Vivemos uma época onde muitas pessoas tem trocado a vida de relacionamento íntimo com Deus pelas bagatelas deste mundo. Muitas pessoas se relacionam com Deus somente nos cultos na igreja e o resto do tempo ficam longe do banquete divino da intimidade com Deus. Não é a toa que vários cristãos vivem uma vida seca, árida confusa e infiel.
Muitos já nem lêem mais a Bíblia, nem gastam mais horas em oração e não nutrem mais uma vida de consagração. Tem muitos filhos de Deus que jamais jejuaram e outros que antes jejuavam e agora já não jejuam mais. Seria o jejum algo importante? Seria o jejum algo que saiu de moda? O que a Bíblia fala sobre o jejum? Por que eu devo jejuar? Como eu devo jejuar?
Essas é varias perguntas surgem na vida de muitas pessoas que precisam de resposta bíblica para o bom andamento da vida cristã prática. Quando abrimos a Bíblia percebemos o quanto a palavra de Deus fala a respeito do Jejum tanto no Antigo Testamento como no Novo Testamento. O apóstolo Paulo mesmo afirmou que jejuou muitas vezes (II Cor.11.27).
O jejum não é somente ausência de alimento mais profunda convicção da dependência divina, profunda convicção de arrependimento, profunda convicção de humilhação diante de Deus o Todo Poderoso, profunda convicção que Deus se move de maneira abundante entre o seu povo entre a sua igreja.
O profeta Joel convoca o povo no Antigo Testamento para jejuar. Ele diz: “Promulgai um santo jejum, convocai uma assembléia solene, congregai os anciãos, todos os moradores desta terra, para a casa do Senhor, vosso Deus, e clama ao Senhor” (Joel.1.14).
Da mesma forma aconteceu com os moradores de Nínive diante da situação crítica que elas estavam vivendo eles promulgaram um jejum “Os ninivitas creram em Deus, e proclamaram um jejum, e vestiram-se de panos de saco, desde o maior até o menor” ( Jonas 3.5).
Quando o grande líder Neemias que edificou os muros de Jerusalém soube que a cidade estava em grande miséria, tristeza e desprezo como homem de Deus diz a Bíblia que ele jejuou “Tendo eu ouvido estas palavras, assentei-me, e chorei, e lamentei por alguns dias; e estive jejuando e orando perante o Deus dos céus” ( Ne.1.4).
Todos esses textos clássicos na Bíblia mostram o quanto precisamos ter uma vida de consagração diante de Deus. Vivemos momentos delicados como povo de Deus, precisamos erguer juntos o altar da oração e do jejum de fato todos nós queremos que Deus nós encha com a sua graça e nos use com o seu poder. Assim como é salutar nos encontrarmos para as festas na igreja e nos confraternizarmos na comunhão dos santos com comida,alegria e regozijo também é primordial a igreja num só propósito se reunir em jejum e oração para buscar a Deus em Espírito e em Verdade.
Dr. W.L. Duewel nos lembra alguns pontos da prática do Jejum e da oração.
1) O Jejum aprofunda sua humildade ( Es.8.21;Sal.35.13;I Pe.5.6; II Cr.7.21;Tg.4.10; I Pe.5.5.)
2) O Jejum aprofunda sua fome pela presença e pelo poder de Deus, e pelas respostas á oração
3) O Jejum aumenta sua conventração na oração. O erudito bíblico Dr. Andrew Murray diz que a oração precisa do jejum para o seu desenvolvimento completo e perfeito
4) O Jejum solidifica sua determinação e convicção.
5) O Jejum alimenta sua fé.
6) O Jejum abre o seu coração para que o Espírito Santo o toque, o encha e o use mais completamente, pois deixamos de lado o tangivel e esperamos os recursos celestiais e na graça do Senhor.
7) O Jejum adiciona fogo á sua sinceridade e zelo.
Nós da ADI Estaremos orando e jejuando durante 21 dias de forma contínua em prol da obra do Senhor . Todos os líderes, obreiros, membros, jovens, adolescentes, casados, anciões etc. devem participar desta proclamação. O programa do jejum e da oração será da seguinte forma: Você faz a sua última refeição a noite e entrará em jejum até o outro dia entregando na hora do almoço. Durante este período você estará orando, buscando a Deus em prol da sua vida, sua família, igreja, presbitério, congregações, cidade, saúde, salvação, avivamento, restauração, confissão de pecado etc. Cremos que serão dias de grande avivamento por parte de Deus.
O Estudo sobre Jejum e Oração na Visão Bíblica Continua na próxima semana e durante todo este tempo de consagração. Iremos ver o que é o jejum santo e também os falsos jejuns que tem caracteres puramente humanista e de obras de homens. Confira a teologia Bíblica do jejum e da Oração como também suas nuancias na história eclesiástica.
Reflexão em João Calvino teólogo genebrino
" Ao orarmos, portanto, somos obrigados a penetrar naquelas riquezas que estão entesouradas para nós e que estão junto ao nosso Pai Celestial. Pois há um tipo de comunicação entre Deus e os homens, pela qual estes adentram ao santuário celestial, e diante dele apelam para que se lembre de suas promessas. (...) Por isso, o Apóstolo, para mostrar que a fé desacompanhada de oração a Deus nao pode ser genuína, estabeleceu esta ordem: como a fé provém do Evangelho, assim pela fé nossos corações são instruídos a invocarmos o nome de Deus (Rm.10.14)".
Extraído do belíssimo livro do reformador João Calvino - "O Livro de Ouro da Oração" - Editora Novo Século
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo
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