sexta-feira, 23 de setembro de 2011
O PROPÓSITO BÁSICO DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS EM TODAS AS COISAS.
A IGREJA PRIMITIVA COMO PROTÓTIPO PARA A MISSAO E PARA A GLÓRIA DE DEUS.
Um dos grandes legados deixado para a cristandade sem dúvida é o livro de Atos dos Apóstolos. Esse livro é o elo de ligaçao entre os Evangelhos e as Epístolas. David Williams diretor interino da Faculdade Ridley, da Universidade de Melbourne, Austrália, nos diz que Atos dos Apóstolos é o único registro autentico de que dispomos dos primeiros anos da história da igreja.
Williams diz ainda que se o livro de Atos fosse perdido, nada haveria que lhe tomasse o lugar, pois o resto do Novo Testamento ficaria diante de nós em dois fragmentos desconjuntados, porque Atos é a ligaçao entre os Evangelhos e as Cartas (1996, p.12)
No livro de Atos dos Apóstolos, vimos os primeiros passos da Igreja Incipiente, e esses passos eram dirigidos pelo Espírito Santo que os fortalecia e os capacitava.
O catedrático em exegese do Novo Testamento I. Howard Marshall nos diz que:
"O livro, depois de descrever como o dom do Espírito equipou os discípulos de Jesus para a obra deles, continua, contando a história emocionante do início da igreja em Jerusalém, sua expansao nas áreas mais lata da Judéia e da Samaria, e, depois, seu movimento rápido da Antioquia na Síria, através da Ásia Menor, da Macedônia e da Grécia, até que, finalmente, a chegada de Paulo em Roma simboliza a presença do Evangelho na cidade central do mundo antigo
( 1985,p.15).
Em Atos dos Apóstolos, percebemos a “Santa Mundanidade”, da Igreja incipiente. Santa porque essa Igreja era exclusividade do Senhor e Mundana porque essa mesma Igreja impulsionada pelo Espírito levava esse Senhor para o mundo de sua época.Para entendermos de maneira objetiva esse antagonismo da Igreja Primitiva, iremos tomar por base alguns pontos da tese de Michael Green Diretor do St. Jhon’s College de Nottngham, Inglaterra que foi proferida em 1974 no Congresso Internacional de Evangelizaçao Mundial oqual foi considerado um dos encontros mais importante da cristandade contemporânea. Esse encontro ficou conhecido como O Pacto de Lausanne.
A Tese do Sr. Green, “Estratégia e Métodos Evangelísticos na Igreja Primitiva”, irá nos ajudar a compreender a Igreja Incipiente e como o Espírito Santo capacitou esses irmaos para a tarefa missionária. O senhor Green inicia sua tese, falando dos discípulos de Jesus que deram origem a um movimento capaz de evoluir tanto que trezentos anos mais tarde, tornou-se a religiao oficial do Império.
Esse movimento sobreviveu á queda de todas as civilizaçoes e fez milhoes de conversos em todos os quadrantes da terra. Esse movimento é o Cristianismo (1984,p.55). O Sr. Greem nos diz que a Igreja Primitiva fez da evangelizaçao sua meta prioritária Quando vimos em Atos a Igreja de Cristo saindo para ganhar o mundo dando bom testemunho, logo vem na nossa mente as palavras penetrante do Senhor que disse:
Voces sao o sal da terra (...) Voces sao a luz do mundo. Assim brilhe a luz de voces diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de voces que está nos céus. (Mt.5:13-14-16 NVI).
A Igreja Incipiente nunca ofuscou sua luz, mas, ao contrário disso, ela sempre deixou que essa luz brilhasse diante de todos os homens. Dr. John Stott teólogo anglicano em seu livro A Mensagem do Sermao do Monte nos diz que o sal e a luz tem uma coisa em comum: eles se dao e se gastam e reunindo essas duas metáforas, parece-nos legítimo discernir nela a relaçao correta entre a evangelizaçao e a açao social. ( 1993,p.56).
Dr. Russel Shedd em seu livro Fundamentos Bíblicos da Evangelizaçao nos fala que, Deus ordena a evangelizaçao porque ela coincide com seus propósitos eternos (1996, p.15). A mundanidade da Igreja Primitiva e sua evangelizaçao tem quer ser vista no aspecto contra cultural ( Mt.6.8), e nao intracultural ( Mt.5.13).
Aqui está o divisor de águas dos primeiros cristaos. Eles estavam no mundo mais os princípios do mundo nao estavam norteando eles (Jo. 17.15-17), quem norteava aquela comunidade era o Espírito Santo. Louis Berkhof na sua Teologia Sistemática fala que oEspírito renova o homem á imagem de Deus e o capacita a prestar obediencia espiritual a Deus, a ser sal da terra, a luz do mundo (1990, p.427)
O erudito do Novo Testamento Gordon Fee, em seu fabuloso livro Paulo, o Espírito e o Povo de Deus, nos lembra que a experiencia pessoal e poderoso do Espírito escatológico nao somente transformou a igreja de Atos dos Apóstolos, mas fe-los eficazes ao se tornarem o povo das boas novas na cultura paga greco-romana (1997,p.X). Para o doutor Timóteo Carriker em seu livro O Caminho Missionário de Deus, o período entre a ressurreiçao e a Segunda vinda de Jesus Cristo nao foi um período vazio de espera passiva para a igreja dos primeiros irmaos, muito pelo contrário para eles era á era do Espírito, o tempo de missao (2000,p. 200 e 287).Essa consciencia ativa e nao passiva da igreja incipiente é um referencial da era do Espírito que capacitou e fortaleceu os irmaos para a grande tarefa do anúncio de Cristo entre as naçoes. Essa atividade evangelizadora fortalecida e adubada pela presença do Santo Espírito é um protótipo para a igreja hodierna.
Os primeiros cristaos tinham a nítida convicçao de sua identidade e vocaçao (Mt.5:3.14). O teólogo alemao de renome Dietrich Bonhoeffer em seu livro Discipulado diz que os discípulos nao estao orientados exclusivamente para o Reino dos Céus, mas também conscientizados de sua missao terrena.
Dietrich vai mais longe quando diz que o fato de Jesus nao designar-se a si mesmo de sal, mas sim aos seus discípulos, significa que lhes confia a sua açao na terra (1984,p.64). E essa açao na terra só pode ser por intermédio do Espírito Santo, pois a igreja cumpre a sua missao através da operaçao do Espírito Santo, o paráclito que ajuda, consola e capacita a igreja na sua tarefa (Carriker,p.302) A evangelizaçao na Igreja Primitiva foi algo tao bombástico que o teólogo Donald Stamps nos lembra que os trinta primeiros anos da Igreja Incipiente, o Dr. Lucas menciona no livro de atos dos Apóstolos trinta e dois países, cinqüenta e quatro cidades, nove ilhas do Mediterrâneo, noventa e cinco diferentes pessoas e vários membros e funcionários do governo com seus títulos precisos. (1995, p.1623).
Todo esse feito evangelistico nao foi feito na capacidade humana mas como disse Carriker através do poder e da intervençao do Espírito que os apóstolos compreenderam plenamente que eram chamados para irem até os confins da terra (2000 p.212).
Gordon Fee também entendia que o sucesso da evangelizaçao da Igreja primitiva nao estava na metodologia mas na presença fortalecedora do Espírito ele diz:
O Espírito como uma realidade experimentada e fortalecedora foi para Paulo e suas igrejas um ator-chave em toda a vida crista, do começo ao fim. O Espírito cobria toda a área ao lado da corrente de água viva: poder para a vida, crescimento, fruto, dons, oraçao, testemunho, e todas as demais coisas (1997, p.XV)
A Igreja Primitiva nao eclipsou sua luz debaixo de uma vasilha conformista nacionalista, e nem seguiram a filosofia dos Essenios que fugiram para o deserto para nao ter contato com o povo. (Mt. 5:15). Mas ao contrário disso eles colocaram essa luz em lugar apropriado na qual iluminou um mundo em trevas e muitos puderam através da evangelizaçao glorificar o Nome de Deus (Mt.5:13-16) e tudo isso foi feito pelo intermédio do Espírito Santo, que os capacitava e os conduzia e fortalecia para a árdua e prazerosa missao de levar Cristo aos povos e isso é glorificar a Deus em sua missao urbana.
