sábado, 16 de maio de 2009

HÁ NO HOMEM UM VAZIO DO TAMANHO DE DEUS .

Quando o romancista russo Fiódor Dostoievski (1821-1881) disse que havia dentro do homem um vazio do tamanho de Deus, referiu-se tanto à necessidade que o ser humano tem do seu Criador, como à idéia que o Criador colocou em sua criatura acerca de Sua existência. O espírito humano leva consigo o pressentimento da existência de um Ser supremo e divino.

'Para onde me irei do teu Espírito?" pergunta o salmista. 'Para onde fugirei da tua face? Se subir ao céu, tu aí estás; se fizer nas profundezas a minha cama, tu ali também estás. Se tomar as asas da alva, se habitar nas extremidades do mar, ainda ali a tua mão me guiará e a tua destra me susterá. Se eu disser: decerto que as trevas me encobrirão, e a noite será luz à roda de mim, nem ainda as trevas serão escuras para ti; a noite resplandece como o dia, pois as trevas e a luz são para ti a mesma coisa" (Salmo 139:7-12).

A idéia da existência de Deus é o princípio e o fim da nossa carreira terrestre, é um arco-íris celeste que se alteia sobre a nossa existência. Como o deslizar das águas de um imenso rio, o tempo passa, levando consigo as gerações humanas que se sucedem umas às outras; porém, imutável sobre o incontável número de seres humanos que desaparecem, ficam a idéia e a certeza da existência de Deus, brilhando como um Sol no céu do Universo, proclamando sempre ao homem: "Eu sou o Senhor teu Deus..." (Deuteronômio 5:6).

Percorramos a terra em todas as direções, onde quer que ela seja habitada; atravessemos as imensas planícies da Ásia; voltemos no tempo e caminhemos até os lugares onde viviam os primitivos habitantes do mundo; entremos nas humildes moradias dos primeiros descendentes de Adão; subamos até as regiões polares, ou penetremos nos escaldantes desertos da África: em qualquer lugar onde houver um ser humano respi¬rando, por mais selvagem que ele seja, os seus olhos não deixarão de se elevar para o Céu, em reconhecimento daquele que tudo criou!

Em qualquer lugar onde se fale uma língua humana, por mais inculta e pobre que seja, nela sempre aparecerá um nome: Deus. Ora, essa idéia da existência do Criador espalhada na consciência de todos os povos nos leva a concluir que um sentimento comum a todos os seres humanos não pode ser falso.

Aristóteles já dizia que "o que é inerente à essência, é universal: tudo quanto o homem tem instintivamente por verdadeiro, é uma verdade natural". E por esse motivo que o ateísmo, ou seja, a negação da existência de Deus resultante de uma convicção clara e deliberada, é um fenômeno isolado, uma degeneração da consciência do homem, mas nunca a expressão geral da humanidade.


Extraído do livro Provas da Existência de Deus,Jefferson Magno Costa

Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo

Um comentário:

Thaty Andrade disse...

muito bom! gloria a Deus