Foi enforcado na Alemanha no período do nazismo, ele era pastor, pensador, poeta e teólogo e se opôs ao sistema déspota de Hitler
Quem sou eu? Muitas vezes me dizem
Que eu sairia do confinamento da minha cela
Calma, alegre e firmemente,
Como um cavaleiro vindo de sua terra natal.
Quem sou eu? Também me dizem
Que eu falaria com os meus carcereiros
Livre, clara e amigavelmente,
Como se me coubesse comandar.
Quem sou eu? Também me dizem
Que eu suportaria dias de má sorte
Uniforme, sorridente, orgulhosamente,
Como alguém habituado a vencer.
Sou realmente isso tudo o que os outros dizem?
Ou sou somente o que sei de mim,
Inquieto, anelante e enfermo, como pássaro na gaiola,
Lutando por conseguir respirar como se mãos
Estivessem comprimindo a minha garganta,
Anelando por cores, por flores, pelas vozes das aves,
Sedento de palavras bondosas, de urbanidade
Tremendo impotentemente por amigos a uma distância infinita
Fatigado e vazio na oração, no pensamento, na realização,
Desfalecido e pronto a dizer adeus a tudo?
Quem sou eu? Este ou aquele outro?
Sou uma pessoa hoje, e outra amanhã?
Sou ambas ao mesmo tempo? Um hipócrita perante os outros,
e diante de mim mesmo um fraco desprezível e desolado?
Ou ainda há dentro de mim algo como um exército batido, fugindo
Desordenadamente da vitória já obtida?
Quem sou eu? Muitas vezes me dizem
Que eu sairia do confinamento da minha cela
Calma, alegre e firmemente,
Como um cavaleiro vindo de sua terra natal.
Quem sou eu? Também me dizem
Que eu falaria com os meus carcereiros
Livre, clara e amigavelmente,
Como se me coubesse comandar.
Quem sou eu? Também me dizem
Que eu suportaria dias de má sorte
Uniforme, sorridente, orgulhosamente,
Como alguém habituado a vencer.
Sou realmente isso tudo o que os outros dizem?
Ou sou somente o que sei de mim,
Inquieto, anelante e enfermo, como pássaro na gaiola,
Lutando por conseguir respirar como se mãos
Estivessem comprimindo a minha garganta,
Anelando por cores, por flores, pelas vozes das aves,
Sedento de palavras bondosas, de urbanidade
Tremendo impotentemente por amigos a uma distância infinita
Fatigado e vazio na oração, no pensamento, na realização,
Desfalecido e pronto a dizer adeus a tudo?
Quem sou eu? Este ou aquele outro?
Sou uma pessoa hoje, e outra amanhã?
Sou ambas ao mesmo tempo? Um hipócrita perante os outros,
e diante de mim mesmo um fraco desprezível e desolado?
Ou ainda há dentro de mim algo como um exército batido, fugindo
Desordenadamente da vitória já obtida?
Pastor Carlos Augusto Lopes
Teólogo