Michael Green diz que, a igreja primitiva estava tao ciente da evangelizaçao e de ser sal e luz, que isso nao ficou centralizado só nos líderes mais em toda a Comunidade de Atos. Na Igreja Primitiva esperava-se que cada pessoa fosse sal e luz, ou seja, testemunha de Cristo e isso é glorificar a Deus. O Sr. Green também nos lembra em sua tese que na Igreja Primitiva, a política adotada era ir ao encontro das pessoas, onde elas estivessem, e fazer discípulos entre elas. É claro que Green entendia que toda essa açao da igreja primitiva de evangelizar os centros urbanos nao era oriunda dos seus próprios recursos naturais, mas sim da liderança do Espírito. Ele mesmo exclama dizendo: A igreja primitiva era muito aberta á liderança do Espírito Santo; em toda a expansao evangelistica registrada no livro de Atos, o Espírito é o elemento motivador e energizante (1984,p.56)
Essa comunidade de Atos dos Apóstolos por causa de sua convicçao de levar adiante a missao urbana da igreja foi perseguida já nos primórdios de sua caminhada, todavia eles nunca formaram motim como os Zelotes (At.4:1-22; 4:17-41;7:1-60;8.1-8;9:1-2;IICor.11:22-33) mais viveram aquilo que Cristo anunciou (Mt.5.3-11; Mt.5:38-47; 6:12). Doutor Johannes Blauw em seu livro A Natureza Missionária da Igreja, Nos lembra que:O próprio Jesus Cristo toma o lugar de Jerusalém Ele é o ponto central em torno de quem as naçoes se reunirao. Para tanto estas devem ser convocadas e convidadas (...) é somente pela autoridade do Espírito Santo que os discípulos agora por sua vez, a levar a efeito a comissao de pregar o Evangelho a todas as naçoes(...), é somente pela autoridade do Espírito Santo que os discípulos estarao na posiçao de serem testemunhas de Cristo até aos confins da terra At.1.6-8(cf.24.47 e Jo 20.21). A obra missionária da Igreja está ligada tanto á Páscoa quanto ao Pentecostes. O Espírito Santo primeiro faz do homem instrumento de Deus, o Seu “braço”, (cf.). Is. 8.11, Ez 1.3, etc. Ele é o sopro doador de vida de Deus (Ez. 37.9; Hb. 11.3) (1966, p.89-92)
Somente pelo poder do Espírito Santo a igreja tem capacidade de levar Cristo para as naçoes e glorificar o nome de Deus, nao existe atalho, nem bifurcaçao ainda que tentamos toda a estratégia para levar avente a missao urbana da igreja , toda a pompa tecnológica, todo o nosso zelo religioso e as necessidades do mundo se nao for pela presença do Espírito e um censo santo de glorificar a Deus tudo é vao como bem disse o doutor Johannes Blauw Nao esqueçamos de que o grande primeiro motor da pregaçao do Evangelho nao vem de fora ( da necessidade do mundo), nem tampouco de dentro ( do impulso religioso), mas de cima, como coerçao divina (1966,p.126).
Por isso devemos voltarmos para a Bíblia e percebemos sem o nosso preconceito denominacional a força dinamizadora do Espírito para a Missao Integral da Igreja no mundo. Sabemos que se a Igreja hodierna nao for energizada pelo poder do Espírito Santo para a tarefa da missao urbana e da evangelizaçao mundial como fez os primeiros irmao estaremos como diz o ditado popular rodando em círculo e chovendo no molhado, nada se concretizará. Se o próprio Cristo e a igreja primitiva foram dinamizados e conduzidos pelo Espírito e pelo senso de glorificar somente a Deus em sua missao é certo que nós também igreja do século XXI temos que ser.
A MISSAO URBANA DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS ENTRE OS POVOS ATRAVÉS DO ESPÍRITO
Este ponto do nosso trabalho iremos focar a igreja de Corinto com a igreja incipiente e perceber as palavras do apóstolo Paulo como um itinerário para a missao urbana da igreja no componente missiológico. O livro de Atos dos apóstolos no capítulo nove até o seu final dá um enfoque sobre a missao da igreja na perspectiva paulina-lucana. O apóstolo Paulo estabeleceu a igreja de Corinto por volta de 50-51, quando ele passou dezoito meses por lá em sua segunda viagem missionária (Atos 18.1-17).
Corinto de fato era uma cidade antiga da Grécia e era a metrópole grega de maior destaque na época de Paulo. Essa cidade diz os estudiosos era arrogante em sua intelectualidade, era próspera no campo material e moralmente corrupta. Os eruditos mostram o quanto Corinto era uma cidade urbana. Essa carta revela vários problemas culturais gregos, como a imoralidade sexual, a idolatria, a filosofia divisória, o espírito de litígio total, a rejeiçao a ressurreiçao do corpo etc. . A cidade era infame por sua sensualidade e prostituiçao sagrada. Seu nome se tornou um provérbio clássico “ corintianizar”, que significa praticar prostituiçao. Paulo sabia que apesar disso está cidade era um campo fértil para o evangelho de Cristo e para a sua missao urbana.
A primeira epístola aos Coríntios foi escrita durante o seu ministério de tres anos na cidade de Éfeso ( At.20.31) em sua terceira viagem missionária ( At.18.23-21.16) . Dr. Stamp diz que o veterano Paulo soube dos problemas de Corinto 1.11 e depois, uma delegaçao da congregaçao da cidade (16.17), entregou uma carta a Paulo pedindo instruçoes em vários temas (7.1; 8.1). Paulo escreve sua carta tendo sua base nos informes recebido daquela igreja.
Paulo entao trata de vários problemas nesta igreja como pecado, espírito de divisao, carnalidade, imoralidade sexual, açao judicial entre irmaos, celibato, casamento, ceia, dons, ressurreiçao do corpo etc. o espírito da cidade apareceu no tecido da igreja e Paulo combateu com autoridade apostólica.
Paulo no capítulo 10. 31 nos leva para um compromisso central no desdobramento da missao urbana da igreja que é “glorificar a Deus em tudo” . Aqui está o caminho sadio para soluçao dos problemas tanto da igreja de Corinto quanto para nós igreja do século XXI , pois quando entendemos que devemos glorificar a Deus em tudo nossa vida crista tem uma dinâmica diferente, pois o endereço do nosso serviço cristao é a gloria de Deus.
Devemos redescobrir para a missao urbana da igreja “Coríntios 10. 31” que diz: Portanto, quer comais, quer bebais ou faças outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus
Sem dúvida tudo que a igreja for fazer é para glorificar a Deus. Quando a igreja se envolve no aspecto social da cidade, no aspecto político da cidade, no aspecto econômico, ecológico etc. deve fazer nao pensando nas vantagens humanas mais na glória de Deus. Isso é o ponto central da missao urbana. O Doutor e erudito Leon Morris em seu comentário de I Coríntios 10.31 diz que o principio aqui é claro, pois os cristaos nao está preocupado com a afirmaçao dos seus direitos, mas com a glória de Deus. Comer, ou beber, ou qualquer outra coisa mais, devem estar subordinados a esta consideraçao mais importante. ( p.120.1981).
Esse ponto que Paulo fala para os irmaos de Corinto é uma crítica ao seu modo de ser que nao agrada a Deus em sua várias facetas e que agora debaixo dessa revelaçao a igreja em todas as épocas podem servir ao Senhor glorificando ele em tudo e em sua missao urbana. Seja nos grandes projetos como nas coisas mais triviais tudo deve ser contabilizado para a glória de Deus.
Quando voltamos os nossos olhos para a Igreja Primitiva percebemos que eles nao estavam preocupados em adquirir riquezas terrenas ( At.3:6;4:32-36;20:33), mas seu amor era tao profundo por Cristo que invés de juntar tesouro na terra (Mt.6:19-24) eles buscavam o Reino de Deus (Mt.6:33-34) a direçao do Espírito Santo e evangelizavam (Mt.6:10
A Igreja de Atos dos Apóstolos, sabia que a tarefa de evangelizaçao, era algo difícil e supra humano, por isso eles se empenharam na prática da oraçao (At.1:14; 4:23-31;12:12-19) mais eles nao faziam isso para se mostrar para os homens (Mt.6.5). Eles oravam porque sabiam de suas limitaçoes (At.4:29), e porque eles amavam as pessoas que nao tinham Cristo e impulsionados por isso eles glorificavam a Deus na missao. A evangelizaçao nao era espasmódica mais espontânea e natural. Eles confiavam profundamente no Senhor para suprir as suas necessidades (Mt. 6:25-32;) e submetiam as suas vidas ao domínio vivificador do Espírito Santo e sua presença fortalecedora e faziam tudo para a glória de Deus.
Quando olhamos para a Igreja Primitiva percebemos que o propósito básico daqueles irmaos era Mateus 5:16: “ Assim brilhe a luz de voces diante dos homens, para que vejam as suas boas obras e glorifiquem ao Pai de voces que está nos céus”(NVI.) Aqueles irmaos nao tinham outra ocupaçao a nao ser a glória de Deus ( ICor.6:20; II Ts.1:11-12). Na sua agenda diária e em seus coraçoes isso era o que estava mais forte. Eles nao temeram a perseguiçao dos Judeus ( At.6:1113; 8:1-3; 9.1) nao se intimidaram com a ameaça do Império Romano e nem com as forças espirituais da maldade. Aqueles cristaos primitivos tinham um alvo a Glória de Deus na missao. ( I Cor.10:31).
Para o Dr. Martyn Lloyd-Jones diz que Mateus 5:16, é o sumário final de tudo (1984,p.159). Quando olhamos para a Igreja Incipiente percebemos que ela glorificou o nome de Deus no mundo através do seu testemunho e amor por Jesus Cristo e isso tudo foi sustentado pela presença fortalecedora do Espírito Santo.
Dietrich Bonhoffer, nos mostra um ponto importante de Mateus 5.16, ele diz: A cruz é a luz singular que brilha e na qual torna visíveis todas as boas obras dos discípulos. Em tudo isso nao se trata de tornar visível a Deus, mas que as boas obras sejam vistas e que os homens nelas glorifiquem as obras de Deus. (...) Na cruz e numa Igreja desta feitura, nao mais pode ser glorificado o homem, mas a Deus somente. Se as virtudes dos homens constituíssem as boas obras, nelas seriam glorificados os discípulos e nao o Pai. Assim, porém, nada há o que glorificar nos discípulos que levam a cruz, na Igreja cuja a luz brilha, que é edificada sobre o monte - em sua boas obras pode ser glorificado somente o Pai do céu. Assim veem a cruz e a Igreja da cruz e creem em Deus. Essa, porém, é a luz da Ressurreiçao ( 1984,p.67)
Bonhoffer nos mostra que a glória de Deus nao esta desassociada da Cruz, nao sao as nossas boas obras o fator catalisador de trazer glória para Deus somente, mas sim aquilo que Cristo fez na Cruz, as nossas boas obras tem que ter a insígnia da Cruz. A Cruz é a luz singular que brilha e torna visível todas as nossas boas obras e essas boas obras nao é fruto da bondade do coraçao humana mas do encaminhamento do Espírito no homem para glorificar o Cristo crucificado na qual foi ressurgido pelo Espírito. O homem nao tem nenhuma capacidade de fazer coisas boas se nao for por intermédio do Espírito. É nessa ótica do Espírito Santo e da Glória de Deus que a missao da igreja vai avante.
