Dizem que mãe é como luz sentimos sua falta quando se apaga. Eu fui criado numa casa de 13 irmãos. Ali no ninho da família “ Lopes” eu percebi muitas coisas bonitas vindas de uma mãe que com garra, dificuldade, simplicidade criou com amor e carinho os seus filhos.
Todo lar sadio tem em sua mãe a sua referencia, pois a mãe educa, injeta amor, disciplina, da carinho, sabe dizer não e também dizer sim, é protetora, amiga, provedora, criativa, luta pelo pão cotidiano, faz do lar algo renovador, restaurador a ponto de produzir saudade naqueles filhos que agora nem moram mais ali pois o ciclo da vida arquitetada pelo próprio Deus faz a gente também construir família.
Quando casei senti falta da comida da mãe esse fenômeno é natural pois criado a vida inteira ao lado da mãe sem dúvida senti falta do tempero e do cheiro que só a panela da mãe produz. O marido para compensar e não brigar com a esposa inventa então de comer na casa da sogra.
A sogra é óbvio é mãe da sua esposa logo a palavra “mãe” sempre vai ser o elo de ligação entre os dois mundos: “marido com saudade da comida da mãe e se adaptando a comida da esposa” e “ esposa também com saudade da comida da sua mãe se adaptando agora com a vida de casada”
Todavia nós sabemos que a comida das nossas mães é só um xamarisco para nós nos lembrarmos do carinho , do afeto, da amizade da proteção do incentivo do lar materno e paterno que sempre nos dá saudade. Sim saudade da infância, das broncas, das famosas surras, do não, do sim e por aí vai.
O poeta “ Luís Guimarães” escreveu um poema que retrata muito. “ A visita á Casa Paterna” ele diz: “ Como a ave que volta ao ninho antigo, Depois de um longo e tenebroso inverno, Eu quis também rever o lar paterno, O meu primeiro e virginal abrigo: Entrei (...), Era esta a sala... (Oh! se me lembro!e quanto! ) Em que dá luz noturna á claridade Minhas irmãs e minha mãe ... O pranto (...) Chorava em cada canto uma saudade.
O famoso poema “ Meus Oito Anos” do célebre “ Casimiro de Abreu” também retrata isso “ Oh! Que saudades que tenho, da aurora da minha vida, Da minha infância querida. Que os anos não trazem mais! “Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tarde fagueiras Á sombra das bananeiras, Debaixo dos laranjas”.
Essa brincadeira aqui de sentir saudade da comida da mãe é consolo para as nossas esposas, pois os nossos filhos quando casarem vão de vez enquanto estarem de volta ao doce lar com “ saudade da comida da mãe”, e assim á vida segue até a volta de Cristo.
Todos os filhos que hoje não tem mais a sua mãe sabe que falta ela faz. Outro dia desses conversando com um Senhor de 70 anos ele me revelou que ainda tinha saudade de sua mãe, de sua infancia e daquela época que não volta mas.
Com toda certeza a mãe é uma dádiva divina. Nada pode roubar essa preciosidade chamada mãe, nem o capitalismo selvagem, nem o liberalismo oco, nem o modismo hermético. Vivemos hoje momentos aonde muitos filhos nao tem demonstrado amor para com seus pais, eles são atrevidos com a mãe, respondões, insubmissos, provalecidos,rebeldes, não dão carinho, nem o amor devido aquela mulher que é anjo de Deus para a sua vida.
Na cadeia e no giro da malandragem os próprios bandidos não perdoam bandido que mata a mãe como fez o imperador Romano “ Nero” , pois eles sabem que no final de tudo é a mãe que eles podem contar.
Mãe é jóia rara, perfume suave, rosa em meio aos espinhos, é água fresca em tempo de calor é cobertor em tempo de frio. A Bíblia está coberta de razão quando diz que os filhos devem honrar pai e mãe. Deus vai mais longe nessa verdade e diz que aqueles que honrarem seus pais ele vai prolongar os seus dias sobre a terra.
Encerro este tributo as mães contando a famosa história de Bradley, que aqui num tom brasileiríssimo irei chamar de "João".
“ Joãonzinho"sempre fazia serviço para sua mãe porém um dia na hora do café ele colocou um bilhete dizendo que sua mãe tinha uma dívida para pagar para ele. O bilhete dizia: Mamãe me deve para mim: Por levar recados 6 reais. Por tirar o lixo 4 reais, por varrer o chão 4 reais, mais hora extra 1 real. Total que mamãe me deve 15 reais.
A mãe leu aquilo e não acreditou porém, também escreveu um bilhete para ele. Meu filho João deve a mamãe: Por ser boa para ele "Nada", Por cuidar da sua catapora "Nada", Pelas camisas, sapatos e brinquedos "Nada", pelas refeições e pelo lindo quarto "Nada".
Total que João deve a mamãe “ Nada” . O menino João “ficou envergonhado e devolveu o dinheiro para a sua mae e a partir dali começou a ajudar a mae por "amor” .
Filhos amem a sua mãe, pois Deus vai te abençoar e você será feliz. Amar a sua mãe não é reduzir somente em presentes mais em amor, respeito, dedicação, honra, cuidado, carinho, amizade e ajuda. “ Que possamos sempre voltar como Ave ao Velho Ninho”.
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo