sábado, 4 de abril de 2009

REDESCOBRINDO A ECLESIOLOGIA PARA O DESENVOLVIMENTO SADIO DO MINISTÉRIO CRISTÃO.


Escrevo-te estas coisas esperando ir ver-te em breve; para que, se eu tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade. (II Tm 3.14-15)

A igreja é algo tão profundamente escondido, que ninguém pode ver ou conhecer, mas apenas compreender e crer no batismo, na ceia do Senhor e na Palavra (Martinho Lutero)

“Grande
é este mistério, mas eu me refiro a Cristo e à igreja” (Ef.5.32)


A igreja evangélica brasileira tem experimentado ao longo desses anos um crescimento em sua estrutura eclesiástica. Esse “crescer”, evangélico em solo brasileiro tem causado “Admiração” e “Preocupação”.

Admiração em ver uma colheita vertiginosa nessas últimas décadas. Alguns dizem que isso é um avivamento outras não são tão otimistas assim, todavia a igreja evangélica em termos numéricos cresceu e sua visibilidade é percebida hoje na nossa brasilidade.

A igreja saiu do anonimato para as fileiras do sucesso abarcando em sua estrutura não somente um aglomerado de pessoas, mas também uma potencialidade mercadológica onde tudo é somatizado em tom de mercado, consumo evangelical, práticas humanistas etc.

Pesquisas feitas apontam que as literaturas dirigidas para pastores nessas duas décadas tem sido dominadas por técnicas empresariais, ciências de comportamento recentes, novas técnicas de reciclagem e muito pouca herança bíblica e histórica.
Existe de fato uma grande “preocupação”, com a igreja evangélica no Brasil e o ministério genuíno. Longe do triunfalismo, do modismo e das mega estatísticas, muitos pastores, teólogos, missiólogos, estão preocupados com o movimentar dos eclesianos e do adendo pastoral.

A igreja não pode jamais se envolver com a cultura da nossa época ele deve ser bíblica e contra cultural, deve ser relevante porém essencial. Temos visto hoje uma minimização do ministério bíblico em muitas igrejas brasileira. Devemos de fato através da palavra “ sola Scriptura” ( Somente as Escrituras) reformar o tecido da igreja na nossa terra tupiniquim sem a qual estaremos traindo a Deus e a nossa geração.

Dr. Russel Shedd que esteve ministrando na nossa igreja aqui em Tubarao Santa Catarina e também para os pastores e líderes da região sul do Brasil em seu livro O Líder que Deus Usa: Resgatando a Liderança Bíblica para a igreja no Novo Milênio, nos mostra de maneira profunda quem são as pessoas que Deus quer usar nesta época difícil que vivemos como cidadão do mundo e também como igreja. Ele alista de forma didática alguns pontos que são de suma importância para a comunidade local. O crente que Deus quer usa dever ser:

1) “Perseverante”, 2) “Viver uma vida Santa”, 3) “Ser cheio do Espírito”, 4) “Ser sábio”, 5) “Ser um homem de fé e de amor”, 6) “Ser servo”, 7) “Ser marcado pela visão de Deus”, 8) “Ser uma pessoa de valor”, 9) “Ser uma pessoa com motivação santa”, 10) “ Ser grato”, 11) “Ser Humilde”, 12) “Ser um Aprendiz”, 13) “Ser um homem com interesse no Reino”, 14) “Ser Otimista”, 15) “Ser um Homem de Oração Perseverante”. Para o Dr. Shedd esses requisitos mostram a vida de piedade que tanto precisamos no Brasil Contemporâneo.

Ele também mostra o perigo quando uma pessoa esta fora dos padrões estabelecidos por Deus. Nada é tão anti-bíblico e complexo quando uma pessoa que se diz cristã nutre no tecido do seu ministério: 1) “A incredulidade”,2) A “inconstância’, 3) O “desânimo”, 4) A “estagnação”, 5) A ‘inveja’, 6) A “soberba”, 7) A ‘falsidade’ 8) A ‘falta de equilíbrio’, 9) A “ falta de transparência”, 10) A “ falta da integridade”

Todo pastor e líder deverá prestar contas a Deus da sua atividade pastoral (Hb.13.7), ele esta incumbido de pastorear com critério santo o povo de Deus ensinando as verdades divinas ( At. 20.18; At.20.20; I Pe.5.2). Ele deve focar seu ministério não em modismo mais no ensino sadio para o crescimento do povo de Deus.

O pastor e líder no Brasil contemporâneo deve margear a sua supervisão segundo as Escrituras ( At. 20.28;I Tm. 3.2; I Tm.5.17; Tt. 1.9; I Pe.5.2). O governo dos líderes da igreja junto ao rebanho do Senhor não é como os líderes deste mundo mas ele segue o padrão divino ( Mt. 20.25-26; I Tm. 5.17; Hb.13.17,24; I Pe.5.3).

O líder segundo o modelo bíblico deve desenvolver uma vida de auto vigilância ( At. 20. 31; I Tm. 4.16) e de convicção que o rebanho não pertence a ele mas ao supremo pastor das nossas almas ( At. 20.28). Ele também deve ter ciência dos falsos mestres que se infiltraram nas fileiras dos santos ( At. 20.29-30) esses mestres serão seguidos por pessoas que rejeitam a sã doutrina abraçando fábulas humanas e doutrina de demônios ( I Tm. 4.1-3; II Tm.4.3.)

Por isso o líder cristão deve capacitar outros líderes para a santa obra do Senhor (II Tm.2.2). O pastor segundo Deus deve viver uma vida de piedade ( I Tm.4.7; I Tm. 4.16; I Tm. 4.8; 6.3; II Tm.2.3-5; I Co.9.27) e deve ter uma vida de integridade e de caráter marcado pela piedade ( I Tm.3; Tt.1). Para o líder cristão se munido da verdade cristã ele deve ser marcado pela Bíblia ( Cl.3.16) e desejar conhecer a Deus ( Jer.9.21; Fp.3.8-10).

Ele sem dúvida será um bom manejador da verdade divina (II Tm.2.15; Ef.6.17; Hb.4.12) e trará gloria para Deus ( I Co.10.31), pois estará lutando em prol da verdade divina frente as pseudas falácias que estão no ministério excêntrico anti cristão ( Jd.3). O líder cristão deve ser um homem de oração (II Cr. 7.13,14; At.6.4; Ef.1.3;; Ef. 1.15-23 Cl.1.10; I Pe.5.7)

O líder hodierno é convocado por Deus para viver a vida ministerial de acordo com a sua vontade santa. Ele deve “ Apascentar” o rebanho de Deus ( At.20.28; I Ped.5.2). Deve “ Fornecer supervisão espiritual ( At. 20.28; Tt.1.7). Deve liderar como “ Homem de Deus amadurecido ( At.20.17; Tt. 1.5; I Pe. 5.1) e deve ser “ Fiel como despenseiro do ministério divino ( Tt. 1.7)

O pastor “poimen”, deveria cuidar do rebanho e se esperava da parte do pastor que ele trabalhasse com “critério”, “paciência”, “cautela” e “honestidade” na sua função. Ele deveria cuidar do seu rebanho, guiar o seu rebanho , suprir o seu rebanho e proteger o seu rebanho de ovelhas dos inimigos “ lobos”.

Essa figura do pastor como aquele que guia, cuida, protege, ajuda, corrige é classicamente aplicada para Deus junto ao seu povo ( Sal. 23;Is.40.11; Ez.34.31; Mq.7.14; Zc.10.3; Sl.79.13; 95.7; 100.3). Todo pastor e líder deve ter como protótipo nao o humanismo ministerial mais a Bíblia como plataforma ministerial tripartiti na qual nos dá o inicio o meio e o fim e esse inicio meio e fim deve ser marcado pela soli Deo Glória e pela sola Scriptura. ( só a Deus a Glória e somente a Escritura Sagrada).

extraído da tese de mestrado do pastor Carlos Lopes sobre Teologia Poemenica no Brasil Contemporaneo

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