C.H. Dodd em seu livro Segundo as Escrituras Estrutura Fundamental do Novo Testamento nos ajuda neste ponto dizendo:
Em poucas palavras, os que fundaram a Igreja eram homens sem renome e sem crédito, até que Cristo ressuscitado os transformou em homens novos. Jamais devemos esquecer este fato: ele é importante para todas as nossas discussoes sobre a natureza da Igreja (1979,p.111).Essa transformaçao que Dodd sublinha em seu comentário foi por intermédio do Espírito Santo que fez tudo novo dando junto com a novidade de vida a incumbencia de evangelizar o mundo expandindo o senhorio de Cristo aonde nao tem senhorio para que seu nome seja glorificado por intermédio do Espírito Santo
A Igreja Primitiva glorificou o Nome de Deus, porque eles nao se envergonhavam da Cruz, mais ao contrário disso ele pregavam o Cristo Crucificado ( At.2:23;36;4:10; ICor.1: 17-23; Gal.6:12-14;Ef.2:16; Fp.3:18; Col.1:20;2:14; Heb.12.2), na unçao do Santo Espírito. Aquilo que era ridículo e motivo de zombaria se tornou em Glória para Deus. ( ICor.1:23-25).
Tudo que a Igreja Primitiva fazia nao era para a sua glória, pois eles eram guiados pelo Espírito, mais sim para a Glória de Deus (At.3:11-16; 10:25-26; 14:8-15). A glória de Deus era a marca daqueles cristaos (Mt. 5:16; I Cor. 6:20;10.31; II Ts.1:11-12).Charles Swindoll em seu livro A Noiva de Cristo nos diz que Jesus Cristo resumiu toda a sua vida em cinco palavras. “ Eu Te Glorifiquei na terra” (1996,p.30). O mesmo Cristo que no Sermao do Monte, ministrou “Mateus 5:16”, agora em Joao 17:4, Ele resume a sua vida, deixando o exemplo prático para a Igreja Primitiva, na qual também seguiu as suas pegadas e também nos chama igreja do século XXI para fazermos missao urbana sobre o signo da Soli Deo Glória
O Cristo que glorificou o nome de Deus na terra glorificou através do Espírito que conduziu integralmente a sua vida. É neste rastro que entendemos que a igreja primitiva conseguiu glorificar a Cristo, através do Espírito Santo.A Glória do Pai era a mola propulsora da evangelizaçao na Igreja Primitiva. Doutor Russel Shedd em seu livro Fundamentos Bíblicos da Evangelizaçao nos diz que A ordem bíblica de evangelizaçao precisa ser vista no contexto do deleite divino ( 1996,p.13). Esse Deus que se deleita na evangelizaçao é o mesmo que nos chama para participar de um deleite evangelistico soprado pelo Espírito.
Outra faceta que vimos na Igreja Primitiva é que eles conheciam a Oraçao do Pai Nosso “Venha o teu reino seja feita a tua vontade”, nao na forma mecanizada, mais na vivencia diária. A Igreja Primitiva priorizou o Reino de Deus ( Mt.6:10;33-34) e confiou nesse Deus para suprir as suas necessidades básicas ( Mt.6:25-32;At.4:34), porque eles se sujeitaram á liderança do Espírito Santo.
Por causa dessa presença fortalecedora do Espírito Santo á Igreja Primitiva nao se conformou com o fraco tecido moral de sua época, mais ela foi um agente contra cultural e nao intracultural. Eles desejaram que o Espírito de Deus norteasse suas vidas porque aqueles irmaos tinham um alvo glorificar o nome de Deus entre os povos. Eles nao se importaram com as ameaças humanas porque tinham uma meta o Reino de Deus e a glória de Deus, eles seguiram o seu mestre e nao a corrente de sua época. Eles nao foram abalados porque eles ouviam e praticavam a Palavra de Deus e estavam solidificado na Rocha (Mt.7:24-27).
Como bem disse o Sr. Green em sua Tese, nós temos que aprender com esses irmaos da Igreja Incipiente, porque a Igreja de hoje é a herdeira dessas forças revolucionárias que na verdade mudou o mundo nas décadas seguintes a morte e ressurreiçao de Jesus (1984, p.55).
Paulo estava certo em mostrar para a igreja de Corinto que tudo deve ser feito com o tempero santo da glória de Deus, pois só assim a missao da igreja tem a sua força e motivaçao. No capítulo anterior percebemos de maneira sintética que a igreja primitiva influenciou o mundo de sua época porque eles tinham um alvo bem definido “SOLI DEO GLORIA”. ( Somente a Glória de Deus)
Vimos também Paulo convidando a comunidade de Corinto para andar por esse caminho da missao. Agora Deus nos convida cristaos do século XXI para fazermos missao urbana na perspectiva da glória de Deus, pois assim vamos amar os injustiçados, os marginalizados, os feridos, os explorados que vivem na cidade na qual temos que fazer a nossa missao.
A MISSAO URBANA DA IGREJA CAMINHOS PARA VIVER Á VIDA DO ESPÍRITO NUM CONTEXTO DE AFRONTA POIS A MISSAO DA IGREJA É GLORIFICAR A DEUS
Diante de tudo isso que temos visto no que tange a Igreja Primitiva o ensinamento de Paulo para a igreja de Corinto percebemos sem muito esforço que eles dependia exclusivamente do Espírito para o desempenho do seu papel neste mundo. Os primeiros irmaos estavam cientes que a igreja estava a serviço do mundo e esse mundo só poderia conhecer a Cristo por intermédio do evangelismo e da liderança do Espírito. Todavia nós como igreja latina temos que seguir o rastro dos primeiros irmaos e das palavras doutrinárias de Paulo em “ I Coríntios 10.31”, no que tange essa tônica.
O Dr. Samuel Escobar em seu livro Desafios da Igreja na América Latina: História, Estratégia e Teologia de Missoes nos diz que:"Diante dos desafios inéditos para a missao crista no século XXI, os evangélicos latino-americanos necessitam de um impulso renovado do Espírito Santo e de uma leitura nova contextual da Palavra de Deus. Assim, teremos discernimento para entender os sinais dos tempos e participar na Missao do Pai, seguindo o modelo do filho, no poder do Espírito Santo" (1997, p.48)
Proponho diante de todo esse quadro já percebido aqui apontar alguns caminhos para igreja hodierna. De fato ser dirigido e conduzido pelo Espírito e fazer tudo para a gloria de Deus é uma necessidade básica para a Igreja que está sobre o impacto da pós-modernidade. Escobar tem toda a razao de afirmar que os evangélicos latino-americanos necessitam desse impulso renovador do Espírito pois vivemos num contexto de afronta em todos os sentidos.
Os primeiros irmaos viveram também sobre o impacto da cultura greco-romana e num sistema de afronta.
Segundo Gordon Fee o sucesso da Igreja primitiva sobre a cultura reside em primeira instância em sua boas novas centralizadas na vida, morte e ressurreiçao de Jesus e na vida provada do Espírito (1997,p.XIII). Sabemos que essa tarefa de apontar caminhos para igreja hodierna num contexto de afronta nao é simplista, porém temos que fazer confiando na capacitaçao e discernimento do Espírito para a glória de Deus
Em primeiro lugar temos que ser humildes ( Mt.5:3) e reconhecermos a nossa falha como Igreja na bitolaçao ou manipulaçao do Espírito. A Igreja precisa lavar as roupas sujas nao no tanque do mundo, mas no sangue de Cristo (Jo. 1.29) e se arrepender. Temos que reconhecer o nosso pecado de negligencia missionária integral ( I Jo.1:8-10) e a nossa falta de senso no que tange a Soli Deo Gloria e o realismo da missao urbana.
Em segundo lugar temos que entender que nós servimos a um Deus Santo que nos chamou para sermos diferentes deste mundo ( Mt.6:8) e celebrarmos a integridade a qualquer preço (Mt.5:20). Para nós permanecermos íntegros temos que viver debaixo da direçao do Espírito e glorificar a Deus só assim cumpriremos a nossa tarefa de evangelizaçao e da missao urbana.
