segunda-feira, 31 de outubro de 2011

A NOITE DE SÃO BARTOLOMEU: O LADO SOMBRIO DA HISTÓRIA DA IGREJA NA FRANÇA.


Após o advento da reforma protestante por volta de 1500 realizado por “Martinho Lutero, Martinho Bucer, Zuínglio e João Calvino” muitos outros acontecimentos surgiram na idade média que marcaram o movimento protestante separando ele do sistema rígido católico.

Um desses acontecimentos foi marcado por muita dor, muito sofrimento, injustiça e muito derramamento de sangue que marcou para sempre o mundo evangélico. Esse fato histórico é chamado “A Noite de São Bartolomeu”. Ser cristão neste período da história era sinônimo de fé, coragem , sofrimento,desprezo e fidelidade a Deus.

Depois de dois anos do conhecido tratado de paz de “Saint German” promulgado 1562, quando Catarina de Médici ofereceu trégua aos servos de Deus no país da França onde a reforma protestante tinha chegado e feito muitos convertidos.

Os crentes mesmo com este tratado ilusório não poderiam ter templos e eram restritos em sua liberdade de culto. Este decreto mediciano não teve durabilidade e várias guerras contra os crentes franceses aconteceram como em 1567, 1568, 1569 e 1570.

Depois disso numa trama política de interesses iníquos foi decretado a matança dos crentes franceses chamados de “Huguenotes”.

Em 1557 crentes franceses enviados por Calvino o reformado genebrino fugiram da França e vieram para o Brasil sendo a primeira leva de pastores, teólogos e missionários que trouxeram o evangelho puro para a nossa nação no início do descobrimento.

Mesmo assim muitos deles foram massacrados na Ilha de Guanabara no Rio de Janeiro onde hoje tem um monumento em homenagem a esses mártires cristãos.

O historiador cubano “Justo L. Gonzalez” em seu livro a “Era dos Mártires”, conta com detalhes o massacre da noite de São Bartolomeu e mostra quão hediondo foi este ato.

A matança coletiva dos crentes que não negaram a sua fé começou em Paris e se espalhou por várias províncias. Essa perseguição tinha um único objetivo destruir a fé evangélica no pais da França.

Na madrugada de domingo de 24 de agosto de 1572 o dia de São Bartolomeu os sinos da igreja Saint German-L’Alxerrois tocaram, pois este era o sinal para a matança dos crentes franceses que durou até outubro e se espalhou por várias cidades como Toulose, Lyon, Orleáns, Bordéus etc.

Nas ruas começaram a carnificina, a desordem, o absurdo, as mortes violentas, as injurias, gemidos de dor, homens, crianças e mulheres cristãs são mortas com requinte de crueldade, por espancamento, por fome e frio.

Eles foram perseguidos pelas ruas, montes, vales como se fossem animais. Os historiadores da igreja dizem que a matança chegou na casa dos cem mil crentes chamados de huguenotes.

Os corpos boiavam pelos rios durante meses de modo que ninguém comia mais peixe. O papa Gregório XIII sabendo da matança dos crentes muito se alegrou e mandou fazer uma medalha de comemoração.

O historiador A. Almeida diz que todos os reis que se envolveram nesta matança a mão de Deus pesou sobre eles. Após longos anos de perseguição através de Luís XIV os crentes franceses migraram para vários países da Europa e América todavia não negaram a sua fé em Jesus Cristo eles foram fiéis até a morte e viveram de maneira digna e íntegra diante de Deus e dos homens suas vidas e posturas até hoje falam.

Que possamos aprender com esses crentes fiéis ao Senhor a lutar pela fé evangélica, louvando e celebrando o nome do Senhor todos os dias das nossas vidas. Vivemos épocas de grande confusão teológica, doutrinária etc. Como cristãos autênticos devemos pela graça do Senhor ser fiéis em tudo nao importando as perseguições contemporânea que tem diversos caracteres. Devemos levantar a bandeira da fé em Cristo e deixar transparecer em nossas vidas o nosso amor pelo nosso Senhor e pela sua igreja.

PASTOR CARLOS AUGUSTO LOPES
Teólogo

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