identidade de sermos Sal e Luz (Mt. 5:13-16) , Baluarte da Verdade, Guardadora da Verdade Praticadora da Verdade (Mt.7:24-25) e anunciadora da verdade ( Mt.28). Como bem disse Stott, o sal cristao nao tem nada de ficar aconchegado em elegantes e pequenas dispensas eclesiásticas; nosso papel é o de sermos esfregados na carne, para impedir que apodreça e glorificarmos o nome de Deus ( 1993,p.57). E tudo isso é através do Espírito Santo

Em sexto lugar o mundo Pós-Moderno só vai ouvir pessoas que tem convicçao daquilo que está proclamando e essa convicçao só vem através do Espírito e isso tem dimensoes profundas, porque sai da esfera teórica (Mt.7:26-27) e desemboca na prática (Mt.7:24-25) e na transparencia , na celebraçao da verdade (Mt.5:3-12), na prioridade e no despojamento de tudo o que nao é de Deus e que nao glorifica a Deus.

Em sétimo lugar a Igreja nao pode relativizar a Palavra de Deus por causa do sucesso do pragmatismo excentrico e nem pelas afrontas desse mundo. Para Stott no seu livro Ouça o Espírito, Ouça o Mundo, nós nao podemos ser como varas sopradas ao vento, nao podemos de maneira alguma nos curvar diante dessa sociedade com sua avareza, seu relativismo, sua rejeiçao ao absoluto. Pelo contrário, temos que ficar fiel a Palavra de Deus (1997, p.184). A Palavra de Deus é absoluta verdade e. ela nao pode de maneira alguma ser sacrificada pela Igreja no altar da Pós-Modernidade mas sim ela tem que ser vivificada pelo Espírito para que possamos levar as boas novas para um mundo perdido, confuso em trevas.

Em oitavo lugar o mundo precisa visualizar que a Igreja de Cristo tem sua plena fundamentaçao nao nas riquezas desse mundo mas em Deus .O mundo tem que notar que a Igreja de Cristo nao é opulenta, mas ela encarna um estilo de vida simples. O Supremo Bem, que a Igreja percorre em alcançar como valor, nao é temporal, mas eterno Essa geraçao tem que saber que a Igreja de Cristo chamada para ser Sal e Luz deste mundo, nao precisa de amuleto ou fetichismo, mas ela desenvolve uma piedade crista relacional e nao utilitária com Deus Pai, revelado por Cristo por intermédio do Espírito Santo.

Em nono lugar a Igreja de Cristo que vive sobre a liderança do Espírito deve ser conhecida como a Comunidade do perdao, da oraçao, do amor, do afeto, da verdade, da alegria, da contraculturaçao, da unidade, da evangelizaçao, do anúncio, da cooperaçao, da justiça e da missao. Se esses ingrediente nao estiverem na comunidade da fé ela pode Ter tudo mais o principal ela nao tem que é Espírito e a Glória divina.

Em décimo e último lugar Sabemos que nós como cristaos contemporâneos vivemos num mundo, relativista, secularista e pluralista, porém temos que deixar bem claro para essa geraçao a Unicidade de Jesus Cristo, porque só Ele é Senhor (Kyrios Iesous) e Salvador foi isso que a igreja primitiva fez por intermédio do Espírito em sua esfera evangelistica. Como bem disse Stott, negar a Unicidade de Jesus Cristo para essa geraçao é extirpar o nervo de sua missao, tornando supérflua (1997, p.358). A igreja dos irmaos por intermédio do Espírito e impulsionados pela glória de Deus celebrou o senhorio de Cristo entre os povos. Olhando para tudo isso chegamos uma conclusao simples: O foco e o motivo da missao urbana da igreja é glorificar a Deus em tudo, pois como disse o missiólogo urbano Paulo “ Quer, comais ou bebais ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus ( I Co.10.31).


Jesus Cristo e a Glória de Deus: Rompendo Barreiras e Fronteiras.

O apóstolo Paulo sabia que o seu Senhor Jesus Cristo viveu neste mundo para a gloria de Deus e sua missao foi marcado a ferro e a brasa sobre essas palavras “ Soli Deo Gloria. O amor que ele devotava pela a humanidade e a lucidez que ele tinha do seu ministério sobre a direçao do Espírito Santo e do relacionamento com Deus é a mola propulsora para missoes.

Ele rompeu barreiras e fronteiras. Ele tanto sabia conversar com a pessoa mais culta como sabia conversar com uma mulher desprezada a beira de um poço.
Ele sabia participar dos grandes banquetes, como sabia ficar tres dias no povoado de Samaria com pessoas simples. Ele sabia pregar para uma multidao, como sabia atravessar o mar da Galiléia e se encontrar no sepulcro com um endemoninhado gadareno.