Em terceiro lugar para nós vivermos uma vida de glória a Deus e uma vida cheia do Espírito e sobre o seu domínio temos que romper com o casulo de tudo aquilo que o mundo busca que está embebedando a Igreja como fama, status, dinheiro, ibope, crescimento, marketing, notoriedade etc .Na verdade o que temos que entender é que fomos chamados para encarnamos uma vida de estilo simples (Mt. 6:25-32) e nao de opulencia (Mt.6:19 e 32), através do Espírito e cumprir a nossa tarefa de levar pessoas á Cristo. Temos que entender que nós fomos chamados nao para implantar o nosso reino aqui na terra, mas o Reino de Deus entre os homens, pois é esse o exemplo que os primeiros irmaos em Atos dos Apóstolos deixaram para nós e que Paulo falou para os irmaos de Corinto “ Façais tudo para a Glória de Deus” ( I Cor. 10.31)
Em quarto lugar temos que entender que o nosso relacionamento com Deus nao pode ser na esfera do utilitarismo, da vantagem, mas o nosso relacionamento com Deus tem que ser de profunda gratidao por tudo que Ele é e por tudo que ele fez por nós através de Cristo e do Espírito. Por tudo isso nós somos impulsionados a proclamar o Seu Reino (Mt. 6:33), porque como igreja, sabemos como é bom ser súdito desse Rei e como é bom ser guiado pelo seu Espírito. Sabemos também que esse Rei nos sustenta (Mt. 6:25-32), nos protege e nos ama (Mt.7:9-11). Como Igreja, temos que ter em mente que Jesus Cristo nao fica impressionado com os nossos afazeres e com as nossas habilidades ( Mt.7:15-23), mas Ele se agrada com a nossa priorizaçao, encarnaçao da Verdade sujeiçao ao Espírito Santo e vida que glorifica o Pai em tudo.
Em quinto lugar a Igreja tem que ter a convicçao de sua identidade (Mt.5:13-14), porque essa identidade gera responsabilidade e estabelece a contracultura .As pessoas buscam, fama, glória, poder, dinheiro e status etc. Porém, uma Igreja que tem convicçao de sua chamada e missao nao vai buscar isso, mas ao contrário, irá buscar a glória de Deus o direcionamento do Espírito para fazer o nome de Cristo conhecido entre os homens (Mt.5:16). Temos que celebrar a nossa identidade de sermos Sal e Luz (Mt. 5:13-16) , Baluarte da Verdade, Guardadora da Verdade Praticadora da Verdade (Mt.7:24-25) e anunciadora da verdade ( Mt.28). Como bem disse Stott, o sal cristao nao tem nada de ficar aconchegado em elegantes e pequenas dispensas eclesiásticas; nosso papel é o de sermos esfregados na carne, para impedir que apodreça e glorificarmos o nome de Deus ( 1993,p.57). E tudo isso é através do Espírito Santo
Em sexto lugar o mundo Pós-Moderno só vai ouvir pessoas que tem convicçao daquilo que está proclamando e essa convicçao só vem através do Espírito e isso tem dimensoes profundas, porque sai da esfera teórica (Mt.7:26-27) e desemboca na prática (Mt.7:24-25) e na transparencia , na celebraçao da verdade (Mt.5:3-12), na prioridade e no despojamento de tudo o que nao é de Deus e que nao glorifica a Deus.
Em sétimo lugar a Igreja nao pode relativizar a Palavra de Deus por causa do sucesso do pragmatismo excentrico e nem pelas afrontas desse mundo. Para Stott no seu livro Ouça o Espírito, Ouça o Mundo, nós nao podemos ser como varas sopradas ao vento, nao podemos de maneira alguma nos curvar diante dessa sociedade com sua avareza, seu relativismo, sua rejeiçao ao absoluto. Pelo contrário, temos que ficar fiel a Palavra de Deus (1997, p.184). A Palavra de Deus é absoluta verdade e. ela nao pode de maneira alguma ser sacrificada pela Igreja no altar da Pós-Modernidade mas sim ela tem que ser vivificada pelo Espírito para que possamos levar as boas novas para um mundo perdido, confuso em trevas.
Em oitavo lugar o mundo precisa visualizar que a Igreja de Cristo tem sua plena fundamentaçao nao nas riquezas desse mundo mas em Deus .O mundo tem que notar que a Igreja de Cristo nao é opulenta, mas ela encarna um estilo de vida simples. O Supremo Bem, que a Igreja percorre em alcançar como valor, nao é temporal, mas eterno Essa geraçao tem que saber que a Igreja de Cristo chamada para ser Sal e Luz deste mundo, nao precisa de amuleto ou fetichismo, mas ela desenvolve uma piedade crista relacional e nao utilitária com Deus Pai, revelado por Cristo por intermédio do Espírito Santo.
Em nono lugar a Igreja de Cristo que vive sobre a liderança do Espírito deve ser conhecida como a Comunidade do perdao, da oraçao, do amor, do afeto, da verdade, da alegria, da contraculturaçao, da unidade, da evangelizaçao, do anúncio, da cooperaçao, da justiça e da missao. Se esses ingrediente nao estiverem na comunidade da fé ela pode Ter tudo mais o principal ela nao tem que é Espírito e a Glória divina.
Em décimo e último lugar Sabemos que nós como cristaos contemporâneos vivemos num mundo, relativista, secularista e pluralista, porém temos que deixar bem claro para essa geraçao a Unicidade de Jesus Cristo, porque só Ele é Senhor (Kyrios Iesous) e Salvador foi isso que a igreja primitiva fez por intermédio do Espírito em sua esfera evangelistica. Como bem disse Stott, negar a Unicidade de Jesus Cristo para essa geraçao é extirpar o nervo de sua missao, tornando supérflua (1997, p.358). A igreja dos irmaos por intermédio do Espírito e impulsionados pela glória de Deus celebrou o senhorio de Cristo entre os povos. Olhando para tudo isso chegamos uma conclusao simples: O foco e o motivo da missao urbana da igreja é glorificar a Deus em tudo, pois como disse o missiólogo urbano Paulo “ Quer, comais ou bebais ou façais outra coisa, fazei tudo para a glória de Deus ( I Co.10.31).
Jesus Cristo e a Glória de Deus: Rompendo Barreiras e Fronteiras.
O apóstolo Paulo sabia que o seu Senhor Jesus Cristo viveu neste mundo para a gloria de Deus e sua missao foi marcado a ferro e a brasa sobre essas palavras “ Soli Deo Gloria. O amor que ele devotava pela a humanidade e a lucidez que ele tinha do seu ministério sobre a direçao do Espírito Santo e do relacionamento com Deus é a mola propulsora para missoes.
Ele rompeu barreiras e fronteiras. Ele tanto sabia conversar com a pessoa mais culta como sabia conversar com uma mulher desprezada a beira de um poço.
Ele sabia participar dos grandes banquetes, como sabia ficar tres dias no povoado de Samaria com pessoas simples. Ele sabia pregar para uma multidao, como sabia atravessar o mar da Galiléia e se encontrar no sepulcro com um endemoninhado gadareno.
Ele tanto sabia falar para um publicano Zaqueu descer da árvore, como sabia dizer para um príncipe do povo chamado Nicodemos que é necessário nascer de novo e para um mendigo o que queres que eu te faça .
Cristo rompeu barreiras e se encontrou com o descamisado da sua época com a prostituta, com o fariseu, com os necessitados e com os aflitos e isso denota para nós como igreja a sua missao integral, Ele amou essas pessoas e por causa do seu intenso amor para com o Pai e para com os homens ele morreu na cruz. Cristo nos mostra um caminho seguro, para comunicarmos a sua Palavra, a essa geraçao pós-moderna que morre de inaniçao, por Deus. O caminho seguro é ele mesmo que foi conduzido pelo Espírito para a diversidade da missao e a eficácia da missao.
A igreja de Cristo deve romper as barreiras e as fronteiras e se apresentar para essa geraçao como Sal e Luz, como guardadora da Verdade e praticadora da Verdade e acima de tudo deve ser a Igreja da Presença, ou seja, da presença fortalecedora e capacitadora do Espírito. Ela deve ir aonde Cristo foi, deve romper as barreiras e anunciar Deus.
Cristo tinha um alvo no seu ministério o seu escopo era a glória de Deus. O que vemos muitas vezes é a exaltaçao do homem em detrimento a exaltaçao de Deus. A Igreja nao pode se embriagar com a proposta do evangelho humanista de ser rica, famosa de angariar status da sociedade, mas ela deve romper com status quo e se preocupar exclusivamente com a glória de Deus no direcionamento do Espírito Santo.
Pensando assim ela irá romper as barreiras porque ela nao está interessada naquilo que o homem pode dar como: dinheiro, propostas, glória, fama ,intelectualidade etc., mas ela está interessada em levar pessoas a conhecer á Cristo o Senhor absoluto É isso que a igreja primitiva deixou de herança para os seus irmaos mais novos. Que Deus seja louvado na nossa geraçao como foi na comunidade dos primeiros irmaos.
O mundo tem que ver que a Igreja de Cristo chamada para ser Sal e Luz e Baluarte da Verdade, tem uma Palavra profética nao vindo dela, mas de Deus, para solucionar as inquietudes do homem integral. Muitas Igrejas tem adotado Laissez Faire, ( Apatia e indiferença), em vários setores tanto no campo social, político até em coisas insignificantes. Várias Igrejas tem se calado, mas tem feito muito barulho dentro do seu quadrante, todavia a Igreja que vive fundamentada na Palavra de Deus e na direçao capacitadora do Espírito de maneira alguma pode silenciar diante do coraçao gritante do homem pós-moderno, que olha para a Igreja na esperança de dias melhores.
Urge a hora que nós como Igreja de Cristo temos que romper com o casulo do Laissez-Faire “com o Mundo, com a Igreja e com o Espírito” e encarnamos a nossa identidade como Sal e Luz, inserida no Sermao do Monte na dinâmica do Espírito plasmado no Evangelho e de maneira clara na vida de Jesus Cristo, também em Atos e nas Epístolas. Só assim as pessoas poderao dizer o que o apóstolo Paulo falou aos Romanos 11:36 A Ele seja a glória para sempre! Amem.
Quero finalizar essa reflexao pensando naquilo que o teólogo já falecido Orlando Costas falou.
"Se o cristianismo atual nao quiser ser reduzido a uma peça de museu, um objeto do passado, um cadáver ou um alegre clube religioso, ele precisa recuperar a urgencia de proclamar tres coisas: o nome de Jesus, a natureza radical do reino de Deus e o chamado a arrependimento e fé" (Apud, Escobar, 1997, p.92)
Costas tem toda a razao em falar dessa maneira energética, pois a história da igreja nos mostra ainda os museus cheios de peças evangélicas relegadas ao passado. Também temos observado o grande perigo da igreja entrar num estado cadavérico ou de clube religioso. Toda essa ameaça deriva daquilo que Costas constatou. A igreja hodierna nao pode perder esses expedientes de vista e nem negociar esses valores cristaos. Sabemos, porém que para a Igreja nao perder isso de vista ela nao pode perder de vista o Espírito que fortalece e capacita a igreja para se manter pura. E diante dessa certeza o próprio Espírito sempre vai lembrar e impulsionar a Igreja para a sublime Missao, pois a missao da igreja é glorificar a Deus em tudo.
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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BLAUW, Johannes. A Natureza Missionária da Igreja: Exame da Teologia da Missao. Traduçao, Jovelino Pereira Ramos. Sao Paulo. ASTE 1966
CARRIKER, Timóteo O Caminho Missionário de Deus: Uma Teologia Bíblica de Missoes Sao Paulo: Editora Sepal, 2.000
CÉSAR, Elben M. Lenz História da Evangelizaçao do Brasil: Dos Jesuítas aos Neopentecostais. Viçosa: Editora Ultimado Ltda. 2000
DODD,C.H Segundo as Escrituras: Estrutura Fundamental do Novo Testamento . Traduçao José Raimundo Vidigal Sao Paulo: Ediçoes Paulinas, 1979
ESCOBAR, Samuel Desafios da Igreja na América Latina: História, Estratégia e Teologia de Missoes. Traduçao Has Udo Fuchs. Viçosa: Editora Ultimato.1997
FEE, Gordon Paulo, o Espírito e o Povo de Deus. Traduçao Rubens Castilho. Campinas: Editora United Press Ltda, 1997
LOPES, Carlos Augusto A Igreja Crista e o Tratado do Sermao do Monte, Altônia PR. s/e,1999
LIMA Éber Ferreira Silveira (Editor) Paixao Missionária: Os Estudos, Palestras e Documentos da II Consulta Missionária da IPI do Brasil. Londrina: SMI IPIB, 1994.
MARSHALL, I. Howard. Atos - Introduçao e Comentaário. Traduçao Gordon Chown. Sao Paulo: Ediçoes Vida Nova e Editora Mundo Cristao, 1985.
O CONGRESSO DE LAUSANE. A Missao da Igreja No Mundo de Hoje. Traduçao de José Gabriel Said. Sao Paulo: ABU Editora S/C, Belo Horizonte: Visao Mundial, 1984.
PADILHA, C. René. Missao Integral - Ensaios sobre o Reino e a Igreja. Sao Paulo: Temáticas Publicaçoes e Fraternidade Teológica Latino-Americana - Setor Brasil, 1992.
SALINAS Daniel, Samuel Escobar Pós-Modernidade: Novos Desafios á Fé Crista. Traduçao Milton Azevedo Andrade. Sao Paulo. ABU. 1999
SHEDD, Russel P. Fundamentos Bíblicos da Evangelizaçao. Traduçao de Antivan Guimaraes Mendes. Sao Paulo: Ediçoes Vida Nova, 1996.
STAMPS, Donald. Bíblia de Estudo Pentecostal. Tradutor Gordon Chown. Rio de Janeiro, Editora CPAD,1995
___________ A Mensagem do Sermao do Monte. Traduçao de Yolanda M. Krievin, Sao Paulo. ABU Editora 1993
___________ Ouça o Espírito, Ouça o Mundo. Traduçao de Sileda S. Steuernagel Sao Paulo. ABU Editora 1997.
SWINDOLL, Charles R. A Noiva de Cristo - Renovando Nossa paixao Pela Igreja. Traduçao Wanda de Assumpçao. Sao Paulo: Editora Vida, 1996.
WILLIAMS, David. Novo Comentário Bíblico Contemporâneo de Atos. Traduzido pelo Ver. Oswaldo Ramos. Sao Paulo: EditoraVida, 1996.
ESTUDO REALIZADO PELO PASTOR CARLOS AUGUSTO LOPES.
SE FOR USAR ESTE MATERIAL POR FAVOR SITE A FONTE.
CARLOS AUGUSTO LOPES
pastor,teólogo, professor de teologia, pensador cristão e historiador social
Na foto Pastor Carlos Augusto Lopes e o Doutor Russell Shedd, no Congresso de Teologia, Sociedade e Fé em Tubarão Santa Catarina
JOHN MACARTHUR - A PREGAÇÃO SUPERFICIAL.
Estou comprometido com a pregação expositiva. Tenho a convicção inabalável de que a proclamação da Palavra de Deus sempre deve ser o âmago e o foco do ministério da igreja (2 Timóteo 4.2). E a pregação bíblica correta deve ser sistemática, expositiva, teológica e teocêntrica.
Esse tipo de pregação está em falta nestes dias. Há abundância de comunicadores talentosos no movimento evangélico moderno, porém os sermões de hoje tendem a ser curtos, superficiais e tópicos. Fortalecem o ego das pessoas e centralizam-se em assuntos completamente insípidos como relacionamentos, vida de sucesso, problemas emocionais e outros temas práticos, mas seculares.
Assim como os púlpitos de materiais leves e transparentes dos quais as mensagens são apresentadas, esse tipo de pregação não tem peso nem consistência; é barata e sintética, deixando pouco mais do que uma impressão efêmera na mente dos ouvintes. (enfase minha)
Há algum tempo realizei um seminário sobre pregação em nossa igreja. Ao preparar-me para as palestras, peguei um caderno de anotações, uma caneta e comecei a listar os efeitos negativos desse tipo superficial de pregação, tão predominante no evangelicalismo moderno.
Inicialmente, pensei que seria capaz de identificar pelo menos dez efeitos negativos, mas, no final, eu havia alistado sessenta e uma conseqüências devastadoras! Apresento aqui as mais importantes como um aviso contra a pregação superficial — tanto para os pastores, nos púlpitos, quanto para seus ouvintes, nos bancos das igrejas.
USURPA A AUTORIDADE DE DEUS
Quem possui o direito de falar à igreja? O pregador ou Deus? Sempre que a Palavra de Deus é substituída por qualquer outra coisa, a autoridade dEle é usurpada. Que atitude arrogante! Na verdade, substituir a Palavra de Deus pela sabedoria do homem é uma atitude insolente.
DESAFIA O SENHORIO DE CRISTO
Quem é o cabeça da igreja? Cristo é realmente a autoridade dominante no ensino da igreja? Se isso é verdade, por que há tantas igrejas nas quais a Palavra dEle não está sendo proclamada com fidelidade?
Quando observamos o ministério contemporâneo, vemos programas e métodos que são fruto da invenção humana, resultado de pesquisa de opinião pública e avaliação da vizinhança da igreja, além de outros artifícios pragmáticos. Os especialistas em crescimento de igreja têm lutado para assumir o controle das atividades da igreja, tomando-o de seu verdadeiro Cabeça, o Senhor Jesus Cristo.
Quando Jesus Cristo é exaltado no meio de seu povo, seu poder é manifestado na igreja. Quando a igreja é controlada por comprometedores cuja única ambição é conformarse à cultura, o evangelho é minimizado, o verdadeiro poder é perdido, uma energia artificial precisa ser fabricada, e a superficialidade toma o lugar da verdade.
OBSTRUI A OBRA DO ESPÍRITO SANTO
Ele usa a Palavra de Deus para realizar a sua obra. Ele a usa como instrumento de regeneração (1 Pe 1.23; Tg 1.18) e de santificação (Jo 17.17). Na verdade, a Palavra de Deus é a única ferramenta que o Espírito Santo usa (Ef 6.17). Então, quando os pregadores negligenciam a Palavra de Deus, debilitam a obra do Espírito Santo, produzindo conversões superficiais e crentes aleijados em sua vida espiritual — e, talvez, completamente falsos.
Conseqüentemente, o púlpito perde o seu poder. “A palavra de Deus é viva, e eficaz, e mais cortante do que qualquer espada de dois gumes” (Hb 4.12). Qualquer outra coisa é impotente, oferecendo apenas uma ilusão de poder. A habilidade do homem em seduzir as pessoas não deve impressionar-nos mais do que a capacidade da Bíblia em transformar vidas.
DEMONSTRA FALTA DE SUBMISSÃO
Nas abordagens modernas de “ministério”, a Palavra de Deus é deliberadamente subestimada; o opróbrio de Cristo (Hb 11.26), repudiado com sagacidade; a ofensa do evangelho, removida com cuidado; e a “adoração”, moldada com o propósito de se ajustar às preferências dos incrédulos. Isto não é nada mais do que uma recusa em se submeter ao mandamento bíblico para a igreja. A insolência dos pastores que seguem um caminho como esse é assustadora para mim.
SEPARA O PREGADOR DA GRAÇA DE SANTIFICAÇÃO
O maior benefício pessoal que recebo da pregação é a obra que o Espírito de Deus realiza em minha própria alma, quando estudo e me preparo para duas mensagens expositivas a cada Dia do Senhor. Semana após semana, o dever da exposição cuidadosa mantém o próprio coração focalizado e fixo nas Escrituras; e a Palavra de Deus me alimenta, enquanto me preparo para alimentar o rebanho.