Ele tanto sabia falar para um publicano Zaqueu descer da árvore, como sabia dizer para um príncipe do povo chamado Nicodemos que é necessário nascer de novo e para um mendigo o que queres que eu te faça .

Cristo rompeu barreiras e se encontrou com o descamisado da sua época com a prostituta, com o fariseu, com os necessitados e com os aflitos e isso denota para nós como igreja a sua missao integral, Ele amou essas pessoas e por causa do seu intenso amor para com o Pai e para com os homens ele morreu na cruz. Cristo nos mostra um caminho seguro, para comunicarmos a sua Palavra, a essa geraçao pós-moderna que morre de inaniçao, por Deus. O caminho seguro é ele mesmo que foi conduzido pelo Espírito para a diversidade da missao e a eficácia da missao.

A igreja de Cristo deve romper as barreiras e as fronteiras e se apresentar para essa geraçao como Sal e Luz, como guardadora da Verdade e praticadora da Verdade e acima de tudo deve ser a Igreja da Presença, ou seja, da presença fortalecedora e capacitadora do Espírito. Ela deve ir aonde Cristo foi, deve romper as barreiras e anunciar Deus.

Cristo tinha um alvo no seu ministério o seu escopo era a glória de Deus. O que vemos muitas vezes é a exaltaçao do homem em detrimento a exaltaçao de Deus. A Igreja nao pode se embriagar com a proposta do evangelho humanista de ser rica, famosa de angariar status da sociedade, mas ela deve romper com status quo e se preocupar exclusivamente com a glória de Deus no direcionamento do Espírito Santo.

Pensando assim ela irá romper as barreiras porque ela nao está interessada naquilo que o homem pode dar como: dinheiro, propostas, glória, fama ,intelectualidade etc., mas ela está interessada em levar pessoas a conhecer á Cristo o Senhor absoluto É isso que a igreja primitiva deixou de herança para os seus irmaos mais novos. Que Deus seja louvado na nossa geraçao como foi na comunidade dos primeiros irmaos.

O mundo tem que ver que a Igreja de Cristo chamada para ser Sal e Luz e Baluarte da Verdade, tem uma Palavra profética nao vindo dela, mas de Deus, para solucionar as inquietudes do homem integral. Muitas Igrejas tem adotado Laissez Faire, ( Apatia e indiferença), em vários setores tanto no campo social, político até em coisas insignificantes. Várias Igrejas tem se calado, mas tem feito muito barulho dentro do seu quadrante, todavia a Igreja que vive fundamentada na Palavra de Deus e na direçao capacitadora do Espírito de maneira alguma pode silenciar diante do coraçao gritante do homem pós-moderno, que olha para a Igreja na esperança de dias melhores.

Urge a hora que nós como Igreja de Cristo temos que romper com o casulo do Laissez-Faire “com o Mundo, com a Igreja e com o Espírito” e encarnamos a nossa identidade como Sal e Luz, inserida no Sermao do Monte na dinâmica do Espírito plasmado no Evangelho e de maneira clara na vida de Jesus Cristo, também em Atos e nas Epístolas. Só assim as pessoas poderao dizer o que o apóstolo Paulo falou aos Romanos 11:36 A Ele seja a glória para sempre! Amem.

Quero finalizar essa reflexao pensando naquilo que o teólogo já falecido Orlando Costas falou.

"Se o cristianismo atual nao quiser ser reduzido a uma peça de museu, um objeto do passado, um cadáver ou um alegre clube religioso, ele precisa recuperar a urgencia de proclamar tres coisas: o nome de Jesus, a natureza radical do reino de Deus e o chamado a arrependimento e fé" (Apud, Escobar, 1997, p.92)

Costas tem toda a razao em falar dessa maneira energética, pois a história da igreja nos mostra ainda os museus cheios de peças evangélicas relegadas ao passado. Também temos observado o grande perigo da igreja entrar num estado cadavérico ou de clube religioso. Toda essa ameaça deriva daquilo que Costas constatou. A igreja hodierna nao pode perder esses expedientes de vista e nem negociar esses valores cristaos. Sabemos, porém que para a Igreja nao perder isso de vista ela nao pode perder de vista o Espírito que fortalece e capacita a igreja para se manter pura. E diante dessa certeza o próprio Espírito sempre vai lembrar e impulsionar a Igreja para a sublime Missao, pois a missao da igreja é glorificar a Deus em tudo.

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ESTUDO REALIZADO PELO PASTOR CARLOS AUGUSTO LOPES.
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CARLOS AUGUSTO LOPES
pastor,teólogo, professor de teologia, pensador cristão e historiador social


Na foto Pastor Carlos Augusto Lopes e o Doutor Russell Shedd, no Congresso de Teologia, Sociedade e Fé em Tubarão Santa Catarina

Um comentário:

Cantora e Compositora Débora Roseane disse...

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