Deste modo, eu mesmo sou abençoado e fortalecido espiritualmente por meio deste empreendimento. Ainda que não houvesse qualquer outra razão, eu jamais abandonaria a pregação bíblica. O inimigo de nossa alma persegue os pregadores, e a graça santificadora da Palavra de Deus é essencial à nossa proteção.
OBSCURECE A TRANSCENDÊNCIA DE NOSSA MENSAGEM
Conseqüentemente, a pregação superficial enfraquece tanto a adoração congregacional como a adoração pessoal. O que hoje é recebido como pregação, em algumas igrejas, é tão superficial quanto as mensagens que os pregadores de gerações anteriores ministravam em cinco minutos às crianças. Isto não é exagero. Esse tipo de abordagem torna impossível a verdadeira adoração, porque a adoração é uma experiência transcendente que deveria nos elevar acima do que é mundano e simplista.
A verdadeira adoração é uma resposta do coração à verdade de Deus (Jo 4.23). O nosso povo não pode ter pensamentos sublimes a respeito de Deus, se não os fazemos mergulhar nas profundezas da auto-revelação de Deus. Mas a pregação de hoje não é profunda nem transcendente. Não se aprofunda nem se eleva às alturas. Almeja apenas entreter.
IMPEDE O PREGADOR DE DESENVOLVER A MENTE DE CRISTO
Os pastores devem viver em submissão a Cristo. Muitos pregadores modernos se mostram de tal modo determinados a compreender a cultura, que desenvolvem a mente da cultura, e não a mente de Cristo. Começam a pensar como o mundo, e não como o Salvador.
Sinceramente, as nuanças da cultura mundana são irrelevantes para mim. Quero conhecer a mente de Cristo e usá-la para influenciar a cultura, não importando qual seja a cultura em que ministro. Se tenho de subir ao púlpito e ser representante de Jesus Cristo, quero conhecer o que Ele pensa — e declarar isso ao seu povo.
DEPRECIA A PRIORIDADE DO ESTUDO BÍBLICO PESSOAL
O estudo bíblico pessoal é importante? Claro que sim! Mas, que exemplo o pregador oferece quando negligencia a Bíblia em sua própria pregação? Por que estudariam a Bíblia, se o próprio pregador não a estuda com seriedade, ao preparar seus sermões?
Alguns dos gurus do ministério “Sensível aos Interessados” nos aconselham a retirar do sermão todas as referências explícitas à Bíblia. Eles dizem: “Nunca peça à sua congregação que abra a Bíblia em uma passagem específica, porque esse tipo de coisa deixa os interessados desconfortáveis”.
Algumas igrejas “sensíveis aos interessados” desencorajam veementemente seus membros a trazerem Bíblias à igreja, com receio de que a visão de tantas Bíblias intimide os interessados. Como se fosse perigoso dar ao povo a impressão de que a Bíblia é importante!
SILENCIA A VOZ DE DEUS
Jeremias 8.9 diz: “Os sábios serão envergonhados, aterrorizados e presos; eis que rejeitaram a palavra do SENHOR; que sabedoria é essa que eles têm?”
Quando eu falo, quero ser o mensageiro de Deus. Não estou interessado em interpretar o que algum psicólogo, ou guru de negócios, ou professor universitário tem a dizer sobre qualquer assunto. O meu povo não precisa de minha opinião; precisa ouvir o que Deus tem a dizer. Se pregarmos como a Escritura nos ordena, não será difícil saber de quem é a mensagem que vem do púlpito.
PRODUZ INDIFERENÇA EM RELAÇÃO À GLÓRIA DE DEUS
A pregação “sensível aos interessados” nutre pessoas centralizadas em seu próprio bem-estar. Quando você diz às pessoas que o principal ministério da igreja é consertar para elas o que estiver errado nesta vida — suprir suas necessidades e ajudálas a enfrentar seus desapontamentos neste mundo — a mensagem que você está enviando é que os problemas desta vida são mais importantes do que a glória de Deus e a majestade de Cristo. Novamente, isto corrompe a verdadeira adoração.
ROUBA ÀS PESSOAS A SUA ÚNICA FONTE DE AJUDA VERDADEIRA
As pessoas que vivem sob um ministério de pregação superficial tornam-se dependentes da habilidade e criatividade do orador. Assim, elas se tornam espiritualmente inativas e vão à igreja apenas para serem entretidas. Não têm interesse pessoal na Bíblia, porque os sermões que ouvem não emergem das Escrituras. São impressionadas pela criatividade do pregador e manipuladas pela música; e isso se torna toda a sua perspectiva de espiritualidade.
ENGANA AS PESSOAS QUANTO AO QUE ELAS REALMENTE PRECISAM
Em Jeremias 8.11, Deus condena os profetas que tratavam de modo superficial as feridas do povo. Este versículo se aplica poderosamente aos pregadores artificiais que ocupam muitos púlpitos evangélicos proeminentes, em nossos dias. Tais pregadores omitem as verdades mais severas sobre o pecado e o julgamento. Abrandam as partes ofensivas da mensagem de Cristo.
Enganam as pessoas sobre aquilo que elas realmente precisam, prometendo-lhes “satisfação” e bem-estar terreno, quando o que necessitam é de arrependimento, fé e uma visão exaltada de Cristo, bem como de um verdadeiro entendimento do esplendor da santidade de Deus.
Portanto, os pastores têm de pregar a Palavra, embora fazê-lo esteja fora de moda em nossos dias (2 Tm 4.2). Essa é a única maneira pela qual o ministério deles pode dar frutos. Além do mais, a pregação da Palavra assegura que os pastores serão frutíferos no ministério, porque a Palavra de Deus jamais volta vazia para Ele; ela sempre faz aquilo que Lhe apraz e prospera naquilo para o que foi designada (Is 55.11).
(Adaptado de "Pregação Superficial:
As Conseqüências Devastadoras
de uma Mensagem Diluída".
In: MACARTHUR, John.
Ouro de Tolo? São José dos
Campos: Fiel, 2006. p. 33-41.) Fonte Provai e Vede a Palavra
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo e Historiador Social
Outros livros de John Macarthur para o componente ministerial.
O Evangelho Segundo Jesus: O que significa quando Jesus diz: Segue-me? Editora Fiel
Introdução ao Aconselhamento Bíblico: Um Guia básico de princípios e práticas de aconselhamento - Editora Hagnos
Redescobrindo o Ministério Pastoral: Moldando o ministério contemporâneo aos preceitos bíblicos - Editora CPAD
Ouro de Tolo? Discernindo a verdade em uma época de erro - Editora Fiel
Biblia de Estudo John MacArthur - SBB
quinta-feira, 22 de setembro de 2011
A CAMINHADA RUMO Á FORMAÇÃO DA ALIANÇA CRISTÃ EVANGÉLICA BRASILEIRA.
Meus caros irmãos e irmãs, Paz!
Queremos compartilhar com vocês, por meio desta correspondência, o fruto dessa caminhada rumo à formação da Aliança Cristã Evangélica Brasileira (Aliança), expresso no documento anexo intitulado "Carta de Princípios e Diretrizes". Este fruto ainda não está totalmente maduro e está sendo partilhado com você para a sua apreciação, o seu comentário e o seu compromisso.
Lembramos a cada um da reunião de formação da Aliança. Em anexo segue a carta convite com os devidos detalhes deste encontro e precisamos muito que você esteja conosco naquele dia.
Escrevo esta em pleno vôo de volta de uma minhas viagens mais marcantes e intensas. Volto de uns dias na Albânia onde estive com a Visão Mundial, mas sem deixar de encontrar vários missionários brasileiros, o que é fonte de alegria para mim. O meu artigo a ser publicado na próxima Ultimato reflete algumas dimensões desta minha experiência. Embora o texto “Deus dá testemunho de si mesmo”, esteja anexo na íntegra, destaco três aspectos do mesmo.
1. Depois de anos de um regime comunista totalitário, onde a igreja foi dizimada e oficialmente extinta, essa mesma igreja volta como um atestado de que Deus cuida da sua igreja e ela se arraiga muito fortemente na alma humana.
2. As formas e vícios históricos voltam com o ressurgimento da igreja, geralmente. É o que se vê na Albânia, tanto na Igreja Ortodoxa, como na Igreja Católica Romana e nas diferentes igrejas evangélicas, divididas como sempre, que nasceram depois da queda do regime comunista na década de 90.
3. As igrejas evangélicas na Albânia tem a sua Aliança Evangélica, que congrega a maioria das igrejas evangélicas e estiveram presentes, como tal, numa reunião que fizemos e na qual também participaram representantes Católico Romanos e Ortodoxos também.
Me alegra que a Albânia tenha a sua Aliança Evangélica. Me entristece que aqui no Brasil não conseguimos manter uma dessas expressões de busca da unidade da igreja; o que deveria ser motivo de arrependimento para todos nós. É que na área da unidade da igreja temos uma dificuldade histórica e "intestina" de expressar obediência ao evangelho de Jesus Cristo. A Aliança que está nascendo quer ser uma pequena resposta de obediência ao mandato da unidade da igreja, a qual Jesus proclama e pela qual ele intercede (cf. João 17).
À luz da nossa proposta da "Carta de Princípios" anexa, compartilhamos algumas das nossas sugestões para o encontro do dia 30 de novembro póximo.
1. Queremos caminhar devagar no processo da formação da Aliança. Não devemos ter pressa e sim sedimentar a proposta.
2. Queremos nos estabelecer em "silêncio" e sem grandes alardes.
3. Propõe-se existir sem CNPJ, nesta primeira etapa. Para isso estamos buscando uma instituição que nos hospede, especialmente em função da questão financeira.
4. Propomos uma estrutura simples, caminhando o máximo possível na direção de sermos uma rede de evangélicos.
5. Celebramos os encontros regionais que estão acontecendo e onde representantes estão sendo escolhidos e indicados.
6. Propomos que, neste primeiro ano, a Comissão que coordenado os trabalhos até aqui, faça parte do Conselho Geral da Aliança, para que se dê a maior continuidade possível ao processo de sedimentação da Aliança. A primeira reunião deste Conselho deve acontecer já no dia 1º de dezembro de 2010.
7. Na reunião do dia 30.11 estará conosco um representante da Aliança Evangélica Mundial e que estará nos assessorando neste período de formação da Aliança.
8. A assembléia do dia 30.11 terminará com um culto de adoração e gratidão a Deus, às 17:30 horas. Todo o programa desse dia será acompanhado por um grupo de intercessores que estará orando por nós durante todo aquele dia.
Queremos desafiar você a estar conosco neste dia 30.11. Desafiamos ainda a que esteja orando, com a sua igreja, por este processo de formação da Aliança. Se a sua igreja local, denominação ou organização cristã quiser e/ou puder se afiliar à Aliança já no dia 30.11, também queremos desafiar você a que traga consigo uma declaração nesse sentido. Cada membresia será recebida com muita gratidão e alegria.
Agradecemos a Deus por este momento histórico que ele nos está dando o privilégio de viver.
Graça e paz!
Valdir Steuernagel
DEUS DÁ TESTEMUNHO DE SI MESMO
Na sala pequena a conversa é intensa. Em pouco tempo chegamos a assuntos profundos. “Você não faz idéia do que este país passou e do que o regime comunista e ateu fez com esta gente!”, diz o missionário inglês, com a firmeza e espontaneidade de quem se sente em casa aqui em Esbalan, no nordeste da Albânia. E ele tem razão. Nestas dias por aqui, fico tentando entender o drama pelo qual o país passou em sua história recente e o seu processo de transformação nestas duas últimas décadas.
A história da Albânia é muito antiga e só em 1912 eles se libertaram da longa ocupação otomana que transformara este país cristão em muçulmano. Mas já em 1944 eles voltavam a outro império, desta vez o soviético. Sob a liderança de Enver Hoxha, que ficou no poder até falecer em 1985, a Albânia passou a ser uma “ilha” totalitária na qual nem o bloco soviético, com o qual rompeu em 1967, e nem a China, com a qual rompeu em 1978, eram suficientemente rqadicais na sua vivência do comunismo. Foi Hoxha quem suprimiu toda e qualquer estrutura e expressão religiosa no país, declarando-o o primeiro estado ateu no mundo. A liderança que o substituiu procurou introduzir algumas medidas liberalizadoras, mas não subsistiu às consequências e à influência da queda do império soviético e à mediática queda do muro de Berlim. Assim, quando as fronteiras foram abertas, em 1991, instituiu-se um novo regime político e a população vivenciou níveis desconhecidos de liberdade.
O que mais me intrigou é que apesar de décadas de ensino e controle ateísta e do aniquilamento radical de qualquer sinal religioso, hoje a população do país é descrita em termos religiosos, embora usando dados antigos e desatualizados. Assim, 70% da população seriam muçulmanos, 20 % ortodoxos e 10% católicos, enquanto a igreja evangélica, com expressões diversas, é bem pequena e com menos de 20 anos de idade. Cadê os ateus? Cadê os convertidos ao ateísmo por um estado forte, controlador e violento? Eles existem, é claro, mas a verdade é que o anseio e a necessidade espiritual vieram à tona assim que possível. Eclesiastes diz que Deus pôs no coração do homem o anseio pela eternidade (3.11); e este, quando pode, expressa sua busca de Deus de várias maneiras e em várias formas religiosas. Por um pouco, a inexistência de Deus pode até ser declarada, imposta e proclamada por regimes, instituições e filosofias; mas assim que uma janela se abre ou uma porta deixa fresta, as pessoas saem em busca de conhecer e pertencer, como nós cristãos dizemos, ao Deus que nos criou, nos sustenta e se revela com amor em Jesus Cristo. Deus é o maior interessado em revelar-se a nós, pois sabe que necessitamos dele de forma existencial e visceral. Ele é a nossa vida e a razão da nossa coexistência comunitária.
Há sinais desse interesse de Deus em se dar a conhecer e em dar às pessoas a oportunidade de descobrir que aquilo que anelavam e buscavam estava no conhecimento e na relação de amor com Ele mesmo.
No último domingo que Silêda e eu passamos na Albânia fomos a uma igreja no sul do pais, acompanhados por duas funcionárias da Visão Mundial. Erisa,uma jovem bonita e inteligente era uma delas e quando eu perguntei em como ela havia chegado a fé cristã, ela me disse com a maior naturalidade: “Eu tive um sonho!” É claro que a minha racionalidade e bem alimentada suspeita estranhou: “O quê?” “Eu tive um sonho”, ela repetiu. E nos contou a história.
Nascida numa família nominalmente muçulmana e avô praticante de um Islamismo típico daqui, ela sofria de pesadelos noturnos. Um dia alguém que visitava sua casa lhe sussurrou ao ouvido, para que seu pai não ouvisse, que invocasse o sangue de Jesus ao ter esses pesadelos. Erisa começou a fazer isso e uma noite sonhou que alguém, cujo rosto ela não via, lhe estendia as mãos e dizia que a amava. Quando acordou, na manhã seguinte, ela saiu correndo pela casa, dizendo a todo mundo que era cristã. Ela tinha então 8 anos e por um bom tempo continuou a afirmar a sua identidade cristã apesar dos protestos e suspeita dos pais. Foi só aos 14 anos que, escondida, ela começou a frequentar uma igreja. E só mais tarde, já universitária, começou a aproximar-se da Bíblia de forma mais inteira e compreensiva.
De queixo caído e o coração palpitando de alegria, eu disse: “Você é uma menina bem-aventurada!” Estava impactado pela forma como Deus se revela e como Ele faz isso com graça, amor e convicção. Eu tinha ouvido falar de revelações de Deus em sonho, mas nunca havia encontrado alguém que o tivesse experimentado. Mas agora, diante do testemunho de Erisa eu só queria e podia ficar encantado com o próprio Deus.
Mas é claro que nem sempre é assim. Aliás, isso é raro. Normalmente Deus usa gente como você e eu para dar-se a conhecer e o faz pelo encontro com o evangelho de Jesus Cristo, intermediado pelo Espírito Santo. Mas é muito bom saber que Ele não depende de nós para se revelar onde e como ele quer.
Eu venho escrevendo sobre o chamado de Jesus para sermos testemunhas dele faz um bom tempo. Durante esta viagem vi um pouco mais de como Deus é o maior interessado em se dar a conhecer a todos nós e como faz isso de formas ricas e diversas. Graças a Deus, ele dá testemunho de sí mesmo e o faz com muito beleza, intensidade e clareza.
Minha oração não é apenas por eles.
Rogo também por aqueles que crerão em mim, por meio da mensagem deles, para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste
(João 17: 21-22)
Querido(a) Irmão e irmã,
Cremos que o Senhor tem nos liderado até aqui e juntos queremos celebrar este momento de unidade, visão, missão e recomeço da nossa caminhada como comunidade cristã evangélica do Brasil. Ao longo destes meses nos encontramos com muitos líderes e pastores de diferentes parte do Brasil afim de continuar o caminho daqueles que até aqui construiram nossa história e trilhar o que Jesus nos legou em sua oração sacerdotal.
Em constante oração pela presença guiadora e iluminadora do Espírito Santo. Paz e graça.
Valdir Steuernagel e Comissão de Trabalho
* Para mais informações sobre a proposta da Aliança e nossa caminhada até aqui, favor entrar em contato com Wilson Costa.
Venha participar do Primeiro Fórum da Aliança Evangélica Brasileira
24,25,26 de novembro - 2011 - Brasília - DF
Tema: Unidade, Identidade e Missão
Informações: www.aliancaevangelica.org.br
<
Fonte: Aliança Cristã Evangélica Brasileira
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo
Marcadores:
Aliança Evangélica Brasileira
quarta-feira, 14 de setembro de 2011
HOWARD HENDRICKS - ENSINANDO PARA TRANSFORMAR VIDAS.
O doutor Howard Hendricks autor de vários livros é conhecido no círculo evangélico internacional como sinônimo de educação cristã. Ele é um dos principais nomes da moderna Educação Cristã. Doutor Hendricks é professor no famoso Dallas Theological Seminary e tem mais de 30 anos de atividade pedagógica. Neste livro prático e de fácil compreensão o Doutor Hendricks expõe as sete leis do professor, sete princípios prático que ele mesmo elaborou em sua larga experiência pedagógica.
Hendricks diz que o professor eficiente é aquele que baseia seu ensino em uma rica experiência de vida. A lei do professor, poderíamos dizer em suma é: Quem para de crescer hoje, para de ensinar amanhã. A idéia implícita nessa lei é a de que, antes de ser professor, sou um aprendiz, um estudante ensinando estudantes. Quem aplica esse princípio didático na prática está sempre se perguntando: como posso melhorar meu ensino. Enquanto estivermos vivos estaremos aprendendo; e enquanto estivermos aprendendo estaremos vivos. Se quisermos ensinar a outros, precisaremos primeiro pedir a Deus que ele nos ensine.
Hendricks mostra três sugestões para o nosso crescimento espiritual: A- Manter um disciplinado programa de leitura e estudo. B- Fazer cursos de atualização. C- Conhecer bem os alunos. O mestre é antes de tudo um estimulador e motivador; não é o jogador, mas o treinador que estimula e dirige os jogadores em ação. Não se avalia a eficiência de um professor pelo que ele faz, mas com base no que seus alunos fazem. Existem três metas básicas para quem ensina. 1) Ensinar os outros a pensar. O bom ensino, o verdadeiro ensino, consiste de uma série de momentos em que o aprendiz se mostra predisposto a aprender. 2) Ensinar os outros a aprender, isso significa formar aprendizes que reproduzirão o processo de aprendizagem pelo resto da vida. Se pararmos de aprender hoje, de certa forma paramos de viver amanhã. A aprendizagem se processa em três etapas. Vai do todo para a parte, e depois da parte para o todo. É chamado de síntese. 3) ensinar os outros a trabalhar.
Aqui caímos no princípio pedagógico de não fazer para o aluno aquilo que ele pode fazer por si mesmo. Se fizermos corremos o risco de formar paraplégicos e deficientes intelectuais. Se quisermos ensinar os alunos a pensar, aprender e trabalhar, temos que levá-los a dominar bem quatro habilidades básicas: ler, escrever, ouvir e falar. Ensinar é ao mesmo tempo uma ciência e uma arte. Sendo uma ciência, fundamenta-se em princípios básicos e como arte, exige que se conheçam as exceções a esses princípios.
Estudando a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, que foi o maior Mestre que já existiu, nota-se claramente que ele não despejou uma avalanche de fatos teológicos na cabeça dos seus discípulos não ele procurou antes envolvê-los no processo de aprendizagem, e mais tarde o mundo pagão de sua época foi obrigado a afirmar: "São esses os que viraram o mundo de cabeça para baixo." O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
Para os hebreus, essa palavra coração, engloba a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade. Sócrates resume a essência da comunicação em três conceitos fascinantes que ele denominou: ethos, pathos e logos. O primeiro, ethos, diz respeito ao caráter. Pathos compreende a parte da efetividade, e logos, o conteúdo. Os maiores comunicadores, os melhores mestres, não são necessariamente os que se acham á frente de tudo, que possuem grande inteligência. São aqueles que possuem um grande coração. Ao comunicar, fazem-no com todo o seu ser, e atingem todo o ser daquele que o ouvem.
Ensinar é levar alguém a aprender. Hendricks cita em seu livro pensamentos de John Milton Gregory para exemplificar o que ele está afirmando como por exemplo. "A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular idéias, através do exemplo, da simpatia pessoal, e de todos os meios que puder utilizar para isso, isto é fornecendo-lhe lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência (...) Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de outrem como se eles fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensamentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados (...) As idéias têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela outra pessoa etc.
Em virtude de sua experiência pedagógica ao longo dos anos o autor elaborou princípios para o educador na sua tarefa com o educando que são sete princípios didáticos
1. Lei do professor. Quem para de crescer hoje para de ensinar amanha.
2. Lei do ensino. A maneira como os alunos aprendem deve determinar a maneira como ensinamos.
3. Lei da atividade. Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume de conteúdo apreendido.
4. Lei da comunicação. Para que haja comunicação é necessário que se estabeleçam pontes de ligação entre o comunicador e o receptor.
5. Lei do coração. O ensino que realmente causa impacto não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
6. Lei da motivação. O ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado.
7. Lei da preparação prévia. O processo ensino-apredizagem é mais eficiente se tanto aluno como professor estão previamente bem preparados.
Essas leis são princípios básicos que se acham intrinsecamente relacionados ao processo de ensino. Se os compreendermos bem e os aplicarmos á nossa prática didática, conseguiremos promover mudanças permanentes na vida dos alunos, sejam eles de que faixa etária forem, seja qual for a matéria que lecionarmos, e seja qual for nosso contexto cultural.
Síntese feita pelo pastor Carlos Augusto Lopes, do livro "Ensinando para Transfomar Vidas" Editora Betânia - Belo Horizonte - MG
Carlos Augusto Lopes
Pastor, Pensador Cristão, Teólogo e Historiador Social
Hendricks diz que o professor eficiente é aquele que baseia seu ensino em uma rica experiência de vida. A lei do professor, poderíamos dizer em suma é: Quem para de crescer hoje, para de ensinar amanhã. A idéia implícita nessa lei é a de que, antes de ser professor, sou um aprendiz, um estudante ensinando estudantes. Quem aplica esse princípio didático na prática está sempre se perguntando: como posso melhorar meu ensino. Enquanto estivermos vivos estaremos aprendendo; e enquanto estivermos aprendendo estaremos vivos. Se quisermos ensinar a outros, precisaremos primeiro pedir a Deus que ele nos ensine.
Hendricks mostra três sugestões para o nosso crescimento espiritual: A- Manter um disciplinado programa de leitura e estudo. B- Fazer cursos de atualização. C- Conhecer bem os alunos. O mestre é antes de tudo um estimulador e motivador; não é o jogador, mas o treinador que estimula e dirige os jogadores em ação. Não se avalia a eficiência de um professor pelo que ele faz, mas com base no que seus alunos fazem. Existem três metas básicas para quem ensina. 1) Ensinar os outros a pensar. O bom ensino, o verdadeiro ensino, consiste de uma série de momentos em que o aprendiz se mostra predisposto a aprender. 2) Ensinar os outros a aprender, isso significa formar aprendizes que reproduzirão o processo de aprendizagem pelo resto da vida. Se pararmos de aprender hoje, de certa forma paramos de viver amanhã. A aprendizagem se processa em três etapas. Vai do todo para a parte, e depois da parte para o todo. É chamado de síntese. 3) ensinar os outros a trabalhar.
Aqui caímos no princípio pedagógico de não fazer para o aluno aquilo que ele pode fazer por si mesmo. Se fizermos corremos o risco de formar paraplégicos e deficientes intelectuais. Se quisermos ensinar os alunos a pensar, aprender e trabalhar, temos que levá-los a dominar bem quatro habilidades básicas: ler, escrever, ouvir e falar. Ensinar é ao mesmo tempo uma ciência e uma arte. Sendo uma ciência, fundamenta-se em princípios básicos e como arte, exige que se conheçam as exceções a esses princípios.
Estudando a vida de nosso Senhor Jesus Cristo, que foi o maior Mestre que já existiu, nota-se claramente que ele não despejou uma avalanche de fatos teológicos na cabeça dos seus discípulos não ele procurou antes envolvê-los no processo de aprendizagem, e mais tarde o mundo pagão de sua época foi obrigado a afirmar: "São esses os que viraram o mundo de cabeça para baixo." O ensino que realmente causa impacto em quem o recebe não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
Para os hebreus, essa palavra coração, engloba a totalidade do ser: intelecto, emoção e vontade. Sócrates resume a essência da comunicação em três conceitos fascinantes que ele denominou: ethos, pathos e logos. O primeiro, ethos, diz respeito ao caráter. Pathos compreende a parte da efetividade, e logos, o conteúdo. Os maiores comunicadores, os melhores mestres, não são necessariamente os que se acham á frente de tudo, que possuem grande inteligência. São aqueles que possuem um grande coração. Ao comunicar, fazem-no com todo o seu ser, e atingem todo o ser daquele que o ouvem.
Ensinar é levar alguém a aprender. Hendricks cita em seu livro pensamentos de John Milton Gregory para exemplificar o que ele está afirmando como por exemplo. "A tarefa do professor é despertar a mente do aluno, é estimular idéias, através do exemplo, da simpatia pessoal, e de todos os meios que puder utilizar para isso, isto é fornecendo-lhe lições objetivas para os sentidos e fatos para a inteligência (...) Não podemos transferir conhecimentos de nossa mente para a de outrem como se eles fossem constituídos de matéria sólida, pois os pensamentos não são objetos que podem ser tocados, manuseados (...) As idéias têm que ser pensadas na outra mente; as experiências, revividas pela outra pessoa etc.
Em virtude de sua experiência pedagógica ao longo dos anos o autor elaborou princípios para o educador na sua tarefa com o educando que são sete princípios didáticos
1. Lei do professor. Quem para de crescer hoje para de ensinar amanha.
2. Lei do ensino. A maneira como os alunos aprendem deve determinar a maneira como ensinamos.
3. Lei da atividade. Quanto maior o nível de envolvimento no processo de aprendizagem, maior o volume de conteúdo apreendido.
4. Lei da comunicação. Para que haja comunicação é necessário que se estabeleçam pontes de ligação entre o comunicador e o receptor.
5. Lei do coração. O ensino que realmente causa impacto não é o que passa de uma mente para outra, mas de um coração para outro.
6. Lei da motivação. O ensino será mais eficiente se o aluno se encontrar adequadamente motivado.
7. Lei da preparação prévia. O processo ensino-apredizagem é mais eficiente se tanto aluno como professor estão previamente bem preparados.
Essas leis são princípios básicos que se acham intrinsecamente relacionados ao processo de ensino. Se os compreendermos bem e os aplicarmos á nossa prática didática, conseguiremos promover mudanças permanentes na vida dos alunos, sejam eles de que faixa etária forem, seja qual for a matéria que lecionarmos, e seja qual for nosso contexto cultural.
Síntese feita pelo pastor Carlos Augusto Lopes, do livro "Ensinando para Transfomar Vidas" Editora Betânia - Belo Horizonte - MG
Carlos Augusto Lopes
Pastor, Pensador Cristão, Teólogo e Historiador Social
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